Empresas de data center testam funcionários para sobreviverem à corrida por home office

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SÃO FRANCISCO, Estados Unidos (Reuters) - A pandemia de coronavírus fez muitas empresas do mundo correrem para soluções de computação em nuvem, principalmente para buscarem software que permite trabalho remoto.


Gestores de centrais de processamento de dados estão tomando a temperatura de empregados, limitando visitas, estocando alimentos, água e outros suprimentos para assegurarem suas operações.

Desde que surgiu na China no fim de 2019, a agora pandemia de coronavírus matou mais de 5 mil pessoas, chegando a mais de 130 países.

“É uma época triste e complicada, mas do ponto de vista de negócios, está sendo incrível para a gente”, disse Simone Merlini, dono de uma empresa de serviços de tecnologia na Itália, país mais atingido da Europa pela epidemia.

Para muitas empresas que ainda dependem de computadores e software em seus escritórios, a solução diante de restrições a viagens e deslocamentos é recorrer a serviços prestados por centrais de processamento de dados, que podem armazenar informações e transmiti-las para usuários em qualquer parte.

A Digital Realty Trust, que opera 210 centrais de processamento de dados no mundo, afirmou que está monitorando a temperatura de funcionários em Cingapura e Hong Kong, uma vez que um dos sintomas do coronavírus é febre.

Globalmente, a empresa exige que a limpeza de áreas muito tocadas pelos funcionários, como maçanetas e leitores biométricos, seja feita com soluções de álcool 70%. A DRT também está assegurando que seus data centers tenham quartos de dormir para os funcionários, além de comida, água e combustível suficientes para até 72 horas.

A VMWare, grande fornecedora de ferramentas de software para trabalho remoto, afirmou que dividiu seus funcionários em grupos menores “para cobrir turnos adicionais e ter backups” para ter “presença física ininterrupta” em suas centrais de dados.

Os 200 data centers da Equinix agora também estão fazendo checagens de temperatura e questionários de viagens dos funcionários. A companhia afirmou que vai passar a administrar remotamente qualquer data center com um caso confirmado do vírus e que os trabalhadores de outras centrais podem assumir as funções em caso de quarentena deles.

Elizabeth Peichel, uma porta-voz da Critical Environments Group, que cuida de sistemas de energia e resfriamento para centrais de dados, afirmou que embora alguns clientes tenham suspendido a visitação a suas instalações, alguns sistemas inevitavelmente vão precisar de manutenção.

Já a empresa de pesquisa de mercado TrendForce afirmou que os preços de alguns componentes para servidores subiram 5% a 20% por causa da alta demanda.

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