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Áreas tratadas por defensivos agrícolas crescem 9,3% no primeiro semestre de 2024

Segundo pesquisa encomendada pelo Sindiveg a Kynetec Brasil, período contabilizou mais de 1 bilhão de hectares tratados com defensivos agrícolas





Atrelado ao desenvolvimento positivo da safra de soja e às condições climáticas enfrentadas pelo País, o primeiro semestre de 2024 foi marcado pela expansão de áreas tratadas por defensivos agrícolas, com alta de 9,3% quando comparado com o mesmo período do ano anterior, contabilizando mais de 1 bilhão de hectares. É esse o resultado da pesquisa encomendada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Vegetal (Sindiveg) à Kynetec Brasil.

De janeiro a junho deste ano, o volume de defensivos utilizados no controle de pragas, doenças e plantas daninhas cresceu 8,3%, dividido entre herbicidas (40%), inseticidas (28%), fungicidas (24%), tratamentos de sementes (1%) e outros (9%).

Para chegar a estes resultados, a iniciativa considera a metodologia que projeta dados do mercado em PAT (produto por área tratada), destacando o volume efetivamente utilizado pelo produtor rural e o número de aplicações de defensivos na área cultivada, de acordo com a necessidade.

Quando dividida por cultivos, a área PAT é representada da seguinte forma: soja (31%), milho (31%), algodão (16%), pastagem (7%), cana (4%), trigo (3%), hortifruti (1%) café (1%), citros (1%) e outros (1%). Neste cenário, o valor de mercado totalizou US$ 8.8 bilhões, ou seja, número 9% menor que no primeiro semestre de 2023, com US$ 9.6 bilhões. A queda, segundo o levantamento da Kynetec para o Sindiveg, está atrelada ao aumento no custo de produção por perdas de lavouras em decorrência da mudança climática – principalmente do milho 2ª safra – e ao crescente impacto cambial, com salto de 3% na mesma comparação.

Em perspectiva regional, o valor de mercado dos defensivos agrícolas no Brasil, nos seis primeiros meses do ano, foi dividido entre Mato Grosso e Roraima (33%), São Paulo e Minas Gerais (18%), BAMATOPIPA (14%), Paraná (10%), Mato Grosso do Sul (8%), Goiás e Distrito Federal (8%), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (7%) e outros (2%). Já em área PAT, Mato Grosso e Roraima se destacaram, com 37%, seguidos de BAMATOPIPA (17%), São Paulo e Minas Gerais (12%), Paraná (9%), Goiás e Distrito Federal (8%), Mato Grosso do Sul (8%), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (7%) e outros (2%).

Produção de soja alavanca área tratada por defensivos agrícolas

Ao se destacar entre os principais cultivos associados à expansão de área tratada no primeiro semestre de 2024, a produção de soja brasileira enfrentou uma crescente proliferação de pragas como mosca branca (+157%), lagartas (+52%) e percevejos (+22%).

O cenário desafiador, como aponta a pesquisa, exigiu do produtor brasileiro a utilização de diferentes defensivos agrícolas, como é o caso de fungicidas protetores (+56%) e fungicidas premium (+35%).

Sobre o Sindiveg

Há mais de 80 anos, o Sindiveg - Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal atua no Brasil representando o mercado de defensivos agrícolas no País, com suas 27 associadas, e dando voz legalmente à indústria de produtos de defesa vegetal em todo o território nacional. O Sindicato tem como propósito a promoção da produção agrícola de forma consciente, com o uso correto dos defensivos, bem como apoiar o setor no desenvolvimento de pesquisas e estudos científicos, na promoção do uso consciente de defensivos agrícolas, sempre respeitando as leis, a sociedade e o meio ambiente. Mais informações: www.sindiveg.com.br

Equipamento de contenção auxilia pecuaristas na otimização do manejo bovino

Além de promover o bem-estar animal e humano dentro das propriedades, o Beck Total Flex evita lesões, baixa qualidade da carne e, por fim, o descarte das carcaças



Beckhauser

Em franco desenvolvimento, a pecuária brasileira é referência global em produtividade e qualidade. O setor, ao representar um dos principais elos da economia nacional, conta com um rebanho estimado em mais de 234 milhões de animais, como aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), exigindo assistência e equipamentos técnicos eficientes e alinhados à realidade do pecuarista.

Por mais robustez e versatilidade nos manejos dos animais, a Beckhauser, empresa referência na produção e equipamentos de contenção, atualizou uma de suas principais linhas, a Total Flex, lançada em 2016, resultando em um novo becksafe: o Beck Total Flex. O equipamento, como detalha o gerente Comercial da companhia, Gustavo Lazarin, mantém como grande diferencial o oferecimento de elementos opcionais para serem adicionados à estrutura em monobloco, assim como é feito pela indústria automobilística.

“A inovação, trazida de forma pioneira pela empresa ao segmento, possibilita que os pecuaristas montem seus produtos de acordo com as características e demandas da propriedade e, consequentemente, otimizem os investimentos dentro da porteira”, explica Lazarin.

Segundo o profissional, a nova versão, além de seguir com essa função que mudou o mercado, ainda leva em consideração a troca direta com os clientes da empresa, colocando em prática o conhecimento da evolução na atividade pecuária ao longo dos anos, como por exemplo, as características físicas dos animais, que, no caso dos cruzamentos de raças, sofreram alterações em seus perfis: menores em estatura e maiores em largura.

“O contato direto com o produtor rural nos possibilitou entender as principais necessidades do setor. Assim, reunimos ao decorrer de uma robusta pesquisa em campo informações e expertise para preparar um equipamento ainda mais eficiente, não só complementando nosso portfólio, mas levando-o para um outro patamar”, frisa o gerente.

Com a análise do gado brasileiro e de países vizinhos, algumas características do produto foram otimizadas para atender uma maior variedade de perfis de produção. A começar pelo aumento na largura do corredor por onde os animais passam, ampliando o leque de atendimento sobretudo para fazendas com gado de raças taurinas.

O protetor de coices, com a mesma finalidade, também passou por ajustes, trazendo uma opção de regulagem em duas alturas. Assim como a janela de vacinação também apresenta uma nova abertura horizontal, promovendo ganhos em resistência, praticidade de manuseio e mais segurança ao aplicador da vacina na tábua do pescoço do animal.

Já a versão Parede Móvel do becksafe, contempla ainda uma nova abertura do portão de acesso aos membros inferiores do bovino, dividida em duas seções. A alteração evita que o animal coloque a pata para fora do equipamento e aumenta a segurança para o operador e para o animal. E conta, ainda, com uma abertura salva-vidas para um eventual acidente em que o animal caia dentro do equipamento, além de revestimento emborrachado no piso.

“Todos esses elementos conferem atributos como conforto, ergonomia e bem-estar aos animais, contribuindo, como consequência, para impulsionar os resultados dos pecuaristas nas atividades diárias em suas fazendas”, reforça Gustavo.

O equipamento no campo

Na prática, como conta o diretor de Pecuária do Grupo Safras, Maurício Zotti Sponchiad – um dos primeiros representantes do setor a utilizarem o novo equipamento – o Beck Total Flex facilita a rotina do pecuarista do curral às ações estratégicas.

“Além de promover o bem-estar animal e humano dentro das propriedades, evitando lesões, baixa qualidade da carne e, por fim, o descarte das carcaças, o equipamento permite uma gestão mais objetiva, possibilitando até mesmo uma redução no número de funcionários atrelados ao manejo, com recolocação para outras funções dentro da fazenda”, detalha.

Atualmente, o pecuarista desenvolve um projeto que tem como objetivo contabilizar o montante de 3.600 animais de forma estática, com abate médio de 12 mil cabeças ao ano. “Para essa ação, trabalharemos com uma equipe bem enxuta, principalmente de vaqueiros, e pensando em agilidade, rastreabilidade e segurança produtiva para o manejo, contar com um equipamento automatizado e de qualidade ímpar faz toda a diferença”, frisa.

Sobre a Beckhauser  

A Beckhauser inova, industrializa e difunde tecnologia para uma pecuária sustentável, buscando oferecer ao mercado soluções que aprimorem a produtividade no manejo e a qualidade dos resultados da produção, cuidando do bem-estar animal e humano. A empresa vem, há anos, ditando tendências de inovação no segmento e oferece hoje um amplo portfólio de equipamentos de contenção tradicionais e automatizados, da fazenda ao frigorífico, além de parcerias com equipamentos de controle e pesagem eletrônica. Mais informações: https://beckhauser.com.br/.

Sustentabilidade no agro é destaque durante reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária

 Assunto foi abordado pelo inpEV. Instituto destacou a importância do trabalho do Sistema Campo Limpo e reforçou o compromisso com um agro sustentável


Marcelo Okamura, presidente do inpEV


  • LVBA Comunicação
  • Paulo Junior

Na última terça-feira (13), diversos parlamentares estiveram presentes para a reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Com o objetivo de discutir as pautas de interesse do setor, o evento contou com a participação do inpEV, Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, entidade sem fins lucrativos que faz a gestão do Sistema Campo Limpo, programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias e sobras pós-consumo de defensivos agrícolas, que é referência mundial.

 

Segundo Marcelo Okamura, presidente do inpEV, o encontro foi uma oportunidade para apresentar os resultados e mostrar a magnitude do programa. “O agronegócio brasileiro é uma potência, pois são 28 milhões de trabalhadores, contribui com 20% do PIB brasileiro e nós conseguimos atuar de uma maneira sustentável ao meio ambiente, colaborando de forma ativa com a preservação ao promover a destinação adequada de 100% das embalagens vazias que recebemos. No total, foram mais de 750 mil toneladas de embalagens destinadas corretamente nos últimos 20 anos e isso evitou a emissão de 1,05 milhão toneladas de CO2e na atmosfera. Esse volume equivale a 19.830 viagens de caminhão ao redor da terra”.

 

Ainda de acordo com Okamura, o poder público é um elo essencial dentro da cadeia agrícola. “Falar sobre o Sistema Campo Limpo é falar sobre o sucesso de uma cadeia virtuosa que começou com uma lei que possibilitou a destinação correta de embalagens vazias de defensivos agrícolas no Brasil, país com vocação agrícola e de dimensões continentais. É uma oportunidade de mostrarmos para todos os setores que, se o agronegócio consegue ser sustentável, os demais setores também podem”.

Decreto sobre obtenção de terras traz insegurança jurídica ao produtor rural

O documento dispõe sobre alternativas para obtenção de terras destinadas à política de reforma agrária

Bruna Carolina Bianchi de Miranda

O quadro de endividamento do produtor rural brasileiro cresceu de forma desenfreada nos últimos tempos, sendo algumas das causas as variações climáticas, a inadimplência junto ao governo Federal e o descumprimento da função social da propriedade rural. Preocupante também é a publicação do decreto 11.995/24, ocorrida no último mês de abril. O documento dispõe sobre alternativas para obtenção de terras destinadas à política de reforma agrária.

Na visão de alguns representantes do setor agrário, o decreto gera insegurança jurídica. Acredita-se que ele pode comprometer os direitos dos proprietários rurais e interferir em competências legislativas exclusivas do Congresso Nacional, pois trata da desapropriação de terras para destinação das mesmas à reforma agrária. Especialistas sustentam que a regulamentação da reforma agrária por decreto não respeita o devido processo legal, sendo manifestamente ilegal e inconstitucional.

O artigo 185 da Constituição Federal veda a desapropriação de propriedades produtivas e remete à Lei a fixação de normas para o cumprimento dos requisitos relativos à função social. Contudo, o artigo 5º do decreto, em seu inciso I, dispõe de forma contrária ao dispositivo: “A desapropriação de imóveis rurais, por interesse social para fins de reforma agrária, quando verificado o descumprimento da função social da propriedade, conforme normas editadas pelo INCRA”.

Assim, para o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), “a própria Constituição exige o cumprimento da função social como condição para que a propriedade produtiva não possa ser desapropriada e delega à legislação infraconstitucional a definição do sentido e do alcance do conceito de produtividade, para que esse critério seja considerado”*.

O dispositivo - além de afrontar a Lei 8.629/1993, como ainda o próprio princípio da eficiência que deve reger os atos da Administração Pública** e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) - não goza de atribuições legais para regulamentar a função social da propriedade rural. Por conseguinte, o decreto dispõe sobre a adjudicação do imóvel do produtor rural, no intuito de desfazer-se da necessidade de realização do leilão, transferindo assim diretamente o imóvel para União nas hipóteses de inadimplência.

Neste contexto, estabelece ainda as formas de aquisição da propriedade imobiliária rural, nos termos do seu art. 4º. Por sua vez, o art. 19 especifica que, no caso de compra e venda, “o pagamento do preço contratado somente será efetuado após o registro da escritura pública no registro de imóveis competente”.

Sendo assim, pode-se realmente considerar que tais medidas trazem insegurança jurídica ao produtor rural, uma vez que a propriedade pode ser tomada para quitação de dívidas com a União sem a devida verificação do cumprimento da função social e aplicabilidade de normas para o cumprimento dos requisitos relativos à sua função social.

Referências:


  •  Bruna Carolina Bianchi de Miranda é advogada, coordenadora de soluções jurídicas na Rücker Curi - Advocacia e Consultoria Jurídica.

Com colheita no fim, produtor de milho paranaense recebe 12% a mais que em agosto de 2023

 No Paraná a colheita avançou e atingiu 92% da área de 2,5 milhões de hectares de milho da segunda safra 23/24. A estimativa é que a safra forneça 12,9 milhões de toneladas ao mercado.



Colheita de milho. Foto: Gilson Abreu/Arquivo AEN

@AEN

A colheita do milho de segunda safra 2023/24 está se aproximando do final no Paraná. E uma boa notícia para o produtor é que o preço recebido pela saca de 60 quilos fechou em R$ 49,96 nesta última semana, representando alta de 12% sobre os R$ 44,51 pagos em agosto do ano passado.


O desempenho do preço no mercado interno caminhou no lado oposto ao que foi observado na cotação da commodity na Bolsa de Chicago (EUA), que caiu 16% no mesmo período. Em agosto do ano passado o bushel estava a US$ 479,50 e baixou para US$ 401,62 agora. Bushel é a unidade internacional de medida de mercadorias sólidas e secas. No caso do milho, um bushel equivale a 25,401 quilos.


“Os preços mais altos no mercado interno estão sustentados pela alta do dólar, que subiu mais de 12%, e pela menor disponibilidade do produto”, destacou o analista da cultura no Departamento de Economia Rural (Deral), Edmar Gervásio, em texto publicado no Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 2 a 8 de agosto.


No entanto, ele ponderou que o cenário é tênue, visto que oscilações negativas no dólar tendem a pressionar os preços para baixo. “Além disso, logo teremos o início da colheita americana e, confirmando uma safra normal, é provável uma pressão ainda maior nos preços do mercado internacional”, disse.


No Paraná a colheita avançou e atingiu 92% da área de 2,5 milhões de hectares de milho da segunda safra 23/24. A estimativa é que a safra forneça 12,9 milhões de toneladas ao mercado.

TRIGO – A colheita do trigo chegou a 1% dos 1,16 milhão de hectares plantados, mas por enquanto a produtividade não tem correspondido às expectativas e nessas primeiras áreas dificilmente os custos serão cobertos. O trabalho se concentra basicamente no Norte do Estado, que foi bastante impactado pela seca entre final de maio e início de junho.


A estiagem prolongada, com alguns municípios ficando 40 dias sem chuva, é responsável por 14% das lavouras estarem classificadas como em situação ruim. Desse volume, 70% estão no Norte. Outros 21% de lavouras têm condição média e 65% já podem ser consideradas boas após sofrerem inicialmente e alcançarem estabilidade positiva nas últimas semanas.


LEITE – O boletim do Deral comenta ainda dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) que mostra ter sido junho um mês de alta no preço e na captação de leite. O produto ficou 1,3% mais caro em comparação com maio, mesmo assim em escalada mais lenta que no mesmo período de anos anteriores.


Essa baixa intensidade na evolução do preço é consequência da disponibilidade maior de leite do que a esperada pela indústria. O aumento foi de 4,14%. Os dados de julho apontam para a mesma direção. O inverno pouco rigoroso e a safra de milho praticamente toda colhida contribuem para que 2024 seja ano sem muitas turbulências no mercado lácteo.

FRUTAS – A fruticultura tem registrado participação de 1% a 2% no Valor Bruto da Produção agropecuária (VBP) do Paraná nos últimos anos. Em 2023, dos R$ 197,8 bilhões de renda gerada no campo, R$ 2,8 bilhões (1,4%) referem-se às 35 frutas cultivadas no Estado.


No entanto, o documento do Deral registra que, independentemente dessa participação diminuta, a fruticultura tem grande importância para as regiões e municípios onde está inserida. Ela é geradora de renda e de empregos em todos os elos da cadeia de produção, tanto no campo quanto na cidade


MEL – O Agrostat, plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária que acompanha o comércio exterior do setor agropecuário, registrou exportação de 17.683 toneladas de mel in natura no primeiro semestre de 2024. O volume é 5,4% superior às 14.903 toneladas do mesmo período de 2023. No entanto, o valor reduziu em 8,5%, passando de US$ 49,2 milhões para US$ 45 milhões.


O Paraná ocupou a quarta posição com 1.690 toneladas enviadas ao Exterior e receita cambial de US$ 4,1 milhões. No primeiro semestre de 2023 o Estado tinha exportado 986 toneladas, com faturamento de US$ 2,9 milhões. Piauí, Minas Gerais e Santa Catarina são os três principais exportadores brasileiros de mel.

OVOS – O Agrostat também contabilizou exportação de 22.925 toneladas de ovos no primeiro semestre, com entrada de US$ 83,2 milhões. Comparativamente ao mesmo período de 2023 houve queda de 22,4% no volume, que era de 29.578 toneladas, e de 24,6% em faturamento (US$ 110,3 milhões).


O Paraná é o segundo maior exportador brasileiro e registrou 5.515 toneladas com receita de US$ 23,3 milhões nos seis primeiros meses. Isso representa crescimento de 48,2% sobre as 3.712 toneladas do ano passado e 24,5% a mais em faturamento, que tinha sido de US$ 18,7 milhões. São Paulo liderou a exportação, com 6.789 toneladas e US$ 30,1 milhões de receita.

Como produtores podem ter acesso ao novo Plano Safra 24/25

Como produtores podem ter acesso ao novo Plano Safra 24/25


Credito: Envanto-Elements

O Plano Safra representa uma das principais estratégias de suporte ao agronegócio brasileiro, disponibilizando recursos financeiros com o intuito de fomentar a produção agrícola/pecuária e promover a sustentabilidade dos segmentos. Compreendido como um conjunto de políticas e programas do governo federal voltadas a apoiar os agricultores por meio de financiamentos com taxas que são subsidiadas pelo governo a partir de 0,5% ao ano com prazo de até 16 anos para quitar e parcelas podendo ser anuais, o programa oferece uma variada gama de linhas de crédito destinadas ao custeio, investimento, comercialização e industrialização de produtos agrícolas e pecuários. Para obter e utilizar eficazmente tais recursos financeiros, é imprescindível contar com um planejamento detalhado e amplo conhecimento sobre o assunto.

"Os recursos do Plano Safra são essenciais para que os produtores possam investir em tecnologia, insumos e infraestrutura, garantindo uma produção mais eficiente e competitiva", explica Romário Alves, CEO e Fundador da Sonhagro, uma rede especializada em soluções completas de crédito rural. "No entanto, é fundamental que os produtores saibam como acessar e utilizar esses recursos de forma estratégica", completa.

No Brasil, todas as operações de crédito voltadas para o setor rural seguem as normas estabelecidas no Manual de Crédito Rural (MCR) do Banco Central do Brasil (BACEN) e são colocas no mercado pelo Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR). Esse sistema é composto pelas instituições financeiras que operam as linhas de crédito rural, por órgãos vinculados ao sistema e órgãos articulados como a Sonhagro, que juntos são responsáveis por disponibilizar linhas de crédito específicas para os produtores rurais. O acesso ao crédito do Plano Safra requer que os produtores estejam em conformidade com uma série de requisitos e providenciem a documentação necessária. O primeiro passo consiste em comprovar a condição de produtor rural, sendo fundamental para os pequenos produtores, o Cadastro de Agricultor Familiar (CAF) por intermédio de uma entidade credenciada pelo Governo Federal antes de iniciar o processo junto à entidade financeira.

"Nós ajudamos os produtores desde a preparação da documentação até a execução dos projetos técnicos, laudos e croquis das áreas beneficiadas, exigidas pelas instituições financeiras e Cooperativas", comenta Romário Alves. "Nosso objetivo é tornar o processo mais simples, rápido e acessível, permitindo que os produtores possam focar naquilo que fazem de melhor: produzir."

Restrições no nome, pode dificultar o acesso as linhas de crédito. É imprescindível ter o CPF limpo. Além disso, o produtor também precisa detalhar como o valor do crédito será utilizado, onde através da elaboração de um projeto técnico e um orçamento, atendemos os objetivos desejados. Documentos pessoais e do imóvel rural beneficiado são necessários para a análise de crédito, conforme estipulado pelo MCR, para garantir a veracidade das informações e a aprovação do pedido.

Uma vez obtido o crédito, é importante utilizá-lo de forma eficiente, pois existe uma fiscalização por parte das instituições e do Banco Central, onde vem a verificar se realmente o recurso foi aplicado nas finalidades programadas nos projetos técnicos. A gestão financeira é um aspecto importante para garantir que os recursos sejam utilizados de forma sustentável. Romário Alves recomenda os produtores a manterem um equilíbrio entre investimentos imediatos e futuros. "Planejar a longo prazo e reservar parte dos recursos para imprevistos é essencial. Além disso, adotar práticas agrícolas sustentáveis pode não só aumentar a produtividade, mas também garantir a longevidade do negócio".

Sobre a Sonhagro:

Especializada em soluções completas de crédito rural, a rede visa facilitar os processos burocráticos para os produtores, atuando no gerenciamento de suas negociações e na execução dos projetos técnicos que os bancos exigem.  Fazendo a sua história há mais de 10 anos, com mais de 80 unidades espalhadas em cidades pelo Brasil, que facilitam o financiamento do crédito rural para os produtores em 24 estados do país.

De soja a seda: em 5 anos, Paraná exporta US$ 1,3 bilhão para França, sede da Olimpíada

Ao todo, 164 produtos cultivados, processados ou industrializados no Estado foram vendidos para os franceses entre o início de 2019 e o final do primeiro semestre de 2024.



De soja a seda: em 5 anos, Paraná exporta US$ 1,3 bilhão para França, sede da Olimpíada.
Foto: Jonathan Campos/AEN

@Agência de Notícias Estadual 

Em cinco anos, o Paraná exportou mais de US$ 1,3 bilhão em produtos para a França, a sede dos Jogos Olímpicos de 2024, cuja abertura será na próxima sexta-feira (26) com a participação de atletas apoiados pelo Estado no programa Geração Olímpica e Paralímpica. Ao todo, 164 produtos cultivados, processados ou industrializados no Estado foram vendidos para os franceses entre o início de 2019 e o final do primeiro semestre de 2024. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).


A variedade de produtos enviados à França, que movimenta principalmente as agroindústrias locais e os setores automotivo, têxtil e madeireiro, por exemplo, mostra o dinamismo e a solidez da economia paranaense.


No pódio dos produtos paranaenses mais exportados neste período, a medalha de ouro fica com o farelo de soja. Com liderança folgada, o produto, que é usado principalmente para a alimentação animal, foi responsável por US$ 999 milhões em exportações aos franceses no período. Foram mais de 2,4 milhões de toneladas exportadas no período.


Na sequência, o segundo produto que mais movimentou as exportações paranaenses para a França foi a seda em fios. Como é um produto de maior valor agregado, as 576 toneladas comercializadas entre o Estado e o país europeu no período representam US$ 49,8 milhões na balança comercial paranaense. Quase metade disso, US$ 20 milhões, foi comercializado ao longo de 2023 e nos primeiros meses de 2024.


O Paraná é reconhecido na produção no campo e na indústria. O Estado conta com mais de 1,8 mil produtores de casulo de seda em mais de 170 municípios, que ocupam 4.700 hectares de plantação de amoreiras (que são alimentos para os bichos). São 2,2 mil toneladas produzidas anualmente, o que representa mais de 80% de toda a seda do País. Na indústria, uma empresa de Londrina (Bratac) atua no segmento de fiação de seda natural e garante o abastecimento do mercado europeu, principalmente para grandes grifes globais.


Com a medalha de bronze, estão os produtos trabalhados de madeira, como dormentes em madeira e madeira para assoalhos, móveis e construção civil. A comercialização destes produtos com a França ao longo de cinco anos rendeu US$ 35,5 milhões aos produtores paranaenses, com 20 mil toneladas exportadas.


Ainda entre os dez produtos mais exportados pelo Paraná à França estão os aparelhos elétricos, como tomadas e interruptores (US$ 26,9 milhões); peças de veículos (US$ 25,9 milhões); amidos e matérias albuminóides (US$ 23,3 milhões); bombas para líquidos e fluidos para motores (US$ 21,1 milhões); folheados e placas de madeira (US$ 18,9 milhões), manufaturas de madeira (US$ 15,8 milhões); e aparelhos contadores, como indicadores e tacômetros de velocidade (US$ 14,3 milhões).


RANKING – Os valores totais em dólar em exportações fazem da França o 20º principal destino dos produtos paranaenses entre 2019 e o primeiro semestre de 2024. Entre os europeus, o país fica atrás da Holanda (US$ 3 bilhões), da Alemanha (US$ 2 bilhões) e da Itália (US$ 1,5 bilhões). No geral, os dois principais destinos são a China (US$ 28,8 bilhões) e Estados Unidos (US$ 7,3 bilhões).


Já em toneladas exportadas, a França é o 11º principal destino dos produtos paranaenses. Os dez primeiros são China (59 milhões de toneladas), Irã (6,2 milhões de toneladas), Holanda (6 milhões de toneladas), Estados Unidos (5,9 milhões de toneladas), Paraguai (5,3 milhões de toneladas), Japão (5,2 milhões de toneladas), Coreia do Sul (4,8 milhões de toneladas), Vietnã (3,3 milhões de toneladas), Bangladesh (2,6 milhões de toneladas) e Alemanha (2,6 milhões de toneladas).

Oxitec e Suzano celebram parceria para controlar uma das principais pragas do eucalipto

O psilídeo-de-concha ameaça a indústria do eucalipto no Brasil, avaliada em USD 46 bilhões. A parceria explora a Tecnologia do Bem™ da Oxitec, para fornecer proteção sustentável às plantações de eucalipto contra essa praga prejudicial





A Oxitec, líder no desenvolvimento de soluções biológicas à base de insetos para controlar pragas que transmitem doenças, destroem culturas e prejudicam o gado, anunciou hoje uma nova parceria com a Suzano, maior produtora mundial de celulose e referência global na fabricação de bioprodutos a partir de eucalipto. A colaboração marca o primeiro passo para o desenvolvimento de uma nova solução para controlar o psilídeo-de-concha (Glycaspis brimblecombei), uma das pragas mais destrutivas das plantações de eucalipto. O inseto, de origem australiana, é bem adaptado às condições climáticas brasileiras e danifica várias espécies de árvores de eucalipto.


Desde sua chegada à região de São Paulo, em 2003, o psilídeo-de-concha tem representado uma ameaça devastadora para o setor de florestas plantadas, exigindo estratégias de controle que se mostraram ineficazes e custosas. O psilídeo deposita seus ovos nas folhas de eucalipto, e suas crias (ninfas) causam mais danos às plantas ao se alimentarem do floema. Os danos causados por este inseto incluem descoloração das folhas, desfolhamento e a morte das pontas das folhas, impactando, por fim, a produção de madeira.


Frente ao número restrito de inseticidas registrados para o controle dessa praga e às suas limitações de eficácia, a Oxitec e a Suzano estão explorando o desenvolvimento de uma solução inovadora e sustentável para combater essa ameaça. O projeto se concentrará em compreender a biologia da praga e as ferramentas de manejo atuais, além de entender como a Tecnologia do Bem™ pode ser aplicada para enfrentar esse grande desafio.


A Tecnologia do Bem™ oferece uma solução direcionada, não tóxica e ambientalmente sustentável para o controle de pragas que transmitem doenças, ameaçam a produção de alimentos ou prejudicam os ecossistemas. Insetos machos do Bem™ carregam a característica autolimitante, desenvolvida pela Oxitec, que, quando transferida para a geração seguinte, impede que as descendentes fêmeas cheguem à fase adulta. Com o número da prole reduzido, e mantendo liberações regulares de insetos machos do Bem™, há uma diminuição da população do inseto-praga que é alvo do tratamento.


“Essa parceria representa o compromisso da Oxitec e da Suzano com a agricultura sustentável e com o desenvolvimento de soluções inovadoras para enfrentar os desafios do setor. Estamos entusiasmados em trabalhar juntos na criação de opções seguras, eficazes e sustentáveis para o setor, oferecendo não apenas benefícios ambientais e de produtividade, mas também impulsionando o crescimento econômico do país”, destaca Natalia Ferreira, Diretora Geral da Oxitec do Brasil.


“Na Suzano, acreditamos que só é bom para nós se for bom para o mundo. A inovabilidade, a busca pela sustentabilidade por meio da inovação, orienta nosso desenvolvimento de soluções, tecnologias e parcerias mais sustentáveis e que promovam um futuro melhor. Parceiros com objetivos alinhados fortalecem nossa capacidade de gerar valor para o negócio, para o setor florestal e, neste caso, desenvolver estratégias de manejo de pragas prejudiciais para um setor tão fundamental para o país”, destaca Edival Zauza, Gerente de Pesquisa Florestal da Suzano.


A silvicultura desempenha um papel importante na economia brasileira, sendo fundamental para a produção de materiais como a celulose, que é a matéria-prima para diversos produtos como papéis para imprimir e escrever, papéis para embalagens, copos e canudos de papel, papéis higiênicos e diversas outras aplicações. O Brasil é o maior exportador de celulose do mundo, gerando uma receita de R$ 260 bilhões no país em 2022, segundo a Ibá (Indústria Brasileira de Árvores). Além disso, o setor é responsável pela gestão de 9,94 milhões de hectares de árvores plantadas para fins industriais e por conservar outros 6,7 milhões de hectares de matas nativas no território brasileiro.


A parceria entre a Suzano e a Oxitec visa não apenas explorar novas soluções para proteger as plantações de eucalipto dos danos causados pelo psilídeo-de-concha, mas também promover um manejo florestal sustentável e eficiente, impulsionando ainda mais o crescimento do setor. 


Sobre a Oxitec

A Oxitec é líder mundial em soluções sustentáveis de engenharia biológica para as ameaças das maiores pragas do mundo para a saúde humana, segurança alimentar e sustentabilidade ambiental. A primeira a comercializar e a obter comercialização bem-sucedida de soluções espécie-específicas, direcionadas e autolimitantes, a Oxitec desenvolveu a plataforma de tecnologia do Bem™, que está promovendo soluções diversificadas para desafios críticos em todo o mundo. Impulsionada por uma equipe composta por 15 nacionalidades e com fortes parceiros, colaboradores e distribuidores em vários países e mercados, a Oxitec está liderando a transição global para o manejo sustentável de pragas.


Sobre a Suzano

A Suzano é a maior produtora mundial de celulose, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina, líder no segmento de papel higiênico no Brasil e referência no desenvolvimento de soluções sustentáveis e inovadoras a partir de matéria-prima de fonte renovável. Nossos produtos e soluções estão presentes na vida de mais de 2 bilhões de pessoas, abastecem mais de 100 países e incluem celulose, papéis para imprimir e escrever, papéis para embalagens, copos e canudos, papéis sanitários e produtos absorventes, além de novos bioprodutos desenvolvidos para atender a demanda global. A inovação e a sustentabilidade orientam nosso propósito de “Renovar a vida a partir da árvore” e nosso trabalho no enfrentamento dos desafios da sociedade e do planeta. Com 100 anos de história, temos ações nas bolsas do Brasil (SUZB3) e dos Estados Unidos (SUZ). Saiba mais na página www.suzano.com.br 



  • Planin – Assessoria de Imprensa da Suzano
  • Angélica Consiglio, Beatriz Imenes, Eduarda Lopes e equipe – www.planin.com

Cerradinho Bioenergia ganha versatilidade no negócio com início da operação de sua primeira fábrica de açúcar



A primeira fábrica de açúcar da CerradinhoBio já está em operação. 
Divulgação/CerradinhoBio

A Cerradinho Bioenergia empresa do setor sucroenergético que produz etanol e seus coprodutos a partir de matéria-prima renovável, como a cana e o milho, deu início, nesta quinta-feira (11/7), à operação de sua primeira fábrica de açúcar, no complexo industrial de Chapadão do Céu, Goiás. No início de julho, a Companhia realizou os últimos testes e comissionamentos para a entrada em atividade da produção do mais novo produto de seu portfólio.


A fábrica, que teve início das obras em outubro de 2023, tem a capacidade de produzir 1.500 toneladas de açúcar VHP (Very High Polarization) por dia, e contou com investimento inicial, de R$ 289 milhões, para sua primeira fase.


"Estamos expandindo e diversificando nosso mix de produtos, o que reforça o nosso compromisso com a competitividade do negócio, aproveitando o cenário favorável de preços de açúcar, para adicionar versatilidade à nossa operação. É um marco na história da Companhia e já esperamos os primeiros resultados da entrada em operação, ainda nesta safra", afirma o CEO da Cerradinho Bioenergia, Renato Pretti.


Segunda fase aprovada

Em maio de 2024, o Conselho de Administração da Companhia aprovou o investimento adicional de R$ 189 milhões, para a implantação da segunda fase da fábrica de açúcar VHP. Esta nova etapa adicionará uma capacidade de produção de 20 mil sacos de 50kg do produto por dia, o que equivale a 1.000 toneladas diárias. Com a conclusão das duas fases, prevista para a primeira metade da safra 25/26, a produção anual de açúcar da Cerradinho Bioenergia alcançará 540 mil toneladas por ano safra.


Sobre o Grupo Cerradinho

O Grupo Cerradinho é composto por empresas nos segmentos sucroenergético, propriedades agrícolas, logística, postos de combustíveis e empreendimentos imobiliários. A CerradinhoBio, Neomille, CerradinhoTerra e CerradinhoLog atuam na produção e distribuição de biocombustíveis e energia. O Grupo inclui ainda, a Viiv e a Geração Futura, de empreendimentos imobiliários, além de postos de combustíveis. O controle acionário é da Cerradinho Participações S.A., holding de investimentos da família Sanches Fernandes, uma empresa de capital fechado que adota um sistema de governança corporativa moderno para gerir os negócios, em consonância com as melhores práticas existentes no mercado. 


Sobre a CerradinhoBio 

Empresa do Grupo Cerradinho, de capital aberto, cem por cento nacional, atua no setor de biocombustíveis e bioeletricidade. Possui um complexo industrial, em Chapadão do Céu (GO), com a capacidade de moagem de 10,5 milhões de toneladas de cana equivalente, por ano safra. Seu projeto de expansão inclui a produção de etanol e coprodutos a partir do milho com a empresa Neomille, com fábrica no mesmo complexo e a mais nova unidade, em Maracaju (MS), que totaliza a capacidade de produção em 13,6 milhões de toneladas de cana equivalente. Mais recentemente, anunciou um investimento da ordem de R$ 280 milhões para a construção de sua primeira fábrica de açúcar, também em Goiás. Gera 3.800 empregos, entre diretos e indiretos. A Cerradinho conta com experiência de mais de quatro décadas no setor sucroenergético. 


  • @Wallace Mattos
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Brasil recebeu U$ 64 bilhões em investimentos estrangeiros e o agronegócio está no radar!




Freepik. 
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O Brasil se tornou o segundo país no mundo que mais recebe investimentos estrangeiros diretos, de acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). No último ano, entraram US$ 64 bilhões no país (R$ 351,36 bilhões). Nesse montante, estão incluídos processos de M&A – isto é, fusões e aquisições.


Para o consultor empresarial Leonardo Grisotto, chama a atenção o apetite de corporações dos Estados Unidos e da China. Grisotto é cofundador e sócio-diretor da Zaxo, boutique de M&A (Mergers and Acquisitions), empresa especializada em oferecer assessoria customizada a organizações interessadas em comprar e àquelas dispostas a serem vendidas.


Leonardo Grisotto

Em sua avaliação, mesmo com a conjuntura global instável em razão de conflitos bélicos – como o entre Rússia e Ucrânia e o entre Israel e o Hamas, no Oriente Médio – o mercado internacional de M&A está aquecido. Aliás, justamente pela busca por protagonismo no cenário mundial é que Estados Unidos e China assumem a dianteira nesse movimento de fusões e aquisições de grupos locais.


“O Brasil é um mercado em potencial. Isso desperta o interesse de corporações desses dois atores geopolíticos, Estados Unidos e China. A tendência é a de se intensificarem movimentos de empresas norte-americanas e chinesas por fusões e aquisições em terras tupiniquins”, assinala Grisotto.


Empresas de um amplo rol de atividades econômicas entram no radar. Agronegócio, setor de infraestrutura, como construção civil, saneamento básico e concessionárias de serviços públicos; e segmentos industriais, como o farmacêutico e outros, podem ser citados entre os principais, observa o sócio-diretor da Zaxo.


De acordo com relatório divulgado em março pela consultoria PwC Brasil, em 2024 as fusões e aquisições no país devem crescer em relação a 2023. Só no primeiro mês do ano, pelo menos 85 delas foram mapeadas pela PwC Brasil. Outro levantamento, da M&A Community, aponta outras 63 fusões e aquisições no Brasil, compiladas em um período entre 20 de março e 3 de abril último.


As organizações brasileiras dispostas a se colocarem na vitrine devem se preparar para uma eventual fusão ou aquisição. Nesse sentido, torna-se indispensável o trabalho de boutiques de M&A, como a Zaxo. A assessoria especializada aplica metodologia para preparar o negócio para a venda, melhorando a percepção de valor no mercado e auxiliando inclusive no processo de incorporação ao comprador.


“Um processo de M&A envolve dois lados – o da corporação que age para comprar (buy-side) e o da empresa que se coloca para ser vendida (sell-side). Os dois lados precisam de uma assessoria profissional e personalizada, para uma relação ganha-ganha”, orienta Grisotto.


MAIS INFORMAÇÕES



*Engenharia da comunicação 

Produtores paranaenses têm mais uma semana para atualizar cadastro de rebanho

Até agora 71,3% do rebanho está com o cadastro regularizado. A partir de 1º de julho, a Adapar faz busca ativa de animais não cadastrados, o que pode gerar multa. Produtor ficará impedido de retirar Guia de Trânsito Animal.


Produtores paranaenses têm mais uma semana para atualizar cadastro de rebanho. 
Foto: Gilson Abreu/AEN

@AEN

Esta é a última semana para que os produtores de animais façam de forma espontânea a atualização de seus rebanhos. A campanha, obrigatória para todos os detentores de animais de produção de qualquer espécie, começou em 1º de maio e encerra no próximo domingo (30). Segundo relatório parcial divulgado nesta segunda-feira (24) pela Adapar, 71,3% das explorações pecuárias já foram atualizadas.


A partir da próxima segunda-feira (01/07) o produtor que não atualizar o rebanho estará sujeito a penalidades previstas na legislação, inclusive multas. Além disso, aqueles que não cumprirem a exigência ficarão impedidos de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA), documento que possibilita a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos.


A Adapar passará a fazer busca ativa de rebanho com cadastro não atualizado podendo gerar multa. A atualização precisa ser feita para todas as espécies animais existentes na propriedade (bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho-da-seda).


Os produtores podem utilizar o aplicativo Paraná Agro, o site da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) ou cumprir a obrigação presencialmente em uma das Unidades Locais da Adapar, Sindicatos Rurais ou Escritório de Atendimento de seu município.


O acesso ao sistema também está disponível de forma direta por meio deste link. Para fazer a comprovação, o produtor deve ter o CPF cadastrado. Nos casos em que seja necessário ajustar o cadastro inicial (correção de e-mail ou outra informação), o telefone para contato é (41) 3200-5007.


CAMPANHA – Conforme divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Departamento de Saúde Animal (Desa) da Adapar, mais de 136 mil explorações pecuárias foram comprovadas. Ainda estão pendentes atualizações de 54.923. Estes dados demonstram percentual de 71,3% de comprovações de explorações em todo o Paraná.


Até agora 11 municípios completaram 100% de suas atualizações, mas alguns ainda estão muito abaixo da média estadual. É o caso de Paranacity que, na última colocação, tem apenas 26% de atualização. Mandirituba, com 33,3%; Flórida, com 34,9%; Bocaiúva do Sul, com 35,6%; e Quatro Barras, com 35,8%, também estão com números baixos.


Segundo o Departamento de Saúde Animal, existem 155 mil propriedades no Paraná e pouco mais de 191 mil explorações pecuárias, sendo que as principais espécies somam aproximadamente 8,6 milhões de bovinos, 7 milhões de suínos, 20 mil aviários, 240 mil equídeos, além de outros animais.


ÁREA LIVRE – O Paraná foi reconhecido internacionalmente como Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em 27 de maio de 2021. Como compromisso do Estado, há a necessidade de se realizar o cadastro de todos os animais uma vez por ano, durante os meses de maio e junho.


O gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias, alertou que a atualização do rebanho é importante para os próprios produtores, pois possibilita uma ação rápida nos casos de suspeita inicial de doenças nos animais. “O status de Área Livre Sem Vacinação que o Estado conquistou após muito esforço exige uma vigilância permanente, e é isso que queremos ao exigir a atualização do rebanho das propriedades rurais do Estado”, afirmou.


O diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, destacou que o trabalho dos profissionais da entidade não parou após a conquista na OIE. “Agora estamos ainda mais vigilantes, cuidando com muita atenção das fronteiras e das divisas do Estado, trocando muitas informações com os Conselhos de Sanidade Agropecuária e com entidades representativas do setor, e precisamos desse auxílio dos produtores para que nos forneçam os dados e juntos consigamos manter o status do Paraná”, disse.

Artigo - Como reduzir custos no agro com serviços digitais: A chave para a competitividade e sustentabilidade

 Por Ricardo Martins, especialista em agromarketing e CEO da TRIWI


No dinâmico e desafiador cenário agrícola atual, a busca por eficiência e redução de custos tornou-se uma prioridade para produtores e empresas do setor. Com margens cada vez mais apertadas e a crescente pressão por práticas sustentáveis, a adoção de serviços digitais surge como uma estratégia poderosa para enfrentar esses desafios e impulsionar a competitividade do agronegócio.


Como especialista em agromarketing, tenho acompanhado de perto a transformação digital no campo e posso afirmar, com confiança, que os serviços digitais são a chave para unlocking cost savings e promover a sustentabilidade no setor agrícola. Desde soluções de agricultura de precisão até plataformas de gestão integrada, a tecnologia está revolucionando a maneira como produzimos, gerenciamos e comercializamos nossos produtos agrícolas.


Uma das principais vantagens dos serviços digitais é a capacidade de otimizar o uso de insumos e recursos. Com o auxílio de sensores, imagens de satélite e algoritmos avançados, é possível monitorar as lavouras em tempo real, identificando áreas que requerem atenção específica. Isso permite a aplicação precisa de fertilizantes, defensivos e água, evitando desperdícios e reduzindo os custos de produção. Estudos mostram que a agricultura de precisão pode levar a uma economia de até 20% nos custos com insumos, além de aumentar a produtividade e minimizar o impacto ambiental.


Outro aspecto crucial é a gestão eficiente da propriedade rural. Plataformas digitais de gerenciamento permitem centralizar informações, controlar estoques, acompanhar a saúde financeira do negócio e tomar decisões embasadas em dados. Com acesso a insights em tempo real, os produtores podem identificar gargalos, reduzir desperdícios e otimizar a alocação de recursos. Além disso, a automação de processos burocráticos, como a emissão de notas fiscais e o controle de documentos, libera tempo valioso para que os agricultores se concentrem em atividades estratégicas e na melhoria contínua de suas operações.


No âmbito da comercialização, os serviços digitais têm o potencial de encurtar a cadeia de suprimentos e aproximar produtores e consumidores. Plataformas de comércio eletrônico especializadas em produtos agrícolas permitem que os agricultores vendam diretamente para o consumidor final, eliminando intermediários e aumentando suas margens de lucro. Além disso, ferramentas de análise de mercado e precificação auxiliam na tomada de decisões estratégicas, garantindo melhores retornos financeiros.


Não podemos esquecer também da importância dos serviços digitais na capacitação e troca de conhecimentos entre os atores do setor. Plataformas de ensino a distância e redes sociais voltadas para o agronegócio facilitam o acesso a informações técnicas, melhores práticas e tendências de mercado. Essa democratização do conhecimento permite que pequenos e médios produtores se mantenham atualizados e competitivos, mesmo com recursos limitados.


No entanto, é fundamental ressaltar que a adoção de serviços digitais no agro requer investimentos em infraestrutura, capacitação e mudança de mindset. Governos, empresas e entidades do setor precisam unir esforços para promover a inclusão digital no campo, garantindo acesso à internet de qualidade e oferecendo treinamentos para que os produtores possam aproveitar ao máximo essas ferramentas.


O futuro do agronegócio pertence àqueles que estão dispostos a abraçar a inovação e a se adaptar às novas demandas do mercado. Serviços digitais não são mais um diferencial, mas um pré-requisito para a competitividade e sustentabilidade do setor. Como especialista em agromarketing, faço um apelo a todos os envolvidos na cadeia produtiva agrícola: sejam protagonistas dessa transformação. Invistam em tecnologia, capacitem suas equipes, conectem-se com seus pares e consumidores. Somente assim poderemos construir um agro mais forte, rentável e preparado para os desafios do futuro.


O momento de agir é agora. A digitalização do campo não é mais uma tendência, mas uma realidade. Aqueles que se anteciparem e incorporarem os serviços digitais em suas estratégias estarão colhendo os frutos de uma agricultura mais eficiente, sustentável e lucrativa. A escolha é clara: abraçar a tecnologia e prosperar ou resistir à mudança e ser deixado para trás. O agronegócio do futuro será digital. Cabe a cada um de nós decidir de que lado da história queremos estar.


  • * Ricardo Martins, graduado em Marketing, Pós-Graduado em Neurociência, Consumo e Marketing pela PUC-RS e também em Jornalismo Digital e Marketing Estratégico Digital. Fundador da TRIWI, com foco nos setores de Tecnologia, Agro, Serviços e Indústria. Atua como professor e consultor credenciado ao SEBRAE. Com mais de 22 anos de experiência em Marketing Digital, sua trajetória profissional inclui empresas como Polishop, XP Investimentos, TOTVS e CNA, e consultor de empresas como B3, Lupo, Multi. 



Grupo SWA apresenta tecnologias para o agronegócio e educação no 2.º Summit Iguassu Valley Latinoamérica

 Evento acontece em Foz do Iguaçu nos dias 13 e 14 de junho


Por: Engenharia de Comunicação

Segundo as previsões da Gartner, os investimentos globais em Tecnologia da Informação (TI) devem aumentar em 8% somente este ano, atingindo um total de US$ 5,1 trilhões. No Paraná, alguns eventos de lançamento de tendências para o segmento estão sendo realizados. Um deles é o Summit Iguassu Valley Latinoamerica, voltado à oferta de produtos. Ele ocorre no mês de junho, em Foz do Iguaçu.


Uma das empresas que já confirmou presença é a SWA, uma das principais desenvolvedoras de software do Brasil. Por lá, a startup apresenta suas quatro principais plataformas. "Participar deste evento, um dos maiores do gênero, é uma oportunidade valiosa para troca de experiências, aprendizado e networking", afirma Leandro Scalabrin, CEO do Grupo SWA.


Leandro Scalabrin, CEO da SWA. Divulgação

Entre as tecnologias apresentadas pelo Grupo está a plataforma Laços do Agro, que tem a meta de alcançar R$ 3 milhões em faturamento, conectando pequenos produtores a cooperativas agrícolas e ao mercado, já abrangendo 50 cidades e 700 produtores. Ela organiza o cronograma de produção dos agricultores para as cooperativas. "A Laços do Agro é acessada via celular, com recursos para gerenciar contratos de vendas, acompanhar cronogramas de entrega e controlar pagamentos. A plataforma melhora a eficiência, transparência e comunicação entre os envolvidos", explica Leandro.


Ainda para o mercado do agronegócio, a NeoCred, outra solução da SWA, desenvolve plataformas que facilitam o acesso ao crédito cooperativo de forma segura e ágil. Braço da startup, ela foi criada para desburocratizar processos de análises de crédito, facilitando a concessão de propostas e análise de crédito com praticidade e segurança. Trata-se do fruto do trabalho de pesquisa de um grupo de pequenos produtores cooperados do Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi), sendo premiada como produto de inovação no mercado rural no ano passado.


Para a educação, a SWA leva para o evento duas robustas iniciativas. A primeira delas é a Matheus Soluções, atual Matheus Educacional, adquirida pelo Grupo em 2021, que oferece soluções para aprimorar a gestão de escolas e instituições educacionais. A outra é o JACAD: um ERP educacional, solução que sustenta o trabalho de 40 mil professores e atende 500 mil estudantes em 22 estados brasileiros. Com a plataforma, toda a jornada acadêmica, desde a matrícula ao setor financeiro, pode ser assistida.


Assim, as áreas atendidas pelo Grupo SWA estão alinhadas com a programação do Summit, que visa integrar inovações para soluções nos setores de agronegócio, turismo, logística, educação, ESG e transição energética. Durante o evento, esses temas serão abordados em palestras com especialistas, painéis, rodadas de negócios, workshops, premiações e treinamentos.


"Estamos ansiosos para compartilhar nossas inovações. Nossas soluções focam na gestão acadêmica e na conexão entre produtores rurais, cooperativas e o mercado. Acreditamos que a tecnologia é a força motriz por trás das transformações que ocorrem em diversos setores. Nossa missão é utilizar essa força para facilitar e otimizar processos, melhorar a eficiência e promover o desenvolvimento sustentável", comenta Scalabrin. "Buscamos atender às demandas atuais e antecipar as necessidades futuras de nossos clientes. No setor educacional, aprimoramos a gestão acadêmica, enquanto no agronegócio, fortalecemos a colaboração na cadeia produtiva. A inovação contínua é essencial para o nosso sucesso e o de nossos clientes", conclui Scalabrin.


SOBRE O GRUPO SWA

O Grupo SWA se destaca por sua ampla atuação em 24 estados brasileiros. Com uma rede que atinge mais de 1 milhão de pessoas, a empresa tem um impacto significativo em diversas áreas. Entre seus atendidos estão alunos, professores, administrativos, produtores e empresas. Essa vasta abrangência reflete o compromisso do grupo com a educação e o crédito cooperativo. Para saber mais, https://swa.com.br/


SERVIÇO

O evento é uma iniciativa do Sistema Regional de Inovação - SRI do Oeste do Paraná IGUASSU VALLEY, em parceria com a Associação Comercial e Empresarial de Foz do Iguaçu e o Programa Oeste em Desenvolvimento (POD). Conta com o patrocínio da Fundação Araucária, Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Fundo Iguaçu, Parque Tecnológico Itaipu (PTI), Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), e apoio do SEBRAE PR e Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital do Paraná.


2.º Summit Iguassu Valley Latinoamerica

  • Quando: 13 e 14 de junho de 2024
  • Local: Grand Carimã Resort & Convention Center, em Foz do Iguaçu/PR
  • Informações sobre ingressos e estandes:
  • https://summit.iguassuvalley.com.br

Adesão obrigatória de produtores rurais à nota fiscal eletrônica começa em 1º de maio

 Inicialmente, a exigência valerá para todas as operações interestaduais do setor, além daquelas feitas por produtores rurais que tenham obtido faturamento superior a R$ 1 milhão em 2023. A partir de 1º de dezembro de 2024, a NFP-e será obrigatória também para os demais produtores rurais em operações internas.



Adesão obrigatória de produtores rurais à nota fiscal eletrônica começa de forma escalonada no dia 1º. 
Foto: Jaelson Lucas/Arquivo AEN

@AEN

Produtores rurais estarão sujeitos, a partir da próxima quarta-feira (1º), à obrigatoriedade da emissão da Nota Fiscal de Produtor Eletrônica (NFP-e). A transição para o novo tipo de documento fiscal ocorrerá de forma escalonada. Inicialmente, a exigência valerá para todas as operações interestaduais do setor, além daquelas feitas por produtores rurais que tenham obtido faturamento superior a R$ 1 milhão no ano de 2023.


A partir de 1º de dezembro de 2024, a NFP-e será obrigatória também para os demais produtores rurais em operações internas, ou seja, aquelas que forem realizadas dentro do próprio Estado.


Os prazos de adesão foram estabelecidos pelo Ajuste SINIEF nº 1/2024, aprovado nesta quinta-feira (25) pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Eles implicam uma mudança no processo de documentação fiscal para a circulação de mercadorias no setor agropecuário.


A NFP-e é um documento exclusivamente digital, emitido e armazenado eletronicamente, destinado a registrar, para fins fiscais, transações que envolvam a circulação de mercadorias. Ao substituir o documento em papel, a NFP-e (modelo 55) possui as mesmas atribuições e validade jurídica que a Nota Fiscal de Produtor (modelo 4), porém, agora adaptada ao ambiente eletrônico.


De acordo com o inspetor-geral de Fiscalização da Receita Estadual do Paraná, Estêvão Ramalho de Oliveira, a decisão de adotar uma obrigatoriedade gradativa levou em consideração as necessidades dos produtores. “Ao oferecer mais tempo àqueles de menor porte, para que se ajustem aos sistemas necessários para a emissão das notas eletrônicas, a mudança busca garantir uma transição suave para o novo tipo de documento fiscal”, diz.

HISTÓRICO – Desde 1º de janeiro de 2021, os produtores rurais com faturamento anual superior a R$ 200 mil já estavam obrigados a utilizar a NFP-e em operações interestaduais. Aos poucos, a obrigatoriedade se estenderá a todas as operações, tanto internas quanto interestaduais.


A adesão obrigatória à NFP-e estava inicialmente programada para entrar em vigor em 1º de maio de 2023. Em abril do ano passado, o Confaz estendeu o prazo de adesão por um ano, e agora prevê o escalonamento de acordo com o faturamento do produtor rural.


“A NFP-e aumenta a transparência e o controle nas transações comerciais do setor rural, além de facilitar o acompanhamento e a fiscalização por parte das autoridades fiscais. Contribui também para combater a sonegação de impostos e promover um ambiente de negócios mais justo e regulamentado”, complementa Lhugo Tanaka Junior, chefe do setor de Documentação Fiscal Eletrônica da Receita Estadual.


O sistema emissor da NFP-e está acessível por meio do portal Receita/PR, no qual é necessário se cadastrar para utilizá-lo.

Estado e Ocepar estudam estratégias para transformar o feijão em produto de exportação

 O Paraná é o principal produtor de feijão do País, com previsão de 946 mil toneladas este ano, respondendo por 29% da produção brasileira. Técnicos do Estado já desenvolveram 40 cultivares de feijão.




Foto: Divulgação SEAB-PR

@AEN

A Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, deram início nesta quinta-feira (25), durante o 1º Fórum do Feijão, realizado em Curitiba, a um estudo para tornar o feijão paranaense também um produto de exportação. O Paraná é o principal produtor nacional, com previsão de 946 mil toneladas este ano.


A produção atende basicamente o mercado interno, mas pesquisas demonstram que está havendo redução no consumo, que hoje é de cerca de 14 quilos por pessoa por ano, com tendência de queda.


Segundo o presidente da Ocepar, José Roberto Ricken, que propôs a reunião com a Seab, em outras commodities a produção responde à demanda nacional e internacional. "No feijão a parte comercial ainda é antiga, nós produzimos e depois saímos para comercializar. Precisamos de uma estratégia adequada de comercialização e até de exportação para ter uma cultura mais planejada no campo", afirmou.


Segundo ele, as cooperativas estão altamente interessadas em ampliar a produção, mas precisam estabelecer estratégia semelhante às da soja e do milho. "É um produto que está todo dia na mesa e precisamos ampliar o mercado", afirmou.


O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, ponderou que o desequilíbrio que se observa entre demanda e oferta tem provocado oscilações nos preços pagos aos produtores. Ele destacou pesquisas realizadas principalmente pelo Instituto de Desenvolvimento Rural-Iapar-Emater (IDR-Paraná) para desenvolver um produto que seja adequado para o mercado internacional.


De acordo com ele, já foi possível desenvolver materiais resistentes a pragas e doenças e com ciclos produtivos mais curtos, baixando de 90 para 68 dias, ou até menos. Também houve avanço em tecnologia, com desenvolvimento de plantas de porte mais ereto que ajuda na colheita mecanizada, e na logística, melhorando a secagem e armazenagem.


"O desafio é encontrar tipos de produto que estimulem nossa capacidade de abastecer o mercado internacional", disse Ortigara. "Por isso é muito relevante esta iniciativa de debater esse assunto até para calibrar a investigação científica no feijão e em alternativas de pulses (leguminosas secas)".


Uma das propostas colocadas pelo secretário para ajudar na tomada de decisão pelo produtor é ter zoneamento de risco climático cada vez mais focado em microambientes, com vistas à maior assertividade na produção e na segurança. "O feijão e os pulses são mais uma oportunidade de estar presente no mundo, mas precisamos estudar e nos adaptar ao consumo para garantir firmeza de demanda", disse.


A diretora de Pesquisa do IDR-Paraná, Vânia Moda Cirino, salientou que o instituto já desenvolveu cerca de 40 cultivares de feijão, a última delas a IPR-Cardeal, que tem grãos vermelhos que mantêm a coloração mesmo depois de cozidos. É uma cultivar estudada de acordo com o perfil do mercado internacional, pois alguns países vendem o produto pré-cozido em vidros, garantindo a boa apresentação. "Temos estruturado uma cadeia de feijões voltados para a exportação e as cooperativas são importantes nesse processo", afirmou Cirino.


SAFRA – O chefe do Departamento de Economia Rural (Deral), Marcelo Garrido, apresentou na reunião as estimativas da safra de feijão paranaense. As três safras devem entregar 946 mil toneladas do produto este ano, com produtividade de 1.800 quilos por hectare. Com isso, o Paraná será responsável por 29% da produção nacional.


Mesmo superior às 682 toneladas do ciclo anterior, a produção paranaense ainda será inferior à estimativa inicial feita pelos produtores em meados do ano passado, quando planejaram o plantio. De acordo com Garrido, as condições climáticas e a pressão forte de doenças não permitiram atingir o potencial, e também houve prejuízo para a qualidade do feijão, principalmente na região Sudoeste do Estado. "Mesmo assim o Paraná terá boa disponibilidade de feijão a partir de maio", afirmou.

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