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O Vira-Lata, da trupe Ave Lola, vai às ruas da Dinamarca em festival

Grupo na sede do Grupo Batida, em Copenhague
Divulgação Ave Lola

A Ave Lola está de malas prontas para a Europa - mas é só por um mês. Depois de mais uma temporada de sucesso de O Vira-Lara, em Curitiba,
 a trupe se prepara para apresentar a peça na Dinamarca. É de lá que vem a parceria para a criação do espetáculo, que tem a dramaturgia assinada pelo dinamarquês Søren Valente, do Teatergruppen Batida, tradicional coletivo dinamarquês de atores e músicosO espetáculo será apresentado em Copenhagen em diferentes locais ao ar livre - integrando a programação do Street Cut 2024, festival local voltado ao teatro de rua. Será a primeira vez que a Ave Lola apresentará o espetáculo em versão adaptada para o inglês e na rua. No total, serão cinco apresentações entre os dias 9 e 11 de agosto.

Outra parada na Europa será na Bélgica. Entre os dias 14 e 24 de agosto artistas da trupe estarão em residência artística com Natacha Belova e Tita Iacobelli, referências no teatro de marionetes. Além de servir como inspiração para vários objetivos dos atores da Ave Lola, o momento também será uma oportunidade para gravações de novo filme da trupe, desta vez sobre a paixão por teatro de manipulação.

"Essa temporada fora do país vem consolidar um processo de internacionalização que a Ave Lola vem passando nos últimos anos. A gente celebra muito esse momento, pois ele representa muitas conquistas. Em pouco mais de uma década passamos de uma pequena companhia curitibana, nascida fora dos grandes centros, para um espaço de criação sólido e reconhecido pelo público e pelos seus pares. Hoje a gente produz, troca, aprende e ensina com artistas e companhias de diferentes partes do mundo", conta Ana Rosa Tezza, diretora da Ave Lola.

Sobre O Vira-Lata

“O Vira-Lata” é uma história que toca em temas como as desigualdades social e de gênero, apresentando uma visão otimista a partir do fortalecimento dos afetos, da esperança e da capacidade de transformação. O processo criativo da peça brindou a parceria entre a Ave Lola e Teatergruppen Batida, que já acontecia por meio de encontros e residências artísticas.

Sobre a Ave Lola

A Ave Lola é uma companhia de teatro curitibana que há mais de uma década vem encantando o público com espetáculos que já circularam o Brasil todo, além de cidades do Chile e Dinamarca. Hoje é considerada um espaço de criação por extrapolar as barreiras do teatro, com produção de livros, filmes, exposições, oficinas e articulação com artistas do mundo todo – sendo berço de projetos artísticos de diversas áreas. Já conquistou 34 prêmios, entre eles 20 premiações do Gralha Azul e indicações para o Shell e Cesgranrio. Toda a gestão da companhia é feita intencionalmente por mulheres, como forma de abrir espaço e visibilidade à capacidade de liderança feminina no mundo das artes.

 

Papa, Angelus: "basta, irmãos e irmãs, não sufoquem a palavra do Deus da Paz”

Novo apelo do Papa Francisco pelo diálogo no Oriente Médio: "ataques direcionados e assassinatos nunca serão uma solução".



Oriente Médio  (ANSA)

Silvonei José – Vatican News

O Papa Francisco pediu diálogo para que o conflito no Oriente Médio não se alastre e disse que "ataques direcionados e assassinatos nunca serão uma solução", em mais um apelo durante a oração do Angelus na Praça São Pedro neste domingo.

"Acompanho com preocupação o que está ocorrendo no Oriente Médio e espero que o conflito, já terrivelmente violento e sangrento, não se espalhe ainda mais", disse Francisco.

“Rezo por todas as vítimas, especialmente as crianças inocentes, e expresso minha solidariedade à comunidade drusa na Terra Santa e às populações da Palestina, de Israel e do Líbano. Não nos esqueçamos de Myanmar”.

O Santo Padre pediu coragem para "retomar o diálogo para que haja um cessar-fogo imediato em Gaza e em todas as frentes, para que os reféns sejam libertados e a ajuda humanitária seja levada às populações".

Ele afirmou que "ataques, inclusive ataques direcionados, e assassinatos nunca podem ser uma solução e não ajudam a trilhar o caminho da justiça e da paz e geram mais ódio e vingança".

"Basta, irmãos e irmãs! Basta! Não sufoquem a palavra do Deus da Paz, mas deixem que ela seja o futuro da Terra Santa, do Oriente Médio e do mundo inteiro. A guerra é sempre uma derrota", clamou Francisco.

Teerã prometeu retaliação contra Israel depois que o país supostamente matou o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, e o chefe militar do grupo libanês Hezbullah, Fuad Shukr, em Beirute, com uma diferença de oito horas entre eles nesta semana.

Venezuela tem dia de protestos da oposição e de apoiadores de Maduro

Reeleição do presidente venezuelano é alvo de questionamentos


  • A Venezuelan woman living in Colombia gestures during a protest in support for opposition amid the disputed Venezuelan presidential election, at the Plaza de Bolivar, in Bogota, Colombia August 3, 2024. Reuters/Nathalia Angarita/Proibida reprodução. © Reuters/Nathalia Angarita/Proibida reprodução

@ Agência Brasil

Milhares de venezuelanos saíram às ruas neste sábado (3) em protesto contra o que consideram ser a reeleição fraudulenta do presidente Nicolás Maduro. A líder da oposição, María Corina Machado, juntou-se aos protestos em Caracas. Maduro também convocou uma manifestação de apoiadores e acusou a oposição de planejar um ataque nas ruas.


María Corina Machado foi recebida na manifestação de rejeição dos resultados oficiais das eleições presidenciais com gritos de "liberdade" pelos milhares de participantes.


A autoridade eleitoral venezuelana, vista por críticos como parcial ao partido socialista da situação, proclamou Nicolás Maduro como vencedor da eleição do último domingo (28 de julho), ao contabilizar que ele teve 51% dos votos contra 46% do candidato da oposição, Edmundo González. A entidade reafirmou uma margem similar na sexta-feira (2).


O resultado eleitoral motivou alegações generalizadas de fraude e diversos protestos, que foram combatidos pelas forças de segurança do governo Maduro, que os classificou como parte de uma tentativa de golpe de Estado patrocinada pelos Estados Unidos.


Até agora, pelo menos 20 pessoas foram mortas nos protestos depois da eleição, de acordo com o grupo de defesa de direitos Human Rights Watch. Outras 1,2 mil foram presas em conexão com as manifestações, segundo o governo.


*Com informações da Reuters, Lusa e RTP

Kamala pede união ao Partido Democrata para derrotar Donald Trump

Biden indicou sua vice-presidente após desistir da corrida eleitoral


Kamala Harris. © REUTERS/Kacper Pempel/Direitos Reservados

@Agência Brasil 🇧🇷 

Após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciar sua desistência de concorrer à reeleição, a vice-presidente, Kamala Harris, se pronunciou disse neste domingo (21) em uma rede social. Kamala disse que trabalhará para unir o partido Democrata e o país para vencer o candidato Republicano, o ex-presidente Donald Trump.


"Farei tudo o que estiver ao meu alcance para unir o Partido Democrata – e unir a nossa nação – para derrotar Donald Trump e a sua agenda extrema do Projeto 2025", afirmou Kamala, que ainda pediu doação de recursos para a sua campanha. O Projeto 2025, citado por Kamala, é o conjunto de proposições da direita conservadora dos EUA para remodelar o governo norte-americano. Essas propostas foram desenvolvidas pela instituição ultraconservadora Heritage Foundation.


Ao desistir de concorrer à Presidência do país, Biden manifestou seu apoio ao nome de Kamala para substituí-lo. Para concorrer à presidência dos Estados Unidos pelos democratas, no entanto, Kamala ainda precisa ter sua indicação aprovada pelo partido.


Na rede X, ela também agradeceu a liderança de Biden à frente do país e disse se sentir honrada com o endosso de sua candidatura pelo presidente. "Em nome do povo americano, agradeço a Joe Biden pela sua extraordinária liderança como Presidente dos Estados Unidos e pelas décadas de serviço prestado ao nosso país. Sinto-me honrada por ter o endosso do Presidente e minha intenção é merecer e conquistar esta indicação", disse.


Desistência

Na tarde deste domingo, em uma postagem na rede social X, Biden afirmou acreditar que, apesar de sua intenção de tentar um novo mandato, é do interesse do Partido Democrata e do país a retirada da sua candidatura. Em seguida, disse que se concentrará no seu trabalho como presidente até o final de seu mandato, em janeiro de 2025.


"Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E, embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que seja do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre apenas no cumprimento de meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato", escreveu Biden em uma carta publicada na rede social.


O anúncio de Biden segue-se a uma onda de pressão pública e privada de parlamentares democratas e membros ​​do partido para que ele desistisse da corrida após desempenho fraco em um debate televisivo no mês passado contra o rival republicano.

Joe Biden desiste da corrida à Casa Branca



Direitos de autor Susan Walsh/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.

De Euronews

O Presidente Joe Biden disse no domingo que não vai tentar a reeleição, fazendo o anúncio numa carta publicada na sua conta oficial.


O presidente dos Estados Unidos Joe Biden anunciou este domingo (21) que desistiu de concorrer à reeleição. Em um comunicado na rede social o X , Biden disse que cumprirá o seu mandato até janeiro de 2025.




"Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do melhor interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente em cumprir meus deveres como presidente pelo restante do meu mandato", escreveu Biden.


Brasil apresenta objetivos de desenvolvimento sustentável na ONU

Das 169 metas, apenas 14 foram plenamente cumpridas


Exposição 17 ODSs para um Mundo Melhor nos jardins do BNDES traz esculturas em forma de globos terrestres representando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
©Tomaz Silva/Agência Brasil


Por Agência Brasil 🇧🇷 

Depois de seis anos, o Brasil voltou a apresentar na Organização das Nações Unidas (ONU) um balanço de seus objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS). Chamado de Relatório Nacional Voluntário, o documento mostra a evolução do Brasil em cada um dos 17 ODS das Nações Unidas, do período de 2016 a 2022.  


A apresentação do relatório brasileiro foi feita nesta quarta-feira (17) pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo. A sessão ocorreu no Fórum Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável, na sede da ONU, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.  


Segundo ele, o Brasil decidiu voltar a apresentar o relatório para demonstrar a retomada do compromisso do país com o desenvolvimento sustentável e a Agenda 2030. “Apresentar o diagnóstico sobre a implementação das metas, dos objetivos do desenvolvimento sustentável no país, comunicar mundialmente a atuação do Brasil com relação à agenda 2030, e restabelecer sua imagem internacional como protagonista da agenda do desenvolvimento”, disse o ministro.


O documento apresentado pelo Brasil considera o período de 2016 a 2022 e mostra que, das 169 metas dos ODS, apenas 14 (8,2%) foram plenamente cumpridas; enquanto 35 (20,7%) apresentaram uma evolução positiva; 26 metas (15,4%) não mostraram nenhum progresso, e 23 (13,6%) sofreram retrocessos. Já 71 metas (42%) não puderam ser adequadamente avaliadas devido à falta de dados disponíveis ou a irregularidades nas séries de dados coletados.


“Não é um mapa agradável, infelizmente eu vou ter que mostrá-lo aqui, o que aconteceu no país nesses últimos seis anos, sobretudo nos últimos quatro anos de desmonte de todas as políticas públicas de proteção à pessoa humana e ao cidadão”, disse Macêdo. 


“Esse, infelizmente, foi onde o Brasil foi levado nesses últimos seis anos, com políticas públicas fragilizadas e desmanteladas pelo governo anterior. O retorno do Brasil ao Mapa da Fome, a população brasileira vulnerável nos temas da saúde e da pobreza extrema, e a fragilização da democracia”, acrescentou. 


Retomada

O relatório destacou também as ações que a atual gestão do governo federal tem feito desde 2023 para avançar na Agenda 2030 e nas metas dos ODS. Entre os destaques estão a recriação da Comissão Nacional dos ODS, a retomada de programas de combate à fome, à pobreza e à desigualdade; de enfrentamento das emergências climáticas e preservação dos biomas; de transição energética justa e sustentabilidade da Amazônia; além da defesa da democracia, igualdade racial e trabalho decente, e participação da sociedade brasileira nas decisões das políticas públicas.  


“Quando nós chegamos ao governo, nesse terceiro mandato do presidente Lula, o presidente encontrou 33 milhões de brasileiros famintos e mais um terço da população com algum tipo de insegurança alimentar. Com a retomada do novo Bolsa Família, com as Cozinhas Solidárias, com a economia popular, com os programas sociais, já retiramos, nesses um ano e meio, 24,5 milhões de brasileiros que estavam na fome e na miséria absolutas”, destacou Macêdo.


O ministro ressaltou ainda o lançamento de programas como o Plano Brasil Sem Fome, o Programa de Aquisição de Alimentos, o Programa de Aquisição de Alimentos para Merenda Escolar, o Plano Safra da Agricultura Familiar e do Agronegócio e o lançamento da Política Nacional de Agroecologia.


“Quero falar que na educação também, nós retomamos programas como a expansão das universidades e criamos o Pé de Meia, um programa que visa manter os jovens do ensino fundamental e médio na escola”, disse.


Segundo o documento apresentado, a agenda de enfrentamento à mudança do clima passou, desde 2023, a traba­lhar em colaboração com as políticas de desenvolvimento econômico, social e am­biental. O texto destaca que o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima foi reformulado e o Plano Clima está sendo elaborado de forma participativa. 


“Nós fizemos o plano de ação para a prevenção e controle do desmatamento na Amazônia Legal, reduzindo em quase 50% o desmatamento no nosso país, já no primeiro momento. E a nossa meta é o desmatamento zero. E estamos acabando de lançar o Plano Clima Participativo, que vai ser feito com a participação da sociedade para enfrentar as mudanças climáticas”, disse o ministro.


O ministro encerrou a apresentação destacando a iniciativa brasileira de criar o ODS 18, que trata da Igualdade Étnico-Racial. A proposta foi apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia Geral da ONU em 2023. 


“O ODS 18 é voluntário e foi assumido pelo nosso país. Está em processo de implementação e já foi criada uma câmara técnica no universo da Comissão Nacional de ODS e feita a elaboração das metas e indicadores que vão ser debatidos, discutidos e validados pela sociedade brasileira organizada, os movimentos sociais”.

Lula repudia atentado contra Donald Trump: "inaceitável"

 Ex-presidente dos EUA foi atingido por tiro na orelha durante comício



Presidente Luiz Inácio Lula da Silva .
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

@Agência Brasil 🇧🇷 

O presidente Lula repudiou neste sábado (13) o que classificou de atentado contra o ex-presidente Donald Trump. Ele considerou o ato como “inaceitável”.


“O atentado contra o ex-presidente Donald Trump deve ser repudiado veementemente por todos os defensores da democracia e do diálogo na política. O que vimos hoje é inaceitável”, declarou o presidente nas redes sociais.


Neste sábado, Trump foi retirado por seguranças do palanque onde fazia um comício na Pensilvânia. Após sons de tiros, o candidato republicano se abaixou e levantou com sangue na orelha e no rosto.


Donald Trump, é auxiliado por pessoal de segurança após o tiro, crédito- REUTERS/ TV

O local do comício foi abandonado com cadeiras derrubadas e fita policial amarela ao redor do palco. O caso está sob investigação.


Mães e esposas de prisioneiros ucranianos com o Papa

 Tetyana, Tamara, Alla, Vialyetta presentes na Audiência Geral na Praça de São Pedro para contar a Francisco sobre o sofrimento que sentem pelos seus familiares, combatentes de Azov, condenados à prisão perpétua: “Ele é o único que pode nos ajudar, gostaríamos que ele pedisse a libertação de todos os prisioneiros." Os últimos contactos com os familiares são de meses ou mesmo anos atrás: “Não recebemos cartas nem telefonemas e nem nos dizem nem mesmo onde estão, só temos informações da mídia”


As mulheres entregam seus presentes ao Papa Francisco 
(Vatican Media)


Salvatore Cernuzio – Cidade do Vaticano

A última vez que Tetyana viu seu filho foi em 6 de dezembro de 2021, ela ouviu sua voz em 9 de maio de 2022 e a última mensagem de texto que recebeu dele data de 17 de maio de 2022. Em março passado, por um canal de TV russo, ela soube que ele foi julgado e condenado a vinte e dois anos. Tamara espera pelo marido há mais de dois anos e tudo o que sabe sobre ele é que está na Sibéria, na colônia "Severny Volk", onde também esteve detido o dissidente Alexei Navalny. Alla não vê o marido desde 21 de fevereiro de 2022, ela falou com ele no dia 18 de maio de 2022 e ele contou que havia se ferido no braço, ao sair da siderúrgica Azovstal, em Mariupol. Através de um companheiro de prisão libertado, soube que seu braço funcionava com 30% de sua capacidade devido a uma infecção. Vialyetta, Violetta em italiano, vive todos os dias com o terror constante de receber a notícia da morte do marido, preso há dois anos e com um tumor na cabeça. Ela recebeu informações sobre ele e a sentença que recebeu, por meio de telegramas de canais russos e da autoproclamada República de Donetsk.


O Papa, o único que pode nos ajudar

 

Tetyana, Tamara, Alla e Vialyetta foram com grande carga de sofrimento e preocupações à Praça de São Pedro para a Audiência Deral deste 26 de junho. Fizeram tudo para estar ali porque queriam ter contacto com o Papa Francisco, o único - dizem - capaz de desbloquear esta situação complicada e muito delicada dos seus filhos e maridos, combatentes do batalhão Azov, primeiramente barricados na siderúrgica Azovstal em Mariupol e agora prisioneiros e condenados na Rússia à prisão perpétua – “injustamente” e “ilegalmente”, afirmam – juntamente com outros 101 ucranianos.


“Por que o Papa? Porque é a última possibilidade, ele está perto de Deus. Ele é o único que pode ajudar. Acredito que nos ajudará”, afirmam as quatro mulheres ao microfone de Svitlana Dukhovich da seção ucraniana da Rádio Vaticano/Vaticano News. As mulheres têm bem fixas na mente as datas, horas e circunstâncias muito precisas de quando viram e ouviram os familiares ou as informações recolhidas dos meios de comunicação social e companheiros de prisão sobre o que estão vivendo. “Sabemos as coisas deles... A Cruz Vermelha prometeu-nos que teríamos tido contacto, mas não recebemos cartas nem telefonemas e eles nem sequer nos dizem onde estão.”


O temor de que nunca mais voltem para casa

 

“Há 101 pessoas de Azov condenadas ilegalmente e gostaríamos realmente que o Papa pedisse a Putin para libertar todas elas, porque podem ser trocadas somente por meio de anistia ou perdão”, afirmam elas. O receio é que a Rússia não deixe regressar os seus familiares, porque foram condenados, numa possível troca “de todos por todos”, como pediu o Papa em muitos dos seus apelos. “Temos cada vez menos possibilidades”, explicam. “Eles podem simplesmente ser retirados da lista de trocas e pronto. E eles nunca voltarão para casa."


“Como parentes, estamos indefesos”

 

“A prisão perpétua é terrível”, sublinha Alla, de 23 anos, até o início do conflito gerente de uma loja de tecnologia. “Tentamos todas as opções e batemos em todas as portas possíveis. Tentamos transmitir a nossa dor e o sofrimento dos nossos entes queridos a todos que encontramos e pedimos ajuda. Hoje, infelizmente, como parentes estamos desamparados. É por isso que estamos aqui e fazemos tudo para que o Papa nos ouça, ouça as nossas histórias, ouça os nossos filhos, entenda quanto tempo eles estiveram lá e que sofrimento eles passaram”.  O seu Oleksiy, de 26 anos, foi condenado duas vezes depois da saída de Azovstal. “Não tenho contato com ele há muito tempo”, diz ela. “No dia 6 de maio de 2023, quando ocorreu a troca de prisioneiros de Azov, o companheiro de prisão do meu marido foi libertado e me contatou informando que estava na mesma cela que ele. Perguntei-lhe sobre o braço lesionado e ele disse-me que sempre havia uma infecção e que só funcionava com 30%. de sua capacidade".


Na prisão com um tumor na cabeça

 

O marido de Vialyetta, uma estudante, também se chama Oleksiy; o seu estado de saúde é significativamente pior devido a um tumor na cabeça, que é “benigno”, mas que “deve ser examinado de quatro em quatro meses para poder ser removido a tempo”. Em fevereiro de 2024, Oleksiy foi condenado à prisão perpétua por um tribunal de Donetsk, tendo sido interposto recurso no tribunal em junho, mas a sentença foi mantida. Ele está preso há mais de dois anos. “Em 17 de maio de 2022, ele se rendeu por ordem do Alto Comando ucraniano e agora não há mais contato com ele. A única informação que consigo encontrar, bem como a forma como tomei conhecimento da sua condenação, são telegramas de canais russos e da autoproclamada República de Donetsk, onde o vi pela primeira vez depois dois anos. Ele estava absolutamente péssimo, havia perdido pelo menos 15kg, pelo que pude ver. Lá não há atendimento médico, ninguém pode examinar o tumor dele, apesar de saber disso”.


Em uma das colônias mais duras da Sibéria

 

Tamara, educadora e tradutora do inglês antes da guerra, conta que a única coisa que sabe sobre Serhiy, seu marido de 26 anos, é que ele foi condenado à prisão perpétua e que hoje está na colônia siberiana Severnyj Volk, "uma dos mais duras da Rússia." “Recentemente soube pela mídia que durante a chamada 'acolhida' (a chegada de um novo preso) ele sofreu violência que lhe causou uma comoção cerebral, fratura nas costelas, hematomas e forte estresse”.


As últimas palavras ouvidas do marido datam de 16 de maio de 2022, quando ele disse: “Não se preocupe, vai dar tudo certo. Nos veremos em breve. Vamos nos preparar para um casamento de verdade." Os dois, aliás, casaram-se on-line em março de 2022 (na Ucrânia durante a guerra é possível casar com soldados à distância, ndr), quando ele já estava em Azovstal. Eles também gostariam de se casar “de verdade”, mas Tamara não tem todas essas esperanças. Ela as perdeu ao ver Serhiy no tribunal em um site: “Não o reconheci porque ele havia perdido muito peso, estava com uma aparência pálida e vazia. Lá ouvi a sentença de prisão perpétua." Ela chorou durante os três dias seguintes: “Depois do julgamento, pelo que eu sei, Serhiy desistiu, perdeu as esperanças. Também é muito difícil para mim continuar esperando."


Uma mãe que luta e lutará

 

Em vez disso, Tetyana, uma ex-vendedora de loja, espera contra todas as esperanças pelo retorno de seu filho Artem. Seu único filho. “Na época da invasão ele tinha 21 anos. Em 19 de junho ele comemorou seu terceiro aniversário em cativeiro”. O jovem ingressou na Azov em 2019. Os últimos contatos virtuais datam de há dois anos; ela também viu o rapaz na TV, foi julgado e condenado a 22 anos. “Ninguém me contatou”, diz ela. “Apenas uma vez, um mês após o ataque a Olenivka (uma instalação nos territórios da autoproclamada República de Donetsk, onde morreram dezenas de pessoas detidas como prisioneiros de guerra, ndr.), recebi um telefonema da Cruz Vermelha me perguntando se eu sabia alguma coisa sobre meu filho. Mas eu nem sabia se ele estava vivo." “Meu filho – acrescenta – sabe que sua mãe não ficará indiferente, sabe que sua mãe lutará. E isso me dá forças para lutar por ele, porque estou livre e ele não."


Presentes para o Papa

 

Todos os domingos, às 15h, as quatro mulheres se reúnem em manifestações em Kiev: “Há muita gente que participa e nos dá forças para continuar lutando”. “É muito importante para nós – responde Tamara – porque entendemos que não estamos sozinhos, que esta dor não é só nossa... Nos entendemos, podemos chorar e rir juntos”


Hoje choraram diante do Papa, a quem entregaram vários presentes: um desenho representando a condição dos presos ucranianos, um livreto fotográfico contendo a história de cada um deles, com imagens de quando eram felizes juntos com seus entes queridos antes o conflito e depois na trágica situação atual, uma escultura de gesso com as duas mãos amarradas por uma corda que o Papa segurou nas mãos, permanecendo em silêncio por alguns momentos.

Antony Blinken encontra-se com familiares de reféns em Gaza

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou esta terça-feira em Gaza que a declaração do Hamas após a votação da ONU foi um "sinal de esperança". Entretanto, os mediadores Qatar e Egito já receberam uma resposta que estão a analisar.


De  Euronews

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, está em Israel desde segunda-feira, dia 10 de junho, no âmbito do plano de tréguas com o Hamas em Gaza.


Esta terça-feira, Antony Blinken reuniu-se com familiares de reféns americanos em Gaza e assegurou que estão a ser feitos todos os esforços."Para mim, todos os reféns, mas especialmente as nossas oito famílias americanas que têm entes queridos em Gaza, estamos determinados a trazê-los para casa”, disse Blinken.


A proposta de cessar-fogo, segundo os Estados Unidos, já foi aceite por Israel, e o Hamas anunciou esta terça-feira que aceita uma resolução da ONU que apoia o plano e está pronto para negociar os detalhes. O Secretário de Estado dos EUA disse ser “um sinal de esperança”.

Entretanto, o Hamas confirma que já respondeu aos mediadores do Qatar e do Egipto à proposta de cessar-fogo, com algumas "observações" sobre o acordo.


O Hamas e o grupo militante Jihad Islâmica, de menor dimensão, afirmaram estar dispostos a "negociar positivamente para chegar a um acordo" e que a sua prioridade é pôr "completamente termo" à guerra. No entanto, não foram fornecidos quaisquer pormenores.


Os ministérios dos Negócios Estrangeiros do Qatar e do Egipto também afirmaram, numa declaração conjunta, que estavam a analisar a resposta e que iriam continuar os seus esforços de mediação juntamente com os Estados Unidos "até se chegar a um acordo".


Conselho de Segurança da ONU aprovou o acordo que envolve três fases.

“A proposta que o Presidente Biden apresentou é a melhor forma de o fazer", acrescentou Blinken.


Na visita a Gaza, Blinken reuniu-se também com o líder da oposição israelita, Yair Lapid, e aproveitou o momento para exortar os altos funcionários israelitas a aceitar e implementar um plano para o pós-guerra.


Esta terça-feira a ONU referiu possíveis crimes de guerra cometidos pelas forças israelitas e palestinianas após o ataque que libertou quatro reféns.


Notícia atualizada às 20h24

Brasil repudia ataque contra a primeira-ministra da Dinamarca

 Mette Frederiksen sofreu arranhões; o agressor foi preso



Danish Prime Minister Mette Frederiksen arrives at the Danish Parliament in Christiansborg
Palace© Ritzau Scanpix/Direitos reservados

@Agência Brasil

A agressão sofrida pela primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, foi repudiada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) que, por meio de nota, afirmou nesse sábado (8) que tomou conhecimento do ataque, com consternação.


“Ao reiterar seu firme repúdio a qualquer ato de violência, o governo brasileiro expressa sua solidariedade ao governo e o povo dinarmaqueses e faz votos de pronta recuperação à primeira-ministra Frederiksen”, diz a nota do MRE


A agressão contra a primeira-ministra aconteceu na sexta-feira (7), em uma praça da região central de Copenhague, capital dinamarquesa. Frederiksen sofreu pequenos arranhões. O autor foi preso em seguida.


Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também se manifestou em uma rede social expressando solidariedade. “Não podemos permitir que comportamentos criminosos como este, que colocam em risco a vida das pessoas por mera discordância política, sejam a regra no mundo. Do Brasil, estendo minha solidariedade à Mette Frederiksen e todo povo dinamarquês”, afirmou. 

Em Barcelona, vice-prefeito de Curitiba conhece a solução ambiental dos "superblocks"

No segundo dia da visita internacional para prospectar experiências que possam ser aproveitadas em Curitiba, neste domingo (2/6) o vice-prefeito Eduardo Pimentel conheceu os superblocks de Barcelona – conjunto de quadras fechadas como o Calçadão da Rua XV, mas com outras possibilidades urbanísticas. A cidade, que tem população semelhante à de Curitiba, fica no nordeste da Espanha.


Na Espanha, vice-prefeito Eduardo Pimentel, acompanhado do presidente da Câmara Municipal, Marcelo Fachinello e seus vices, Tito Zeglin e Mauro Ignácio, connhece os superblocks de Barcelona. Curitiba, 02/06/2024.
Foto: Divulgação

@SMCS

Acompanhado por técnicos da Prefeitura barcelonense, Pimentel viu, na prática, as vantagens da proposta dos superblocks. “São grandes quadras que foram transformadas em centros com vegetação adensada para absorver a água da chuva e proporcionar uma sensação térmica confortável, mesmo em dias quentes como hoje”, disse. A percepção, segundo ele, é de que nessas vias a temperatura seja 2 a 3 graus menos que em outros locais da cidade. Na Europa, é primavera.


Para as pessoas

Fechadas ao trânsito regular, as grandes quadras arborizadas também são áreas de lazer e convivência. “Em um dia como hoje, encontramos muitas famílias, idosos e ciclistas no trajeto, que é uma interessante área de caminhada, lazer e esporte preservada do barulho do tráfego", contou Pimentel. 


O vice-prefeito permanece em Barcelona até o dia 4/6, quando encerra a programação com uma reunião com a Comissão de Habitação local. No mesmo dia embarca para Milão, na Itália, onde manterá agendas nas áreas de urbanismo e segurança alimentar. O retorno a Curitiba acontece no sábado (dia 8/6). Também participam da missão internacional o presidente da Câmara Municipal de Curitiba, Marcelo Fachinello, e os vice-presidentes na Câmara, Tito Zeglin e Mauro Ignácio.


Na Espanha, vice-prefeito Eduardo Pimentel, acompanhado do presidente da Câmara Municipal, Marcelo Fachinello e seus vices, Tito Zeglin e Mauro Ignácio, connhece os superblocks de Barcelona. Curitiba, 02/06/2024.
Foto: Divulgação



126 milhões de euros em apoio militar para a Ucrânia ainda este ano, promete Portugal

Presidente ucraniano teve encontro com Montenegro em São Bento e Marcelo Rebelo de Sousa em Belém. Ajuda portuguesa inclui treino de pilotos para uso de F-16. Portugal apoia adesão da Ucrânia à UE e à NATO. Zelenskyy agradece apoio, considerando Portugal um "sincero amigo e parceiro" da Ucrânia.


A ajuda militar fornecida por Portugal à Ucrânia será de 126 milhões de euros em 2024, anunciou esta terça-feira o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, num encontro com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy no palácio de São Bento em Lisboa.


O avião que transportou Zelenskyy de Bruxelas para Lisboa aterrou em Figo Maduro ao início da tarde. O chefe de Estado ucraniano foi recebido por Marcelo Rebelo de Sousa, Luís Montenegro e várias altas entidades políticas e militares.


"Quando a Rússia lançou a sua brutal invasão, muitos pensaram que a Ucrânia não iria sobreviver mais do que algumas semanas como Estado livre e soberano. A sua presença aqui, as demonstrações de coragem e resistência que o povo ucraniano tem demonstrado ao longo dos anos, são uma clara demonstração da vontade férrea em preservar a liberdade, soberania e a integridade do seu território”, disse Montenegro, já em São Bento.


Portugal e Ucrânia assinaram um acordo bilateral de cooperação e segurança com um horizonte de dez anos. Além do apoio de 126 milhões de euros em 2024, Lisboa fornecerá a Kiev caças F-16, assegurando a manutenção e o treino dos pilotos para o uso das aeronaves.


Apesar de o acordo não ser vinculativo em termos jurídicos, Montenegro garantiu um “compromisso a 100%” quer por parte de Portugal, quer da Ucrânia. 


O chefe do governo português salientou que a diplomacia portuguesa apoia “as aspirações da Ucrânia" na adesão à União Europeia e à NATO, mencionando os “níveis de integração absolutamente fantásticos" da comunidade ucraniana em Portugal, a segunda mais numerosa, só atrás da brasileira.


Zelenskyy vê em Portugal "sincero amigo e parceiro"

Volodymyr Zelenskyy agradeceu o apoio anunciado por Portugal, que considera um "sincero amigo e parceiro" da Ucrânia.

O presidente ucraniano realçou que o acordo de segurança com Portugal é a prova de que a ajuda dos aliados de Kiev vai para além das palavras.

"Todos os acordos sobre segurança mostram que a solidariedade dos nossos aliados não são palavras, são ajudas concretas”, disse Zelenskyy.

“É muito importante que as narrativas russas não sejam adoptadas e por isso não nos podemos cansar da guerra.", acrescentou.

Zelenskyy lembrou ainda a comunidade ucraniana que vive em território nacional.

“Está muito bem integrada”, sublinhou o chefe de Estado ucraniano.


Encontro em Belém

Volodymyr Zelenskyy foi recebido com honras militares por Marcelo Rebelo de Sousa ao final da tarde desta terça-feira no Palácio de Belém, onde terá um jantar oficial, com a presença do primeiro-ministro, Luís Montenegro, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e a vice-presidente da Assembleia da República Teresa Morais. No livro de honra do Palácio de Belém, Volodomyr Zelensky escreveu que é “uma grande honra e prazer visitar hoje Portugal"


Frisou que os ucranianos estão "muito agradecidos pela solidariedade de Portugal (...) em tempos de difíceis desafios provocados pela agressão armada da Rússia.”

"Juntos com os nossos amigos, como Portugal, a Ucrânia irá definitivamente ganhar e a paz justa e duradoura será restaurada na nossa casa europeia comum”.

“Desejo a Portugal e ao seu povo amigo paz e prosperidade. Glória à Ucrânia. Viva Portugal”, conclui o líder ucraniano.

Marcelo Rebelo de Sousa e Paulo Rangel vão representar Portugal na conferência da paz na Suíça, a 15 e 16 de junho.

As notícias do dia 14 maio 2024

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Mundo: as notícias do dia

 


Concerto de música japonesa e brasileira celebra relações culturais entre Curitiba e Himeji


  • Prefeito Rafael Greca, primeira-dama Margarita Sansone e representantes da cidade de Himeji presentes no concerto em homenagem aos 40 anos de irmandade de Curitiba e Himeji na Capela Santa Maria - Curitiba, 08/05/2024 - Foto: Daniel Castellano / SMCS


@SMCS 

Os 40 anos da irmandade entre Curitiba e Himeji foram celebrados com um concerto que uniu a música tradicional japonesa com a música popular brasileira. A apresentação na noite de quarta-feira (8/5), na Capela Santa Maria, contou com a presença do prefeito Rafael Greca, do prefeito de Himeji, Hideyasu Kiyomoto e de sua comitiva, e de secretários municipais de Curitiba. 


“O prefeito de Himeji nos oferece esse concerto de música japonesa, com músicos professores que vieram do outro lado do mundo. É um momento muito importante no intercâmbio cultural da cidade de Curitiba com o Japão”, disse Greca. 


A Prefeitura de Himeji trouxe os premiados instrumentistas Kana Shinpuku e Seizan Matsuzaki, que apresentaram composições japonesas em solos e duos de koto e shakuhachi, dois instrumentos milenares e muito representativos daquela cultura. O concerto contou com a participação especial dos músicos curitibanos João Egashira e Julião Boêmio, no violão e cavaquinho. O quarteto tocou um medley de músicas dos dois países e surpreendeu o público com a execução dos hinos de Curitiba e de Himeji. 


“Nós estamos acostumados a ouvir e apreciar as músicas clássicas do Japão, mas essa parceria artística, dos instrumentos japoneses com o violão e o cavaquinho, foi algo que nos emocionou”, comentou Hideyasu Kiomoto. “Para nos entendermos não precisamos falar a mesma língua, a música une o mundo”, completou. 


Os músicos

Kana Shinpuku é nascida na cidade irmã, estuda koto (instrumento de cordas dedilhadas) desde os 9 anos e atualmente é professora do instrumento. Realiza apresentações no Japão e em outros países. Especialista no estudo do shakuhachi (flauta tradicional japonesa feita de bambu), Seizan Matsuzaki já tocou em diversas orquestras, como a Filarmônica de Viena e Sinfônica da NHK, além de participar de gravações para peças teatrais e de cinema. Ambos receberam o Prêmio de Artes Culturais da Cidade de Himeji e o Prêmio Kurokawa Rokuro. 


A plateia também se encantou com a parceria inusitada. "A qualidade musical tanto dos músicos japoneses quanto dos brasileiros foi espetacular”, disse o dentista Auro Tetsushi Nakatani, morador do Rebouças, que foi ao concerto acompanhado da esposa, Emy. Ele conta que foi a primeira vez que assistiu ao vivo um concerto desses instrumentos tão tradicionais da cultura de seus ascendentes. “Tínhamos uma expectativa muito alta de que seria um ótimo espetáculo. E realmente foi”, atestou.


Ao final do concerto, o prefeito Rafael Greca ganhou de presente um desenho do Castelo de Himeji feito sobre couro de peixe e retribuiu a comitiva japonesa com presentes das lojas #CuritibaSuaLinda. 



  • Apresentação de Kana Shinpuku e Seizan Matsuzaki durante concerto em homenagem aos 40 anos de irmandade de Curitiba e Himeji na Capela Santa Maria - Curitiba, 08/05/2024 -
    Foto: Daniel Castellano / SMCS

Presenças

Prestigiaram o concerto a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina de Castro; as secretárias do Meio Ambiente, Marilza Dias, e da Saúde, Beatriz Battistella; o assessor especial de Relações Internacionais, Rodolpho Zanin Feijó; o superintendente de Assuntos Metropolitanos, Marcelo Ferraz; o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto; a presidente do Instituto Municipal de Turismo, Tatiana Turra; o vereador Nori Seto; e os administradores regionais Rafaela Lupion (Matriz), Narciso Doro Júnior (Cajuru); Reinaldo Baoron (Pinheirinho); Fernando Bonfim (Bairro Novo), Marcelo Ferraz (Tatuquara) e Raphael Keiji Asshida (CIC).



Foto: Daniel Castellano / SMCS

Ataque direto do Irã a Israel muda conflito no Oriente Médio

Para pesquisadores, reações ao bombardeio evidenciam alianças


A police officer inspects the remains of a rocket booster that, according to Israeli authorities critically injured a 7-year-old girl, after Iran launched drones and missiles towards Israel, near Arad, Israel, April 14, 2024.
© REUTERS/Christophe van der Perre


Agência Brasil 🇧🇷 

O ataque do Irã a Israel representa uma mudança na situação do Oriente Médio e pode levar a uma escalada nos conflitos na região, de acordo com especialistas entrevistados pela Agência Brasil. O ataque evidenciou alianças e mostrou claramente um posicionamento iraniano.


“O que aconteceu ontem muda a situação do Oriente Médio”, diz o professor do Departamento de Sociologia e coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Judaicos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Michel Gherman. “Não é novo que Israel e Irã se ataquem mutuamente nos últimos 40 anos, mas eles fazem isso de maneira a usar intermediários. O que aconteceu ontem é que o Irã ataca diretamente Israel”, acrescenta.


Segundo Gherman, o ataque marca o posicionamento iraniano na região. “Um reposicionamento se colocando frente à frente com Israel, em algum sentido se preparando para uma guerra regional em algum momento”, diz.


“Então o que o Irã mostrou é que ele está no jogo, que ele está disposto a avançar algumas casas, mas em algum sentido ele apostou no ataque médio. Não foi um ataque pequeno, foi longe de ser pequeno, mas não foi um ataque no limite das possibilidades do Irã. O Irã poderia ter lançado 3,5 mil mísseis e lançou 350”, destaca Michel Gherman.


No início do mês, aviões de combate supostamente israelenses bombardearam a Embaixada do Irã na Síria. O ataque matou sete conselheiros militares iranianos e três comandantes seniores. Neste sábado (13), a ofensiva foi do Irã, que atacou o território israelense com mísseis e drones, que em grande parte foram interceptados pelas forças de defesa israelenses.


A professora do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) Rashmi Singh diz que é importante contextualizar o ataque. “Precisamos lembrar que o Irã não está fazendo isso do nada, é uma retaliação do bombardeamento do consulado em Damasco, que foi uma coisa muito inaceitável em termos de normas internacionais. Ninguém pode tocar em consulados de outro país em um terceiro país. Então isso foi uma coisa bem errada do lado do Israel”, diz.


Rashmi Singh, que é codiretora da Rede de Pesquisa Colaborativa sobre Terrorismo, Radicalização e Crime Organizado e autora do livro Hamas e o Terrorismo Suicida, chama atenção ainda para uma falta de resposta do Conselho de Segurança das Nações Unidas em relação a esse ataque feito por Israel. “Então, isso já foi um problema em termos de a reposta do Ocidente, do Norte Global, que nós estamos vendo claramente, que não está tratando o conflito Oriente Médio de forma equilibrada, é totalmente em apoio do Israel, sem ver exatamente o que está acontecendo, e tentando pintar ou colocar qualquer país, especialmente o Irã, como se este fosse um ato irracional. Até agora o ato mais irracional nessa situação é de Israel. Então, nós precisamos colocar isso também no contexto”, enfatiza.


O pesquisador e professor do curso de relações internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Bruno Huberman acrescenta que o ataque do Irã respeitou as normas internacionais. “O Irã faz essa resposta previsível, essa informação já tinha sido vazada na sexta-feira, nos jornais, que isso poderia acontecer. No sábado, estava todo mundo esperando isso acontecer e, quando aconteceu, demorou horas para de fato acontecer o início do ataque e a realização dele. Então, teve toda uma preparação, que foi revelada. E esse ataque do Irã, ele respeita o direito internacional”, avalia.



Alianças em evidência

Para Gherman, o ataque evidenciou o apoio que Israel tem de outros países. “Os aliados foram aliados novos e velhos. Os novos, eu diria que tem o reposicionamento da Jordânia e da Arábia Saudita, e os velhos aliados que se colocaram ao lado de Israel foram Grã-Bretanha e Estados Unidos. Então, em algum sentido, o Irã produziu uma coalizão de apoio a Israel contra ele”, diz.


Apesar da aliança, Huberman ressalta que os Estados Unidos mostraram que não estão dispostos a uma ofensiva.


“Isso colocaria Israel sozinho nesse contra-ataque. Porque os Estados Unidos parecem dispostos a auxiliar na defesa israelense, mas não na ofensiva israelense. E esse ataque feito pelo Irã foi extremamente moderado”, destaca Bruno Huberman


O pesquisador enfatiza que não se conhece ao certo as capacidades bélicas iranianas. O conflito poderia levar ainda a um envolvimento da Rússia. “A gente não sabe das capacidades defensivas e ofensivas iranianas. E um movimento diretamente de Israel em território iraniano certamente levaria ao envolvimento russo nesse conflito.” A aliança entre Irã e Rússia vem da Guerra Civil de Síria, permanece e se torna uma aliança estratégica entre os dois atores, de acordo com o pesquisador. “Então, um escalonamento será certamente desastroso. E vai gerar diversas repercussões”, alerta.


O professor chama atenção ainda a outras possíveis repercussões para além dos conflitos externos. O apoio dado pela Jordânia a Israel pode gerar um descontentamento interno. “A Jordânia auxiliou Israel na defesa, o que vai contra completamente os interesses da sua população. Eu acredito que nos próximos dias, semanas, a gente vai ver revoltas populares bastante duras na Jordânia contra a manutenção do atual Reino Haxemita. A maior parte da população jordaniana é de descendência palestina, por exemplo. Então, essa aliança da Jordânia com Israel e com os Estados Unidos não é bem-vista pela população. Então, pode gerar diversos desdobramentos para além do confronto militar em si”.


De acordo com Gherman, a nova configuração pode gerar pressão para o fim do genocídio que Israel está promovendo em Gaza. “Essa guerra em Gaza tem que acabar, porque, enquanto ela não acaba, você tem a produção de mortes em Gaza, é uma situação de produção de instabilidade regional”, diz. “Eu acho que hoje, mostrando como o mundo está instável naquela região, é preciso que a haja um cessar-fogo imediato em Gaza para evitar um alastramento efetivo de uma guerra regional, que seria ruim para todo mundo, inclusive para Israel.”


A guerra teve início em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas fez um ataque surpresa a Israel, que deixou 1,4 mil mortos e capturou cerca de 200 reféns. Desde então, mais de 32 mil pessoas perderam a vida em toda a Faixa de Gaza e na Cisjordânia, incluindo 13 mil crianças, e mais de 74 mil ficaram feridos, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Cerca de 1,7 milhão, quase 80% da população da Faixa de Gaza, foram deslocadas. Dessas, 850 mil são crianças.


Na análise do pesquisador, embora o ataque iraniano não impacte diretamente em Gaza, os países que apoiaram Israel nesse contexto podem também pressionar o país para o fim desse massacre. “Eu vejo possibilidades concretas agora de avanço, de esforços para o final do que está acontecendo em Gaza. O que está acontecendo em Gaza tem que parar. Eu acho que é isso que os países envolvidos na defesa de Israel ontem, inclusive Jordânia e Arábia Saudita, de algum jeito, podem avançar numa pressão junto com Biden [presidente dos Estados Unidos, Joe Biden] para que Netanyahu [primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu] se retire definitivamente e Gaza deixe de ser um locus de instabilidade no Oriente Médio.”


Posicionamento brasileiro

Após o ataque iraniano, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou, no sábado (13) à noite, uma nota no qual o governo brasileiro manifesta "grave preocupação" com relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel. De acordo com a nota, a ação militar deixou em alerta países vizinhos e exige que a comunidade internacional mobilize esforços para evitar uma escalada no conflito.


Na avaliação da pesquisadora Rashmi Singh, a resposta do Brasil foi equilibrada.


“Eu acho que a posição do Brasil ficou bem clara. O Brasil está criando um espaço próprio dentro do sistema internacional onde ele está claramente se colocando em uma posição de moralidade em termos do que está acontecendo contra os palestinos, ao mesmo tempo ele está tentando colocar um pouco mais de responsabilidade em ações de Israel”, diz a pesquisadora. “Foi [uma nota] muito equilibrada, que nós podemos perceber que eles não condenaram o ataque, mas ficaram bem preocupados com o ataque em termos da escalada do conflito regionalmente.”


Já para Gherman, o posicionamento do Brasil deixou a desejar. “É uma nota que diz pouco e em um momento em que ela poderia dizer muito mais. Eu acho que o Brasil tem que se colocar publicamente como uma alternativa concreta para o avanço da paz e de acordos na região. Não está fazendo isso. Está resolvendo as questões, tentando manter alianças que já tinha constituído. Parece que é pouco perto do papel que o Brasil pode exercer”, avalia.


Na Suécia, comitiva paranaense avalia novos potenciais da madeira na construção civil



Na Suécia, comitiva paranaense avalia novos potenciais da madeira na construção civil.
Foto: Governo do Paraná


Primeiros dois dias da missão internacional se concentraram na cidade de Skelleftea, no Norte do país escandinavo, conhecida pelas inúmeras obras feitas em madeira – diversas casas, pontes, prédios e até mesmo a torre de controle do aeroporto.


Gestores do Governo do Estado concluíram nesta terça-feira (9) o segundo dia de visitas técnicas na missão internacional à Suécia, que tem como tema central a madeira engenheirada – material que passa por um pré-processamento para ser usado na construção civil. Os primeiros dias da viagem internacional, que foi organizada pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), foram na cidade de Skelleftea, que possui diversas casas, pontes, prédios e até mesmo a torre de controle do aeroporto feitos em madeira.


A experiência imersiva no mundo da madeira engenheirada começou já pelo hotel onde a delegação ficou hospedada. O Hotel the Wood possui 20 andares construídos totalmente em madeira engenheirada, usada tanto na estrutura externa quanto no acabamento interno, móveis e decoração, o que o torna um dos maiores deste tipo na Europa.


A comitiva, que também é formada por representantes de prefeituras, órgãos federais e do setor produtivo, visitou o Sara Cultural Centre, um complexo que une um mercado para a indústria madeireira, uma área de pesquisa e inovação e um espaço turístico. O projeto é resultado de uma competição de arquitetura promovida pela prefeitura de Skelleftea e atrai dezenas de delegações de professores de universidades, arquitetos, engenheiros e legisladores de todo o mundo.


“Conversamos com empresários, arquitetos, professores e membros do poder público local que nos apresentaram esse conceito verde, de descarbonização da cidade a partir de construções sustentáveis, além de outras políticas públicas que a cidade desenvolve”, comentou o chefe do Departamento de Florestas Plantadas da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), Breno Menezes de Campos.


“Como temos as florestas públicas plantadas no Paraná, pensamos no manejo sustentável delas e em tecnologias de descarbonização. A utilização de madeira engenheirada nesses processos é uma das opções de uso desses ativos florestais, que podem ser transformados em construções de baixo carbono e em políticas públicas que envolvem construções sustentáveis”, completou o representante da Seab.



Na Suécia, comitiva paranaense avalia novos potenciais da madeira na construção civil. 
Foto: Governo do Paraná


A programação incluiu ainda uma reunião com professores da Universidade de Tecnologia de Lulea, que possui um polo de pesquisa e inovação em madeira, com diversos laboratórios dedicados ao tema. Segundo o presidente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Jorge Lange, o diálogo com a academia é importante para que o Governo do Estado possa avançar em relação ao tema.


“Encerramos a primeira etapa da viagem com esse contato com a indústria madeireira e a universidade, onde pudemos acompanhar as pesquisas que eles estão fazendo com a madeira e o tratamento pelo qual ela passa para ser utilizada de forma correta na construção civil”, afirmou Lange. “Ainda temos que montar um sistema no Paraná para que a gente possa utilizar esse conhecimento, mas está sendo uma experiência muito proveitosa para avançar na industrialização dos sistemas construtivos, e a madeira se mostra uma potencial solução”.


Uma das iniciativas em âmbito estadual e que pode ajudar no processo de adoção da madeira engenheirada foi desenvolvido pela Fundação Araucária. O Novo Arranjo de Pesquisa Inovação (NAPI) Wood Tech foi criado em 2023 para estudar os potenciais de uso da madeira sustentável e renovável na região de Guarapuava com o intuito de transformá-la em um polo dessa tecnologia construtiva.


Na Suécia, comitiva paranaense avalia novos potenciais da madeira na construção civil. 
Foto: Governo do Paraná


O projeto é feito em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), a Prefeitura de Guarapuava e o Cilla Tech Park, e recebeu um investimento de quase R$ 2,7 milhões do órgão estadual em agosto de 2023.


AGENDA – A partir desta quarta-feira (10), a delegação do Paraná continua as agendas na Suécia, desta vez na capital Estocolmo. Na cidade, os representantes visitarão, entre outros destinos, um bairro planejado composto por várias construções em madeira engenheirada, um centro comercial exclusivo para produtos reciclados, e o HoHo Wien, hotel de 24 andares considerado o maior edifício de madeira da Europa.


Os últimos dias da viagem serão em Viena, capital da Áustria. Lá, a programação será focada em empreendimentos residenciais que utilizam a madeira engenheirada.

PF vai apurar hospedagem de Bolsonaro na Embaixada da Hungria

Ex-presidente ficou no local por dois dias, revelou jornal dos EUA




Bolsonaro passou duas noites na embaixada da Hungria após operação e apreensão de passaporte, diz jornal. Foto: Embaixada da Hungria/Divulgação

Agência Brasil 🇧🇷 

A Polícia Federal vai apurar as circunstâncias da hospedagem do ex-presidente Jair Bolsonaro na Embaixada da Hungria, em Brasília, entre os dias 12 e 14 de fevereiro, poucos dias após a deflagração da Operação Tempus Veritatis, que investiga a existência de uma suposta organização criminosa que teria atuado numa tentativa de golpe de Estado no Brasil. A informação foi confirmada à Agência Brasil por fontes da PF. Segundo essas fontes, a polícia vai verificar se Bolsonaro violou alguma das restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 


A hospedagem de Bolsonaro na embaixada foi revelada nesta segunda-feira (25), pelo jornal norte-americano The New York Times. A matéria do jornal dos Estados Unidos sugere que Bolsonaro, alvo de investigações criminais, tentou fugir da justiça já que o ex-presidente não pode ser preso em uma embaixada estrangeira que o acolheu, porque está legalmente fora do alcance das autoridades nacionais.


O The New York Times teve acesso a imagens da câmera de segurança da embaixada, que mostram que o ex-presidente permaneceu dois dias no local, acompanhado por seguranças e funcionários do escritório diplomático. O embaixador Miklós Halmai também aparece acompanhando o presidente no local.



A publicação analisou as imagens das câmeras de segurança do local e imagens de satélite, que mostram que Bolsonaro chegou no dia 12 de fevereiro à tarde e saiu na tarde do dia 14 de fevereiro.


As imagens mostram também que a embaixada estava praticamente vazia, exceto por alguns diplomatas húngaros que moram no local. Segundo o jornal, os funcionários estavam de férias porque a estadia de Bolsonaro foi durante o feriado de carnaval.


Segundo a reportagem, no dia 14 de fevereiro, os diplomatas húngaros contataram os funcionários brasileiros, que deveriam retornar ao trabalho no dia seguinte, dando a orientação para que ficassem em casa pelo resto da semana.


Defesa

A defesa do ex-presidente da República confirmou que ele passou dois dias hospedado na embaixada da Hungria em Brasília “para manter contatos com autoridades do país amigo”. Em nota, os advogados de Bolsonaro dizem que ele mantém um bom relacionamento com o premier húngaro, com quem se encontrou recentemente na posse do presidente Javier Milei, em Buenos Aires.


“Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar [húngara], a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações. Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news”, diz a defesa de Bolsonaro.


Na tarde de hoje, em São Paulo, durante um evento do PL, o seu partido, Bolsonaro comentou indiretamente o caso, dizendo que frequenta embaixadas e conversa com chefes de Estado.


"Muitas vezes esses chefes de Estado ligam para mim, para que eu possa prestar informações precisas do que acontece em nosso Brasil. Frequento embaixadas também aqui pelo nosso Brasil, converso com os embaixadores. Não tenho passaporte, está detido, senão estaria com o Tarcísio [Freitas, governador de São Paulo] juntamente com Ronaldo Caiado [governador de Goiás] nessa viagem a Israel, um país irmão, um país fantástico em todos os aspectos.


Passaporte

O passaporte de Bolsonaro foi apreendido pela Polícia Federal durante a Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela PF no dia 8 de fevereiro, por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.


A operação foi deflagrada após o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, ter fechado acordo de colaboração premiada com investigadores da PF.


Autonomia

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, comentou, em entrevista a jornalistas, nesta segunda-feira, a notícia da hospedagem de Bolsonaro na embaixada húngara. "Que o Bolsonaro é um fugitivo confesso, é zero surpresa. Mais uma vez, ele mostrou seus planos de fugir. Fez isso no final do ano retrasado [2022], depois das eleições, ter fugido para os Estados Unidos", afirmou.


Em seguida, observou que cabe à Justiça analisar se o caso configura alguma irregularidade e destacou que o governo garante "absoluta autonomia ao funcionamento institucional da Polícia Federal". 


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