Getting your Trinity Audio player ready...

Senai e Faculdades da Indústria disponibilizam mais de 30 cursos gratuitos para o período de isolamento social

O objetivo é aproveitar o tempo preparando-se para a volta das atividades

Em meio à pandemia do novo Covid-19, o Sistema Fiep disponibiliza mais de 30 cursos gratuitos a distância aos profissionais da indústria que desejarem ampliar conhecimento. São cursos de vários níveis do Senai e IEL, por meio das Faculdades da Indústria. “Com os cursos gratuitos de EaD, conseguimos auxiliar a população para que possa se profissionalizar e continuar seu desenvolvimento profissional enquanto estamos passando por esse período de quarentena”, explica Giovana Punhagui, gerente executiva de Educação do Sistema Fiep. “O Sistema Fiep tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento da indústria, disponibilizando os cursos, visa colaborar para que as pessoas estejam mais preparadas para atingir melhores resultados quando tudo voltar ao normal”, aponta.

O Senai disponibiliza cursos gratuitos voltados para a Indústria 4.0, Desenho Arquitetônico, Educação Ambiental, Empreendedorismo, Finanças Pessoais, Fundamentos de Logística, Lógica de Programação, Metrologia, Noções Básicas de Mecânica Automotiva, Segurança do Trabalho, entre outros. Confira todos os cursos e se inscreva aqui. Além disso, o Senai disponibilizou todo seu acervo de livros didáticos gratuitamente para sociedade por meio do aplicativo Livros Senai, e traz tutoriais, tira-dúvidas e minicursos pelo Senai Play, canal do Senai do Youtube.

O IEL, por meio das Faculdades da Indústria, leva qualificação aos gestores e executivos para que tenham condições de prever cenários, atender necessidades e encontrar soluções para que esse momento seja o menos impactante possível. São cursos em áreas como economia e finanças, recrutamento, inovação e gestão, que podem ser acessados aqui.

Os cursos são certificados, com emissão automática no sistema e em PDF.

SOBRE O SISTEMA FIEP

O Sistema Fiep é composto pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL). As instituições trabalham integradas em prol do desenvolvimento industrial. Com linhas de atuação complementares, realizam a interlocução com instâncias do poder público, estimulam o fomento de negócios nacionais e internacionais, a competitividade, a inovação, a tecnologia e a adoção de práticas sustentáveis, e oferecem serviços voltados à segurança e saúde dos trabalhadores, à educação básica de crianças, jovens e adultos, à formação e aperfeiçoamento profissional, à formação de nível superior, além de capacitação executiva. Sistema Fiep: nosso i é de indústria.

Coronavírus: “manter a calma e ficar em casa”, diz médico que atuou perto de WuhanBR

O médico Xiang Lu é um dos milhares de chineses que combateram o surto da covid-19 na província de Hubei, onde surgiram os primeiros casos; conversa com ONU News aconteceu em 23 de março quando área deixava de ser foco da epidemia; profissional relata situação muito melhor quando retornava à casa.*


O médico Xiang Lu foi vice-diretor da missão médica de Jiang Su em Huang Sim.

No calendário chinês, 20 de março de 2020 marca a chegada da primavera. Esta estação do ano é muito aguardada pela população da China, em especial na província central de Hubei. Mas em janeiro, a região era o foco do surto da covid-19.

A situação da epidemia apenas mudou quando, em 18 de março, a província notificou zero novos casos da doença. Mais de 42 mil médicos atuando na linha de frente já podiam retornar às suas áreas de origem em toda a China.

Funcionários O médico Xiang Lu foi um dos profissionais despachados a partir da província de Jiangsu para a cidade de Huangshi, em Hubei. Quando foi destacado para a nova missão, ele era supervisor do Hospital Yifu da Universidade de Medicina de Nanjing.

No total, Hubei acolheu 346 equipes médicas de 29 províncias da China. Eles se juntaram aos funcionários de saúde locais.

Em 24 de janeiro, um primeiro grupo composto por seis médicos e vários enfermeiros foi despachado do Hospital Yifu, principalmente de unidades de cuidados intensivos. Xiang, com 30 anos de experiência, integrou um grupo que só chegou a Huangshi em 11 de fevereiro.

Em oito hospitais repletos havia uo total de 800 pacientes. Destes, cerca de 100 estavam em estado crítico.  Em sua equipe, o especialista  não conhecia os integrantes de Huangshi. Mas disse que apesar de pressionado, estava “também cheio de confiança” com a disposição dessas pessoas de atuar na batalha. 

Esforços
Quando a epidemia estava perto de atingir o seu pico, um paciente se recuperou após os esforços de Xiang e sua equipe médica. Isso animava o grupo que estava muito cansado e enfrentava a falta de materiais de proteção.

O médico destaca que a equipe havia chegado no momento mais difícil e no período mais intenso da batalha contra o novo coronavírus. Ele confessa que “foi realmente difícil: com as condições ruins, não há como combater a guerra.”

Nas duas primeiras semanas, o trabalho dos profissionais ocupava quase o tempo todo que “não havia tempo para comer, muito menos para entrar em contacto com as famílias.” Ele contou que o hospital teve que ser renovado “para aumentar o número de leitos e concentrar pacientes críticos em um dos hospitais melhor equipados.”

Ele chegou a atuar “como carpinteiro temporário, para transformar enfermarias de clínica geral em enfermarias de terapia intensiva, que obedecessem os padrões nacionais da noite para o dia!”

Ventilador
Sem qualquer medicamento para curar a covid-19, “a experiência é que foi importante para diagnosticar e procurar tratar os pacientes o mais cedo possível”. Entre os casos mais encorajadores estava o de um paciente de 93 anos em estado crítico que se recuperou. Um outro teve alta do hospital após ter sido intubado num ventilador.

O médico disse que um sinal de solidariedade e apoio internacional foi o movimento criado desde o início da epidemia. A Organização Mundial da Saúde, OMS, e outras entidades fizeram avaliações objetivas sobre o combate à epidemia na China e tomaram “decisões corretas”. 

Xiang disse que um dos obstáculos é não ser incompreendido pelos outros. Ele destaca que médicos não têm medo de dificuldades, nem da fadiga mas esperam que as pessoas possam entende-los da maneira certa, especialmente em tempos difíceis como os atuais.”

Calma
Durante o enfrentamento da pandemia em Hubei, o especialista disse que nenhum dos membros da equipe médica que ele liderou foi infetado. A mensagem dele para o público em geral é “não entre em pânico!”.

Com o aumento nos casos, Xiang  disse que muitas pessoas ficaram nessa situação e foram parar nos hospitais, o que causou infeções cruzadas. Para ele, manter a calma e ficar em casa sempre que possível é “a mais importante experiência para compartilhar com o mundo”.

Com Informações da ONU

Medidas fracas para salvar economia na crise do coronavírus

Em meio à pandemia, Paulo Guedes, se mostra indiferente e errático, sem um verdadeiro plano de emergência. Com sistema de seguridade enfraquecido, Bolsonaro paga conta por corte em programas sociais.


O ministro da Economia, Paulo Guedes, desfruta da estima de investidores e empresários por sua competência e pelas diretrizes claras com as quais ele deseja reformar o Estado e a economia. Mas agora, em meio à crescente crise da pandemia de covid-19, Guedes e seus funcionários estão atrasados, pálidos e confusos.

Quando as infecções aumentaram duas semanas atrás, Guedes declarou com indiferença ao Congresso que apenas a reforma tributária e as privatizações poderiam alavancar agora a economia, se recusando a elaborar um plano de emergência.

Posteriormente, ele quis destinar 5 bilhões de reais para mitigar os efeitos do coronavírus. Ele anunciou decisões, das quais recuou, quase de imediato, devido a protestos que se tornaram grandes demais. Como, por exemplo, a sugestão da suspensão de pagamento por quatro meses de salário de funcionários de empresas ou a ideia de pagar 200 reais por mês para compensar as perdas do trabalhador informal.

Entretanto, isso mudou. Guedes anunciou que já foram alocados cerca de 700 bilhões reais para o combate à crise. "A determinação do presidente Jair Bolsonaro é que não vão faltar recursos para defender as vidas, a saúde e os empregos dos brasileiros", destacou.

Se observarmos as medidas em detalhes, é impressionante que elas estejam ocorrendo como é de costume no Brasil. A resposta para bancos e mercados financeiros é ótima e corresponde a adotada pelos Bancos Centrais dos Estados Unidos ou da Europa.

Além dos bancos, as grandes empresas no Brasil também se beneficiarão da proteção e garantias de crédito do Banco Central. A grande parte das medidas de auxílio, 72%, afetam os mercados financeiros. Segundo projeções da revista The Economist, as ajudas financeiras deverão perfazer 11% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Além de generoso, isso faz sentido. O sistema financeiro precisa ser estabilizado. Um colapso bancário agravaria ainda mais a previsível recessão.

O problema, no entanto, é a economia real. As medidas de ajuda do governo para esse quesito parecem fracas, indiferentes e erráticas. Grupos populacionais inteiros e setores econômicos são ignorados.

Por exemplo, pequenas e médias empresas vão receber 40 bilhões de reais em empréstimos para pagar por até dois meses os salários de seus funcionários, que elas então não podem demitir. São firmas com faturamento entre 360 mil e 10 milhões de reais. Segundo o governo, a medida beneficiaria 12 milhões de trabalhadores. Isso representa cerca de um terço dos empregos formais.

Assim, 20 milhões de trabalhadores com carteira assinada não terão perda salarial e podem ser demitidos? E quanto aos 38 milhões que trabalham no setor informal?

O governo planeja ainda transferir 600 reais mensais ao longo de três meses para repor a renda desses trabalhadores informais registrados no Cadastro Único ‒ sistema em que pessoas de baixa renda se inscrevem para obter algum auxílio social. Isso representa cerca de 44 bilhões de reais. Outros 3 bilhões serão pagos aos que aguardam na fila do Bolsa Família.

A maioria dessas medidas, porém, são esboços, algumas sequer estão em fase de implementação. Elas estão sendo analisadas no Congresso e algumas, como a proposta de ajuda às empresas de médio porte, ainda serão elaboradas. Mas o tempo está passando. Os brasileiros pobres não têm mais sustento devido à extensa paralisação da economia e da vida pública.

Agora, o governo recebe a conta por ter desde o início, com suas propostas liberais de reforma, tentado cortar principalmente a ajuda governamental para a maioria pobre da população. Ao mesmo tempo, a burocracia social estatal foi enxugada de forma tal ‒ financeiramente, tecnicamente e em termos de pessoal ‒ que mal pode funcionar.

O sistema de seguridade social já se encontrava sobrecarregado administrativa e financeiramente. Agora, existe o risco de colapso, o que atrasa ainda mais a ajuda direta aos pobres. De acordo com dados do IBGE, em 2018, cerca de 60% dos trabalhadores brasileiros recebia menos do que um salário mínimo por mês. Para essas pessoas, um programa de distribuição de renda em larga escala é urgentemente necessário, e não incentivos fiscais ou 13° antecipado, que beneficia a poucos.

Com 100 mil infectados, EUA são país com mais casos de Covid-19 no mundo

Os Estados Unidos são atualmente o país com mais pacientes com coronavírus. Na última contagem, na noite de sexta-feira (27), 100 mil pessoas haviam sido infectadas no território norte-americano, e as autoridades contabilizam 1.600 vítimas fatais da Covid-19.

Profissionais de saúde no New York's Elmhurst Hospital Center, onde 13 pacientes com Covid-19 morreram em 24 horas AFP/File

A propagação acelerada da doença é parcialmente explicada por um atraso na tomada de medidas para o confinamento. O próprio presidente Donald Trump subestimou a gravidade da epidemia, acreditando que sua propagação em solo americano não era "inevitável", contrariando assim o conselho das autoridades de saúde.

Enquanto o país apresentava uma escassez de testes para o diagnóstico de Covid-19, o governo primeiro recusou-se a suspender restrições que impediam os estados de desenvolverem suas próprias medidas contra a pandemia.

Ao mesmo tempo, os primeiros testes disponíveis foram enviados para a sede dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), em Atlanta, que os enviou de volta porque estavam com defeito. Essas restrições foram finalmente levantadas em 29 de fevereiro, quando os Estados Unidos anunciaram a primeira morte por Covid-19.

Falta de recursos médicos

O primeiro caso havia sido relatado um mês antes, o suficiente para o estudo e a colocação em prática de medidas, dizem especialistas. "Se pudéssemos rastrear os contatos que as pessoas infectadas tinham, talvez pudéssemos encontrar muito mais casos rapidamente e isolar os locais de alta disseminação", lamenta o Dr. Gabor Kelen, diretor do departamento de medicina da emergência na Universidade Johns Hopkins.

Os Estados Unidos também pecam na luta contra a doença por falta de meios médicos e decisões locais que às vezes não têm consistência. Se o Estado de Nova York e seus 45.000 casos, com 500 mortes registradas, são o novo epicentro de infecção, Nova Jersey, Califórnia, Estado de Washington, Michigan ou Illinois também estão vendo a doença progredir rapidamente sem resposta nacional clara.

Respostas diferentes e descoordenadas

"Os Estados Unidos não são um bloco único, existem 50 estados com respostas diferentes de governadores locais e departamentos de saúde pública”, disse, irritado o Dr. Thomas Tsai, professor de saúde pública em Harvard. “Acho que realmente precisamos de um esforço nacional coordenado.” Atualmente, espera-se que apenas 60% das 300 milhões de pessoas nos Estados Unidos permaneçam em casa.

Esses vários fatores suscitam temores de uma onda maciça da epidemia e de que as políticas adotadas por Donald Trump não seriam capazes de conter a contaminação pelo coronavírus no país, apesar de uma taxa de mortalidade ainda baixa.

"A taxa de mortalidade de casos não é tranquilizadora", disse David Fisman, epidemiologista da Universidade de Toronto. “Aumentará porque as pessoas levam tempo para morrer. Minha previsão é que os Estados Unidos estejam à beira de uma epidemia absolutamente desastrosa", conclui o médico. 

(Com informações da AFP)

Brasileiras na França relatam sentimento de desamparo diante do Covid-19

Brasileiras que moram na França usam um grupo no Facebook para desabafar e para relatar o sentimento de medo e desamparo quando apresentam os sintomas do coronavírus e não são testadas. A RFI conversou com várias delas, que dizem se amparar umas nas outras, além de falar com a família e amigos no Brasil, para lidar com a situação em um país onde apenas casos muito graves são testados.

Mariana Diamantino teve todos os sintomas, mas não póde fazer o teste. Ela conta ter se senido desamparada e sem as informações necessárias sobre seu estado de saúde. © Arquivo pessoal


M. O. é estagiária em um hospital na Bretanha (noroeste da França) e diz ter certeza de que teve o Covid-19, embora não tenha sido testada. “Uma enfermeira da minha equipe foi diagnosticada positiva e eu fui contatada, pediram para verificar os sintomas duas vezes por dia e, se tivesse sintomas, ir ao médico. Neste momento, me disseram para só ligar para o Samu se estivesse morrendo”, conta. 

“Tive febre, dor de garganta, coriza e dificuldade de respirar. Eu acho que era positiva porque nunca tenho febre. A última vez eu tinha 4 anos. O sinal da febre foi esclarecedor. Eu não fui a única. Outras pessoas desenvolveram poucos sintomas, mas existem pessoas na unidade em que eu trabalho que tiveram sintomas graves”, relata, acrescentando que no hospital onde trabalha, tem pacientes sintomáticos que não foram testados porque não há testes disponíveis. 

“A única teleconsulta que eu tive foi com o Enfermeiro Virtual do site brasileiro CoronaBr, que confirmou a minhas dúvidas, mas não tive o diagnóstico e acho que nunca terei, porque a França está despreparadíssima, fiquei até assustada quando vi a situação”, conclui.

A doutoranda em direito Mariana Diamantino, 30, mora em Paris e também teve todos os sintomas, assim como seu namorado, de 32 anos. Ligou para o Samu duas vezes. Na primeira vez, estava com todos os sintomas do coronavírus, mas a respiração estava normal. Levou 3 horas para conseguir falar com um médico, que lhe disse que era uma gripe, mas pediu que ficassem confinados. “Achei muito irresponsável ele dizer isso, pois quem tem uma gripe não precisa ficar de quarentena. E isso foi antes de o Macron decretar o confinamento”. 

Na segunda vez, alguns dias depois, ela estava com dificuldade respiratória e conseguiu atendimento por telefone em menos de 10 minutos. Desta vez, o médico que a atendeu confirmou que deveria tratar-se de coronavírus. 

“Eles falaram que poderiam enviar uma ambulância para gente ir para o hospital, mas que seria arriscado pois estaríamos mais expostos ao vírus. Disse para esperar 1h. Se eu continuasse a respirar com dificuldade, eu poderia ligar. Aí a crise passou e não tive outro episódio”, conta. 

Mas, mesmo conseguindo falar com um médico em tempo hábil, ela conta ter se sentido desamparada. “A gente sentiu que não houve informações satisfatórias do sistema de saúde, a gente teve que buscar tudo por nós mesmos. Gostaríamos de ter tido um médico para nos dizer que a gente não estava no grupo de risco e que não corríamos risco de vida. Mesmo quando tive a crise respiratória, o médico não nos explicou muito o que estava acontecendo, ele só disse o mínimo. Minha sorte é que uma das minhas melhores amigas é médica (no Brasil) e foi com ela que a gente conseguiu se sentir menos angustiado.”

Outra participante do grupo desabafou: “Pior eu, que fui bater no hospital com todos os sintomas, o médico me examinou, confirmou que provavelmente era o coronavírus mas não me testou e me mandou de volta pra casa com una receita pra comprar máscara cirúrgica na farmácia. E não tem em nenhum local pra vender. Estou achando a gestão dessa epidemia simplesmente péssima”.

Experiência positiva

M. B., 35, que trabalha em uma escola primária na região metropolitana de Paris, teve mais sorte. A única do grupo que relata ter sido testada (o resultado foi positivo), ela só conseguiu fazer o teste porque chegou ao hospital quase desmaiada, com muita falta de ar. “Fiquei em estado grave e fui levada de ambulância ao hospital onde fui diagnosticada”, conta ela, que não fuma, não bebe, pratica esporte e é “teoricamente saudável”, como se descreve. 

M. B. relata que foi sua médica que a salvou. Ela conseguiu uma consulta virtual no terceiro dia dos sintomas: “Estava em uma teleconsulta com a minha médica e, ao ver que eu não conseguia respirar, mal conseguia falar e que meus batimentos cardíacos não pareciam bem, ela chamou uma ambulância para mim e ficou me acalmando até a ambulância chegar. Cheguei ao hospital de manhã e fui liberada no final do dia, já com o resultado do exame”, diz ela, que só foi liberada porque estava conseguindo respirar sozinha e porque tinha como se isolar por 14 dias do marido e dos filhos. 

Ela está hoje no oitavo dia da doença, que os médicos disseram ser o pico do vírus. “Eles me disseram que é quando a doença já feriu o pulmão inteiro. Então, se eu conseguisse chegar neste dia sem muito alarme, o restante dos dias seria mais tranquilos. Hoje é meu oitavo dia e me sinto realmente uma vencedora. Dois dias sem febre e já consigo falar devagar sem perder o fôlego”, conta à reportagem da RFI. Ela disse ter ficado bastante satisfeita com o atendimento e o acompanhamento que vem tendo. 

Em Toulouse (sudoeste), Simony Pires, 46, disse ter pegado o coronavírus de uma amiga, antes do confinamento. “Depois de muita dor no corpo e sintomas que pareciam uma dengue, minha amiga, de 38 anos, foi diagnosticada, mas sem o teste. Isso foi antes do confinamento, e o médico a viu pessoalmente, mas não pôde testá-la”, diz. 

Segundo Simony, o marido da amiga também foi contaminado e foi diagnosticado por telefone. “Ligamos para o Samu quando ela começou a ficar muito mal e disseram que só ligássemos se ela tivesse falta de ar. Ela teve febre por uma semana inteira. Quando eu comecei a ter os sintomas, muita dor no corpo, febre, coriza, etc. nem tive tempo de ir atrás de um médico, pois sabia que eles não iriam fazer nada e eu tenho uma filha deficiente, não tinha com quem deixa-la”, relata ela, que era técnica de enfermagem no Brasil, mas na França trabalha com em restaurante. 

“Me senti bastante fragilizada”

A atriz Daniela Lemes, 31 anos, relata sua experiência: “Há pouco mais de duas semanas, tive uma noite de sono atípica, senti muitos calafrios e acordei com uma dor no fundo dos olhos, que imediatamente associei a uma sinusite. Entretanto, com o passar dos dias os sintomas foram piorando, vieram dores fortíssimas pelo corpo, muita tosse, diarreia, vias aéreas ressecadas, perda total do olfato e do paladar e um cansaço muito grande”. 

“Com isso, decidi ligar no número disponibilizado pelo governo. Como a demanda está altíssima, esperei uma hora e meia para ser atendida por um médico. Ele disse que todos os meus sintomas correspondiam ao coronavírus e que não havia a necessidade de se fazer um teste, até porque eles só estavam testando casos graves ou grupos de risco. Fui orientada a ligar novamente somente se sentisse falta de ar, o que não aconteceu, ainda bem”, continua. 

“Hoje, tendo passado 19 dias desde o primeiro sinal, já me sinto bem melhor, mas ainda tenho tosse, cansaço e meu intestino ainda não voltou completamente ao normal. Vale destacar que sou jovem, nunca tive nenhum problema de saúde e, ainda assim, posso dizer que está sendo uma experiência bastante difícil, tanto do aspecto físico, quanto do emocional”, acrescenta, dizendo que o seu companheiro, de 32 anos, também teve os sintomas. 

Assim como Mariana, Daniela se sentiu desamparada ao não poder fazer o teste, memo apresentando todos os sintomas. “Quando me falaram da impossibilidade de fazer o teste, eu compreendi por dois motivos: primeiro, porque não mudaria em nada os meus sintomas e meu possível tratamento, segundo, porque sei que o momento é muito delicado e os hospitais estão sobrecarregados. Entretanto, me agonia saber da possibilidade do meu caso, e de tantos outros, não serem contabilizados”, lamenta.

“Eu me senti bastante fragilizada, emocionalmente falando, porque sei que em uma situação normal eu poderia ir a um hospital, fazer exames, ter a certeza que meu corpo está reagindo bem. Por outro lado, compreendo que neste momento difícil o atendimento deva ser prioritariamente para os casos graves”, contemporiza.

Haveline Monteiro, 35, é hipertensa e também diz compreender a situação: “Eles estão fazendo o máximo que podem nos hospitais, mesmo com falta de material”. 

Sobre o seu caso, conta que ela e o marido foram “diagnosticados por telefone”. “Liguei para uma médica que faz consulta por telefone e ela disse que temos 99% de chances de estarmos com o vírus. Não fomos testados. Não sei ao certo como lidar, não estamos com falta de ar, mas eu me sinto cansada, sonolenta e com vontade de vomitar o tempo todo. Além disso, perdemos o olfato e o paladar”. Haveline acredita que, pelo fato de ser hipertensa, conseguirá uma prescrição médica para fazer o teste, mas não sabe quando. 

O Consulado do Brasil em Paris foi consultado e disse ter recebido apenas uma notificação de brasileiro contaminado na França. Nenhuma morte foi registrada até o momento.

O Crucifixo banhado pelas lágrimas do Céu, o Papa sozinho na praça

Imagens, sinais e palavras da oração pelo mundo que Francisco celebrou para implorar o fim da pandemia

Oração e bênção Urbi et Orbi na Praça São Pedro  (Vatican Media)
ANDREA TORNIELLI

O Protagonista da oração celebrada pelo Papa Francisco na noite de 27 de março, na Praça São Pedro vazia e mergulhada em um silêncio irreal, foi Ele. Uma antecipação da Sexta-feira Santa. A chuva incessante banhava o corpo de Cristo no Crucifixo, a ponto de acrescentar ao sangue pintado na madeira aquela água que o Evangelho nos conta que escorria da ferida causada pela lança.

Aquele Cristo Crucificado que sobreviveu ao incêndio da igreja, que os romanos levaram em procissão contra a peste; aquele Cristo Crucificado que São João Paulo II abraçou durante a liturgia penitencial do Jubileu de 2000, foi o protagonista silencioso e inerme no centro do grande espaço vazio.

Até mesmo o ícone de Maria, Salus Populi Romani, confinada dentro de uma moldura de acrílico, e que ficou opaca por causa da chuva, parece der dado um passo atrás, quase desaparecendo, humildemente, diante d’Ele, elevado na cruz para a salvação da humanidade.

Papa Francisco parecia pequeno, e ainda mais encurvado enquanto subia com visível dificuldade e sozinho os degraus do adro, tornando-se intérprete das dores do mundo para oferecê-las aos pés da Cruz:

  “Mestre, não Te importas que pereçamos?”. A angustiante crise que estamos vivendo com a pandemia “desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades” e “agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: Acorda, Senhor!”.

A sirene de uma ambulância, uma das muitas que nestas horas atravessam nossos bairros para socorrer os novos contagiados, acompanhou o soar dos sinos no momento da bênção eucarística Urbi et Orbi, quando o Papa, ainda sozinho, voltou à praça deserta, ainda marcada pela chuva e fez o sinal da cruz com o ostensório. Mais uma vez, o Protagonista foi Ele, o Jesus que se imolando quis se fazer alimento para nós e que ainda hoje nos repete: “Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?... Não tenhais medo!”.
Ver essa foto no Instagram

EN: From this colonnade that embraces Rome and the whole world, may God’s blessing come down upon you as a consoling embrace. PT: Desta colunata que abraça Roma e o mundo desça sobre vós, como um abraço consolador, a bênção de Deus. ES: Desde esta columnata que abraza a Roma y al mundo, descienda sobre vosotros, como un abrazo consolador, la bendición de Dios. IT: Da questo colonnato che abbraccia Roma e il mondo scenda su di voi, come un abbraccio consolante, la benedizione di Dio. FR: Que, de cette colonnade qui embrasse Rome et le monde, descende sur vous, comme une étreinte consolante, la bénédiction de Dieu. DE: Von diesen Kolonnaden aus, die Rom und die Welt umarmen, komme der Segen Gottes wie eine tröstende Umarmung auf euch herab.

Uma publicação compartilhada por Pope Francis (@franciscus) em

Papa Francisco: Abraçar o Senhor para abraçar a esperança

Com o cenário inédito da Praça São Pedro vazia com o Papa Francisco diante da Basílica Vaticana, o Pontífice afirmou que é "diante do sofrimento que se mede o verdadeiro desenvolvimento dos povos”. Francisco falou ainda da ilusão de pensar "que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente".


Bianca Fraccalvieri - Cidade do Vaticano

Abraçar o Senhor para abraçar a esperança: esta é a mensagem do Papa Francisco aos fiéis de todo o mundo que, neste momento, se encontram em meio à tempestade causada pela pandemia do coronavírus.

Diante de uma Praça São Pedro completamente vazia, mas em sintonia com milhões de pessoas através dos meios de comunicação, o trecho escolhido para a oração dos féis foi a tempestade acalmada por Jesus, extraído do Evangelho de Marcos.

E foi esta passagem bíblica que inspirou a homilia do Santo Padre, que começa com o “entardecer…”.

“Há semanas, parece que a tarde caiu. Densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades; apoderaram-se das nossas vidas, enchendo tudo de um silêncio ensurdecedor e de um vazio desolador… Nos vimos amedrontados e perdidos.”

Estamos todos no mesmo barco
Estes mesmos sentimentos, porém, acrescentou o Papa, nos fizeram entender que estamos todos no mesmo barco, “chamados a remar juntos”.Neste mesmo barco, seja com os discípulos, seja conosco agora, está Jesus. Em meio à tempestade, Ele dorme – o único relato no Evangelho de Jesus que dorme – notou Francisco. Ao ser despertado, questiona: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» (4, 40).

“A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades. Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade.”
A ilusão de pensar que continuaríamos saudáveis num mundo doente
Com a tempestade, afirmou o Papa, cai o nosso “ego” sempre preocupado com a própria imagem e vem à tona a abençoada pertença comum que não podemos ignorar: a pertença como irmãos.

“Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas coisas e transtornar pela pressa. Não nos detivemos perante os teus apelos, não despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: «Acorda, Senhor!»”

O Senhor então nos dirige um apelo, um apelo à fé. Nos chama a viver este tempo de provação como um tempo de decisão: o tempo de escolher o que conta e o que passa, de separar aquilo que é necessário daquilo que não é. “O tempo de reajustar a rota da vida rumo ao Senhor e aos outros.”  

A heroicidade dos anônimos
Francisco cita o exemplo de pessoas que doaram a sua vida e estão escrevendo hoje os momentos decisivos da nossa história. Não são pessoas famosas, mas são “médicos, enfermeiros, funcionários de supermercados, pessoal da limpeza, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho”.

“É diante do sofrimento que se mede o verdadeiro desenvolvimento dos nossos povos”, afirmou o Papa, que recordou que a oração e o serviço silencioso são as nossas “armas vencedoras”.

A tempestade nos mostra que não somos autossuficientes, que sozinhos afundamos. Por isso, devemos convidar Jesus a embarcar em nossas vidas. Com Ele a bordo, não naufragamos, porque esta é a força de Deus: transformar em bem tudo o que nos acontece, inclusive as coisas negativas. Com Deus, a vida jamais morre.

Temos uma esperança
Em meio à tempestade, o Senhor nos interpela e pede que nos despertemos. “Temos uma âncora: na sua cruz fomos salvos. Temos um leme: na sua cruz, fomos resgatados. Temos uma esperança: na sua cruz, fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor.”

Abraçar a sua cruz, explicou o Papa, significa encontrar a coragem de abraçar todas as contrariedades da hora atual, abandonando por um momento a nossa ânsia de onipotência e posse, para dar espaço à criatividade que só o Espírito é capaz de suscitar. “Abraçar o Senhor, para abraçar a esperança.” Aqui está a força da fé e que liberta do medo. Francisco então concluiu:

 “Deste lugar que atesta a fé rochosa de Pedro, gostaria nesta tarde de confiar a todos ao Senhor, pela intercessão de Nossa Senhora, saúde do seu povo, estrela do mar em tempestade. Desta colunata que abraça Roma e o mundo, desça sobre vocês, como um abraço consolador, a bênção de Deus. Senhor, não nos deixes à mercê da tempestade.”

Ao final da homilia, o Pontífice adorou o Santíssimo e concedeu a bênção Urbi et Orbi, com anexa a Indulgência Plenária.



Prefeitura reforça limpeza dos 22 terminais da cidade

Os terminais da cidade vão ter reforço de limpeza neste fim de semana. Começou na noite desta sexta-feira (27/3)  a pulverização com peróxido de hidrogênio pelo terminal do Pinheirinho, o maior da cidade, por onde passam cerca de 130 mil pessoas em dias úteis normais. Até o fim do domingo (29/3), será feita a assepsia nos 22 terminais da cidade e mais a Rodoferroviária. No total, serão 196 mil metros quadrados de área higienizados nos terminais.
Higienização no terminal do pinheirinho contra o novo coronavírus. 

Foto: Luiz Costa /SMCS.
Higienização no terminal do pinheirinho contra o novo coronavírus. 

O objetivo é conter a disseminação do novo coronavírus. “Os terminais são áreas de grande fluxo de passageiros todos os dias e estamos reforçando a higienização para evitar a propagação do vírus”, diz o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto.

Os profissionais de limpeza usam pulverizadores costais com hipoclorito de sódio e peróxido de hidrogênio para fazer a higienização de pontos de contato - grades, postes, externos, pisos - e ajudar a reduzir a velocidade de circulação de agentes infecciosos. O peróxido de hidrogênio, que está sendo doado pela Peróxidos do Brasil, é conhecido pelo poder desinfetante e de desinfecção.

Programação
Na sexta-feira, além do terminal do Pinheirinho, foram higienizados os terminais da CIC, Capão Raso, Portão, Sítio Cercado, Carmo e Hauer. Neste sábado (28/3) estão na lista Boqueirão, Santa Cândida, Boa Vista, Cabral, Barreirinha, Bairro Alto, Capão da Imbuia, Oficinas e Centenário. O serviço está programado para começar às 20h.

No domingo (29/3), serão pulverizados os terminais de Santa Felicidade, Campina do Siqueira, Campo Comprido, Fazendinha, Caiuá e Guadalupe. A Rodoferroviária será o último ponto.

Com foco em conter a propagação da pandemia do novo coronavírus, o prefeito Rafael Greca lançou a ação de limpeza  na quarta-feira (25/3), com reforço em várias áreas da cidade com grande circulação de pessoas. Já foram pulverizados acessos a Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e hospitais públicos de Curitiba.

A ação foi coordenada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Na semana que vem deve começar a limpeza de 2.640 pontos de ônibus e de estações-tubo.

Prefeito pede ânimo e união no combate ao coronavírus

O prefeito Rafael Greca defendeu, na manhã deste sábado (28/3), a união de prefeituras e governo do Estado para combater a pandemia do novo coronavírus. Em videoconferência com prefeitos e o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, Greca disse que é preciso que todos ajam da mesma maneira para que o Paraná se mantenha forte no objetivo de salvar vidas e minimizar os impactos da covid-19 sobre a economia,
Foto: Pedro Ribas/SMCS
Prefeito Rafael Greca com o vice-prefeito Eduardo Pimentel, e os secretários do Governo Municipal, Liuz Fernando Jamur e da Saúde, Márcia Huçulak, participa de videoconferência com o governador Carlos Massa Ratinho Junior e demais prefeitos de cidades do Paraná

“Temos que estar unidos nesse momento em que a dualidade de comunicação não pode existir. Temos que ter uma mensagem única, falar a mesma língua. Somos mais fortes que qualquer dificuldade. O ânimo não pode faltar. Temos fé na vida e nos serviremos de tudo que sabem a ciência e a medicina para enfrentarmos esse momento”, destacou Greca.

“Confio plenamente nas orientações do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, do secretário estadual da Saúde, Beto Preto, e da secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak”, completou o prefeito.

A videoconferência, que reuniu prefeitos de dez cidades, teve como foco alinhar um planejamento estratégico entre governo e municípios para enfrentar o avanço do novo coronavírus.

“Precisamos pensar em conjunto, trocar experiências e unificar ações para que erremos o menos possível. A pandemia não é uma corrida de cem metros. É uma maratona, que em 15 dias não se resolve. Vamos enfrentar essa situação até junho, julho e por isso é preciso criar um modelo de gestão de crise”, disse Ratinho Júnior.

Participaram da reunião prefeitos de Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Guarapuava, Auaucária, São José dos Pinhais, Cascavel, Foz do Iguaçu e Piraquara. Prefeitos e secretários descreveram a situação nas suas cidades e os desafios enfrentados com o crescimento do número de casos do novo coronavírus.. 

Mais testes
A secretária municipal da Saúde, Márcia Huçulak, ressaltou a necessidade da ampliação dos testes de verificação da covid-19 para melhorar o monitoramento do avanço da doença. A proposta é atuar em parceria com o governo estadual no Laboratório Municipal de Curitiba ou no Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen), com o trabalho sendo feito em conjunto com a equipe municipal de saúde.

“Precisamos fazer, pelo menos 100 testes por semana para pacientes suspeitos. Estamos entrando no outono, que é um período em que há um crescimento de quadros de problemas respiratórios e vamos precisar fazer mais testes”, declarou Márcia.

A secretária também enfatizou a necessidade de ampliar a oferta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para profissionais de saúde. “Temos feito um esforço muito grande, ainda temos estoque e estamos usando máscaras escudo impressas em 3D pela FabLab na Rua da Cidadania do Cajuru, mas vamos precisar de mais”, acrescentou.

Segundo último boletim, divulgado na sexta-feira (27/3), Curitiba tem 71 casos confirmados da covid-19. Há 368 descartados e 68 suspeitos.

Além da secretária da Saúde, o vice-prefeito, Eduardo Pimentel, o secretário do Governo Municipal, Luiz Fernando Jamur, o assessor Guilherme Zuchetti e a chefe de gabinete, Cibele Fernandes Dias, acompanharam a teleconferência do prefeito com o governador.

Prefeitura antecipa primeira parcela do 13º salário para servidores, aposentados e pensionistas

Os servidores municipais, os aposentados e os pensionistas da Prefeitura de Curitiba receberão antecipadamente a primeira parcela do 13º salário no dia 8 de abril, antes da Páscoa. A medida foi anunciada pelo prefeito Rafael Greca, que decidiu garantir parte do 13º devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19).

"O pagamento desta parte do benefício tem o objetivo de tranquilizar os servidores e fomentar a economia da cidade neste momento de pandemia. A medida beneficiará 48 mil pessoas, muitos e muitas chefes de família", diz o prefeito Rafael Greca. O valor total será de aproximadamente R$ 127,6 milhões.

Cada um receberá o equivalente a 50% do seu salário, no caso dos servidores que estão na ativa, ou do benefício, se for aposentado ou pensionista.

A Secretaria de Administração e de Gestão de Pessoal alerta que nesta parcela do 13º não haverá os descontos, ou seja, o valor será maior que a segunda parte do 13º salário. Os descontos serão debitados na segunda parcela a ser paga no fim do ano.

Historicamente, a Prefeitura costuma antecipar o pagamento desta primeira parcela para o mês de junho. A antecipação ainda maior só é possível porque a Prefeitura tem mantido o equilíbrio das contas do Município, desde o Plano de Recuperação de Curitiba, adotado em 2017 pela administração municipal.

Prefeitura prorroga validade de certidão negativa por 90 dias

A Prefeitura, por meio do decreto 471/20, prorrogou por 90 dias a validade das certidões negativas de tributos e outros débitos municipais, cuja validade esteja vigente até 20 de março de 2020. A medida segue uma série de diretrizes que a Prefeitura vem tomando em virtude da pandemia do novo coronavírus.

O decreto suspendeu, também, os prazos dos atos processuais no âmbito da Secretaria Municipal de Finanças, tais como: pedidos de reconsideração em processos administrativos, entrega de documentação requerida pela secretaria, prazos dos recursos perante a Junta de Julgamento Tributário – JJT, entre outros. Os prazos ficam suspensos de 20 de março a 12 de abril de 2020.

Também ficam suspensos os prazos para a prática de atos processuais, no âmbito da Procuradoria Geral do Município (PGM), inclusive da comissão de sindicância, comissão de processo administrativo disciplinar e conselho de contribuintes, no período de 23 de março a 12 de abril de 2020.

O decreto prevê ainda que os prazos poderão ser prorrogados enquanto perdurar o estado de emergência de saúde pública decorrente do novo coronavírus.

A suspensão de prazos, no entanto, não se se aplica ao pagamento de tributos, taxas, bem como outros débitos municipais inscritos ou não em dívida ativa. Os documentos de arrecadação municipal - DAM, deverão ser emitidos diretamente no site da Prefeitura Municipal de Curitiba, https://www.curitiba.pr.gov.br, ou no aplicativo “Curitiba 156”.

Prefeitura fará pagamento antecipado a creches contratadas que não demitirem

O município de Curitiba fará pagamento antecipado aos Centros de Educação Infantil (CEIs) contratados. A autorização para que a Secretaria Municipal da Educação repasse os valores – que variam conforme a unidade – está publicada no decreto número 467, no Diário Oficial do Município do dia 26/3.

Devido à pandemia do coronavírus, as aulas estão suspensas em escolas, Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e CEIs desde 23 de março, até 12 de abril. Esse período refere-se à antecipação do recesso escolar de julho.

O pagamento será de 80% do valor do contrato com o CEI. E os 20% restantes serão pagos quando houver a compensação desses dias.

A diretora do Departamento de Educação Infantil da Secretaria da Educação, Kelen Patrícia Collarino, explica que, para receber o pagamento, o decreto prevê que a contratada comprove que não demitiu nenhum funcionário nesse período.

“Estamos comprometidos em garantir que os impactos dessa pandemia sejam os menores possíveis em nossa cidade”, afirma Kelen. “Para isso, precisamos do envolvimento e colaboração de todos. Vamos preservar empregos e garantir mais vagas para as crianças que mais precisam”, completa.

Mais vagas
Este ano, 95 instituições de ensino particulares e comunitárias têm contrato com o município para atender crianças da educação infantil, o que permitirá à Prefeitura atender cerca de 50 mil crianças na educação infantil. Até 2019, eram 73 unidades contratadas.

Além de aumentar o valor pago aos prestadores de serviço, o novo edital impede qualquer cobrança dos pais ou responsáveis pelas crianças atendidas. A prioridade é para famílias em situação de vulnerabilidade e com menor renda.


Governo reúne prefeitos para harmonizar medidas contra a Covid-19

O governador Carlos Massa Ratinho Junior realizou reuniões por videoconferência neste sábado (28) e domingo (29) com 20 prefeitos das maiores cidades paranaenses. O objetivo foi reforçar a necessidade de aplicação das medidas que foram adotadas no Estado para a prevenção ao novo coronavírus, além de trocar experiências e alinhar as ações conjuntas de enfrentamento à Covid-19 no Paraná.
Foto: Geraldo Bubniak/AEN

Ratinho Junior detalhou as iniciativas já tomadas pelo governo estadual, em especial nas áreas da saúde, ação social e economia, para preservar vidas e empregos. São R$ 300 milhões para atender a população mais necessitada e R$ 1 bilhão para apoiar empreendedores e empresas de todos os portes.

“É preciso haver uma sincronia e troca de experiências neste momento em que enfrentamos um vírus perigoso, que implica na saúde das pessoas e na economia do Estado e do país. A orientação harmonizada previne erros e ajuda a realizar a nossa principal missão, que é salvar vidas neste momento”, disse Ratinho Junior.

Outro tema debatido foi a questão do abastecimento e distribuição de alimentos para famílias em situação de vulnerabilidade, que devem ser atendidas em conjunto pelo Estado e município. Ratinho Junior solicitou aos prefeitos que mantenham o transporte público, que é fundamental para que setores econômicos autorizados sigam o ritmo de trabalho.

O governador reafirmou que é preciso respeitar a recomendação de funcionamento apenas de atividades essenciais e seguir a orientação das autoridades brasileiras e internacionais de saúde, que indicam a necessidade de isolamento social para conter a proliferação do vírus. “São medidas para evitar uma ação mais aguda, que é a quarentena”, afirmou Ratinho Junior.

SAÚDE – O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, participou das videoconferências e mostrou como está a estrutura de atendimento médico-hospitalar no Paraná. Ele fez um balanço do número de leitos disponíveis para serem usados em caso de necessidade e também falou sobre a distribuição de materiais para as equipes médicas.

“Imediatamente, está sendo ampliado em 25% a capacidade de leitos de UTI para adultos”, pontuou o secretário. Ele  destacou ainda aos prefeitos que leitos novos estão sendo distribuídos para as macrorregiões e o governo estadual está firmando parcerias com hospitais filantrópicos e particulares para o aumentar a oferta, se houver necessidade de ampliar o atendimento de pacientes com a Covid-19

ALINHAMENTO – O chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Guto Silva, pediu a todos os prefeitos que mantenham atualizados os Planos de Contingência municipais. “Isso vai facilitar a atuação dos órgãos estaduais, em especial a Defesa Civil, no enfrentamento de uma crise”, disse.

O secretário de Segurança Pública, Rômulo Marinho Soares, detalhou a operação policial e as medidas adotadas pela área dentro de cadeias e presídios, enquanto o secretário da Agricultura de Abastecimento, Norberto Ortigara, detalhou o planejamento para que nenhuma pessoa sofra com falta de alimentos no Estado.

Além da retaguarda de saúde e manutenção da atividade econômica, as principais demandas dos prefeitos foram com relação à manutenção das receitas municipais, para fazer frente ao enfrentamento do novo coronavírus. Foram encaminhadas solicitações como a antecipação de receitas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e prorrogação do pagamento de precatórios.

O secretário do Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas, João Carlos Ortega, pediu a manutenção dos projetos realizados pelas prefeituras com recursos do Estado, ressaltando que haverá a postergação por seis meses de parcelas de financiamentos tomados junto ao governo.

PARTICIPAÇÃO – As videoconferências tiveram as presenças dos prefeitos os prefeitos Rafael Greca (Curitiba); Ulisses Maia(Maringá); Marcelo Rangel (Ponta Grossa); Leonaldo Paranhos (Cascavel); Marcelo Belinati (Londrina); Cesar Silvestri Filho (Guarapuava); Chico Brasileiro (Foz do Iguaçu); Junior da Femac (Apucarana);  Antonio Fenelon (São José dos Pinhais);  Gerson Colodel (Almirante Tamandaré); Marcelo Roque (Paranaguá); Marli Paulino (Pinhais); Beti Pavin (Colombo); Lucio de Marchi (Toledo); Celso Pozzobom (Umuarama); Márcio Wosniack (Fazenda Rio Grande); Marcelo Puppi (Campo Largo); Marcus Tesserolli (Piraquara); do vice-prefeito de Cambé, Conrado Scheller.
Também participaram das reuniões os secretários da Comunicação Social e da Cultura, João Debiasi; do Desenvolvimento Sustentável e Obras Públicas, Márcio Nunes; do Planejamento e Projetos Estruturantes, Valdemar Bernardo Jorge; o diretor-geral da Secretaria da Saúde, Nestor Werner Junior; o diretor-presidente da Comec, Gilson Santos; o comandante da Defesa Civil do Paraná, coronel Fernando Schunig; e o diretor-presidente da APD, Eduardo Bekin.

Governador anuncia pacote de R$ 1 bilhão para preservar os empregos

O governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou nesta sexta-feira (27) um conjunto de ações que somam R$ 1 bilhão para estimular a atividade econômica e preservar emprego e renda dos paranaenses. O valor está distribuído entre linhas de crédito para o setor produtivo e pequenos empreendedores, dilação de prazos de financiamentos das prefeituras e de impostos para empresas, e contingenciamento de recursos do orçamento.
Foto: Geraldo Bubniak/AEN

As medidas foram discutidas com o setor empresarial ao longo da semana e têm como objetivo primordial a manutenção dos postos de trabalho. “Nosso pacote é de proteção e manutenção dos empregos. Ele foi construído para atender autônomos, e de micro até as grandes empresas”, ressaltou o governador. “Os tomadores dos créditos terão o compromisso de manter seus trabalhadores”.

Ratinho Junior explicou que o governo estadual estruturou esta primeira etapa de medidas e que outras podem ser adotadas em caso de necessidade. “Queremos o menor prejuízo possível e atingir o máximo de pessoas nos próximos 30, 60 ou 90”, disse. “Estamos vivendo uma crise de saúde pública que atingiu a economia de todo o mundo. No Paraná, é a pior desde 1975, desde a geada negra”.

O governador ressalta que o Estado está atento aos problemas gerados pela pandemia do novo coronavírus. “O momento é muito duro, as empresas estão sofrendo, os autônomos estão com muitas dificuldades. Por isso formatamos esse grande pacote de investimentos para a classe empresarial, para ajudar todos os setores nesse momento”, acrescentou.

CRÉDITO - A maior parte do pacote envolve disponibilidade de crédito. São linhas com juros menores, carências de até um ano e desburocratização dos processos. A operacionalização envolve o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e a Fomento Paraná. As instituições formataram programas emergenciais para destinar recursos aos micro, pequenos e médios empreendedores; aos setores mais atingidos pela crise; e empresas que já são clientes.

O Governo do Estado também aportou R$ 5 milhões em um fundo garantidor para os financiamentos, renovou por doze meses as condições das empresas que recebem incentivos fiscais, prorrogou por 90 dias o prazo de pagamento do ICMS para 207 mil empresas do Simples Nacional e anunciou um projeto de lei para manter empregos nas empresas que mantêm contratos com a administração estadual.

Além de injetar dinheiro novo na atividade produtiva, o Governo do Paraná estima manter em circulação até R$ 6 bilhões ao abrir a possibilidade da suspensão da cobrança de dívidas de tomadores de crédito (públicos e privados) junto aos agentes econômicos vinculados ao Estado.

Confira as medidas

Prorrogação do prazo para pagamento do ICMS

O Governo do Estado postergou o recolhimento de parte do ICMS devido pelas empresas do Simples Nacional relativa ao regime de substituição tributária e o devido pelo diferencial de alíquota. A medida vale por 90 dias para 207 mil empresas do Simples Nacional no Paraná, o que implica em cerca de R$ 30 milhões.

Renovação do prazo do programa de incentivos fiscais por doze meses

O Governo do Estado renovou automaticamente as condições do programa de incentivos fiscais por doze meses. São benefícios já aplicados a 12 setores, entre eles vestuário e vinhos. O prazo acabaria no dia 30 de abril. Esses benefícios atingem dois tratamentos tributários diferenciados, de redução de base de cálculo e créditos presumidos.

Aporte de R$ 5 milhões em garantias

O Governo do Estado aportou R$ 5 milhões no fundo garantidor formado por seis Sociedades Garantidoras de Crédito (SGCs), que recebem recursos do Sebrae, prefeituras, associações comerciais, empresas parceiras e do próprio Poder Executivo. O Sebrae aportou R$ 5 milhões e o Sicoob mais R$ 5 milhões, ou seja, são R$ 15 milhões a mais. Com o saldo atual, serão R$ 54 milhões de garantia.

Fomento Paraná

A estimativa da Fomento Paraná é empregar em torno de R$ 480 milhões no pacote econômico anunciado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior. Os recursos estão divididos em quatro grandes linhas principais e objetivam atingir pelo menos 40 mil empresas. “O intuito é não tirar dinheiro de circulação dos municípios e das empresas, por isso dos adiamentos da amortização dos atuais financiamentos. E também temos dinheiro novo. Estamos acompanhando as decisões do governo federal para ajudar os paranaenses”, afirmou o diretor-presidente da instituição, Heraldo Neves.

Uma das principais medidas é uma linha de crédito de capital de giro de R$ 120 milhões com recursos do Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) para atender empreendedores informais, microempreendedores individuais, micro e pequenas empresas, com limite de até R$ 6 mil por tomador, em condições facilitadas de análise e de garantias, sem necessidade de aval de terceiros. Os recursos também custearão a postergação de parcelas de financiamentos privados e públicos já contratados, e ainda a redução (equalização) de taxas de juros em empréstimos das outras linhas.

A Fomento Paraná usará recursos do Fundo de Desenvolvimento do Estado (FDE) para reduzir em cinco pontos percentuais ao ano a taxa de juros da linha tradicional de microcrédito da instituição, que vai até R$ 10 mil para empreendedores pessoa física e até R$ 20 mil para pessoa jurídica. Com isso, a menor taxa de juros, que é de 1,28% ao mês, deve baixar para 0,91% ao mês. O prazo para pagamento nessa linha aumentou de 36 meses para 48 meses, com carência ampliada para até 12 meses (incluída no prazo total).

Empreendedores que iniciaram uma atividade informal até 31 de dezembro de 2019 poderão ter acesso a até R$ 1,5 mil. Quem já abriu um CNPJ e se formalizou, mas está há menos de um ano no mercado, terá acesso a um limite de R$ 3 mil. Empreendedores formalizado há mais de 12 meses, como microempreendedores individuais, micro ou pequena empresa, terão acesso a um limite de R$ 6 mil. Para as três faixas a taxa de juros será de 0,41% ao mês e o prazo para pagamento será de 36 meses, com direito a 12 meses de carência. Os recursos serão liberados em até três parcelas.

Outra linha, de R$ 160 milhões, disponibilizará capital de giro entre R$ 6 mil e o limite de R$ 200 mil para micro e pequenas empresas (faturamento anual até R$ 4,8 milhões), por meio de uma linha de crédito tradicional, com recursos repassados pelo BNDES. Nesse caso, a taxa de juros disponível será a partir de 0,68% ao mês e o prazo para pagamento de 60 meses, incluindo uma carência de até 12 meses. A liberação dos recursos será vinculada a um compromisso das empresas com a manutenção de salários.

Os atuais clientes da instituição financeira que desejarem também poderão solicitar a postergação de pagamento das parcelas de financiamento por um período de até 90 dias. A análise e aprovação dessa renegociação será feita caso a caso, com condições especiais de taxas de juros. A estimativa do banco é aportar R$ 36 milhões nesse segmento.

Também será oferecido aos municípios que possuem financiamentos com a Fomento Paraná uma possibilidade de moratória de 180 dias sem pagamento de juros ou de amortização do principal. Essa medida tem um impacto estimado de R$ 148 milhões. Cada município deverá analisar a vantagem ou não de suspender os pagamentos nesse prazo. 

E para o Banco da Mulher Paranaense há algumas mudanças. Toda empreendedora poderá tomar o crédito até o limite de R$ 6 mil da nova linha com recursos do FDE, formal ou informal, dentro das condições de taxa de juros de 0,41% ao mês, com prazo de 36 meses e carência para pagar. Acima desse valor, continuam valendo os recursos da Fomento Paraná: de R$ 6 mil a R$ 10 mil para pessoa física e de R$ 10 mil a R$ 20 mil para pessoa jurídica com mais de 12 meses de atividade, com taxa de 0,76% ao mês, com até 12 meses de carência e prazo total de 48 meses para pagar. Para micro e pequenas empresas que tenham mulheres como proprietárias ou sócias, há crédito acima de R$ 20 mil - até R$ 200 mil - com taxas a partir de 0,44% ao mês e prazo de 60 meses, incluída carência de 12 meses.

BRDE

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) formatou um programa emergencial de R$ 670 milhões. Ele inclui R$ 50 milhões da linha de microcrédito repassada para a Fomento Paraná, R$ 100 milhões de recursos próprios e R$ 520 milhões de outros fornecedores de crédito.

O objetivo é financiar micros, pequenas e médias empresas do Estado; os setores mais atingidos pela crise, como turismo, economia criativa, prestação de serviços, alimentação, entre outros; e tomadores que já são clientes.

São R$ 100 milhões de recursos próprios para atender o crédito de R$ 50 mil a R$ 1,5 milhão, com taxa de juros (Selic) de 3% ao ano, prazo máximo de 60 meses e carência de até 24 meses. A exigência é de que o tomador mantenha os postos de trabalho. As linhas são: microcrédito – até R$ 50 mil; micro e pequenas empresas - até R$ 200 mil; e demais empresas - até R$ 1,5 milhão.

Também haverá R$ 520 milhões disponíveis para linhas de capital de giro e para incremento da produção. As condições serão aquelas propostas pelos fornecedores de recursos, em especial a operacionalização das linhas anunciadas pelo BNDES, FUNGETUR, FINEP e outros.

O BRDE ainda postergou prazos (até seis meses) de todos contratos ativos destinados a micro, pequenas e médias empresas que não são do setor rural. Pode envolver reforma ou compra de maquinários em geral, pequenas centrais hidroelétricas, fornecedores de serviços para hotéis ou parques de entretenimento, etc. As linhas equalizadas (PSI e Plano Safra) precisam de portaria do governo federal.

Projeto de lei

O Governo do Estado vai encaminhar para a Assembleia Legislativa um projeto de lei que institui a manutenção dos empregos nas empresas terceirizadas que atendem o poder público.

Contingenciamento

Haverá, ainda, contingenciamento de R$ 321 milhões no Orçamento em virtude da previsão da queda de arrecadação elaborada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).
©1999 | 2024 Jornal de Curitiba Network BrasilI ™
Uma publicação da Editora MR. Direitos reservados.