Blinken negocia para evitar que ajuda à reconstrução de Gaza beneficie o Hamas

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 O secretário de Estado americano, Antony Blinken, garantiu, nesta terça-feira (25), que ainda resta "muito trabalho" para "restaurar" a confiança entre israelenses e palestinos, durante o primeiro dia de sua viagem pelo Oriente Médio, na tentativa de consolidar a trégua entre Hamas e Israel.


"Resta muito trabalho pela frente para restaurar a esperança, o respeito e uma certa confiança entre ambos os lados. Já vimos para onde as outras opções nos levam, e isso deve nos estimular a redobrar os esforços para preservar a paz", declarou Blinken, em Jerusalém. 


O secretário de Estado ressaltou que os palestinos têm "o mesmo direito de viver em segurança" quanto os israelenses e deveriam se beneficiar da mesma liberdade usufruída pelos moradores de Israel. A Faixa de Gaza está sob bloqueio comercial e das forças de segurança israelenses há 15 anos, desde a chegada do Hamas ao poder. 


Após a conclusão do cessar-fogo mediado pelo Egito na semana passada, em uma ampla parceria com outros países, o presidente Joe Biden garantiu que os Estados Unidos ajudariam a reconstruir a Faixa de Gaza. O pequeno território, onde vivem 2 milhões de palestinos, sofreu importantes danos materiais após 11 dias de confrontos com Israel. Mas uma das preocupações dos EUA, compartilhadas por Israel, é evitar que a ajuda internacional beneficie o movimento islâmico Hamas, que governa Gaza.


"Trabalharemos de maneira estreita com nossos sócios, com todos, para garantir que o Hamas não se beneficie da ajuda à reconstrução", disse o secretário de Estado americano após uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém. Blinken ainda tem visitas previstas ao Egito e à Jordânia, mediadores nesse conflito.


Em entrevista coletiva ao lado de Blinken, Netanyahu lançou uma nova advertência contra qualquer tentativa de rompimento do cessar-fogo pelo Hamas. "Se o Hamas romper a calma e atacar Israel, nossa resposta será muito potente", declarou o premiê israelense. Blinken reiterou, por sua vez, o apoio dos EUA ao "direito de Israel de se defender".


Essa quarta guerra entre Israel e o Hamas matou 253 palestinos na Faixa de Gaza, incluindo 66 crianças e combatentes do movimento islâmico. Do lado israelense, foram 12 mortos, entre eles uma criança, um adolescente e um soldado.


O secretário de Estado americano ainda terá um encontro nesta terça-feira (25) com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, na Cisjordânia, território ocupado por Israel. No encontro, ele deve provavelmente anunciar o valor da contribuição americana para a reconstrução de Gaza. 


Forças israelenses matam palestino na Cisjordânia


Poucas horas antes da visita de Blinken, as forças israelenses mataram um palestino no campo de refugiados de Al Amari, próximo a Ramallah, principal cidade da Cisjordânia. Uma fonte da segurança israelense disse que a morte ocorreu durante a detenção de "militantes terroristas em Ramallah". Um hospital local identificou o homem morto como Ahmad Jameel Fahad, residente do campo de refugiados.


Com informações da AFP

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