Pinturas de Frida Kahlo e Soulages explodem recordes de leilão em Nova York

Um funcionário da Sotheby's ajusta autorretrato de Frida Kahlo, "Diego e eu", em 5 de novembro de 2021, em Nova York. ANGELA WEISS AFP

Texto por: RFI

Pinturas da mexicana Frida Kahlo e do francês Pierre Soulages quebraram recordes de leilões na Sotheby's na noite de terça-feira (16) em Nova York. Já na segunda-feira (15), a Sotheby's havia batido seu recorde histórico de uma única noite de leilão, ao vender, por US$ 676 milhões, 35 obras da famosa coleção de arte moderna e contemporânea Macklowe.


O autorretrato de Frida Kahlo Diego y yo (Diego e eu, 1949) foi vendido por US$ 34,9 milhões, quebrando o antigo recorde da lendária pintora mexicana (US$ 8 milhões em 2016).


Adquirida pela coleção de Eduardo F. Costantini, fundador do Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires (Argentina), a pintura de Frida Kahlo Diego y yo se tornou com esta venda a obra de arte latino-americana mais cara do mundo dos leilões. O recorde anterior em Nova Yorkera detido por uma pintura de Diego Rivera, Los Rivales (1931), vendido por US$ 9,76 milhões pela Christie's, em 2018. No entanto, em dezembro de 2020 o quadro A Caipirinha, da artista plástica Tarsila do Amaral, foi leiloado por R$ 57,5 milhões (cerca de US$10,37 milhões) e bateu o recorde de preço pago por uma obra em venda pública no Brasil, segundo a Bolsa de Arte de São Paulo.


O leilão da obra durou cerca de 15 minutos e tinha o lance mínimo de R$ 47,6 milhões. Após 19 lances, a obra foi vendida por R$ 57,5 milhões, estabelecendo um novo recorde para a arte brasileira.


O óleo sobre masonita é emblemático da série de autorretratos da pintora mexicana, com um olhar intenso e enigmático que tornou Frida Kahlo, ícone do feminismo, famosa em todo o mundo. Nesta tela, o rosto de Diego Rivera aparece na testa de Frida, acima de seus olhos negros, dos quais algumas lágrimas parecem escapar. ivera, que na época era próximo da atriz mexicana Maria Félix, é representado com um terceiro olho, sinal dos tormentos que causava à esposa.




Durante a mesma venda em Nova York, uma pintura de Pierre Soulages estimada entre US$ 8 e US$ 12 milhões subiu para US$ 20,2 milhões após uma batalha acalorada entre vários compradores. 


A pintura de Soulages, que passou mais de 30 anos em uma coleção particular, corresponde ao período do vermelho do centenário artista francês, que se tornou famoso por sua excelência no domínio do preto. Pintada em 4 de agosto de 1961, seus efeitos materiais foram obtidos pela técnica de raspagem, que revela os tons de vermelho sob o preto, explicou a Sotheby's.


Um dos outros destaques da noite foi a venda de um quadro do impressionista Claude Monet, Coin du bassin aux nymphéas (1918), por US$ 50,8 milhões, longe de seu recorde de US$ 110,7 milhões em 2019, também em Nova York.


Com informações da AFP


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