Camerata Antíqua emociona com apresentação da Paixão Segundo João

0

Fotos: Ricardo Marajó/SMCS

A Camerata Antíqua de Curitiba emocionou o público presente no Santuário Nossa Senhora de Guadalupe na noite desta sexta-feira (15/4), com a apresentação da peça Paixão Segundo João, do compositor alemão Johann Sebastian Bach. O evento, feito para a celebração da Sexta-feira Santa, marcou a abertura da temporada 2022 da Camerata e foi transmitida ao vivo para todo o Brasil pela tevê e rádio Evangelizar.

O prefeito Rafael Greca acompanhou da plateia a execução deste oratório sacro composto na apresentação que integra as celebrações da Páscoa em Curitiba. 

Ele disse às mais de 900 pessoas que acompanharam o evento presencialmente que a obra evoca a reflexão e o recolhimento dos cristãos em lembrança à morte de Jesus e comparou aos dias atuais, em que o mundo ainda luta contra a pandemia e acompanha a guerra na Ucrânia. 

“Vemos hoje o peso da cruz sobre a humanidade, o peso da guerra. É preciso suplicar a Deus a vitória sobre a morte e sobre o mal. Hoje, nesta cidade já está vacinada e sem máscara, reafirmamos a certeza de que sempre haverá o dia seguinte, o amanhã da ressurreição, de Páscoa, esse sopro de esperança”, disse o prefeito.

Palco de cultura

O pároco-reitor do Santuário, Padre Reginaldo Manzotti, lembrou que, com o arrefecimento da pandemia em Curitiba, tornou-se possível retomar as celebrações presenciais. 

O padre comemorou a feliz escolha do tema para a apresentação desta noite, transformando a igreja em palco de cultura: o Evangelho de São João, que o compositor alemão musicou é a leitura que os católicos reservam para leitura e reflexão na Sexta-feira Santa.

“Muito nos alegra em oferecer, este espaço para que a cultura e a música possam chegar a todo o Brasil, em parceria com a Prefeitura de Curitiba, que traz como presente nesta Páscoa esta apresentação da Camerata”, destacou Manzotti.

A peça

A execução da obra sacra de Bach pela Camerata Antíqua foi feita sob a regência do maestro Abel Rocha, em uma versão resumida e adaptada que narrou os últimos atos de Jesus, até seu sepultamento.

Composta em 1724, a obra conta, em sua versão original, com dois corais, além de recitativos, corais, ariosos e árias em alemão. 

Mas o idioma e a elevada elaboração musical da obra não foram problemas para o público presente se envolver: com a narrativa do texto bíblico anunciada em português pelo Evangelista Narrador (Tiago da Luz), a linguagem musical mostrou-se universal: envolveu o público, conduzido a uma intensa meditação a respeito do sentido das celebrações pascais. 

“Foi ótimo ver uma interpretação musical desse momento tão importante para os católicos. Retratou muito bem o texto e é uma forma interessante de convidar à reflexão nessa data”, disse o servidor público Julio Santos, 58 anos, que assistiu à apresentação.

Durante uma hora e meia, orquestra, coros e cantores líricos levaram o público a imaginar cenas como encontro de Jesus (o baixo Marcelo Dias) pelas ruas de Jerusalém, na Gólgota, com Pôncio Pilatos (o barítono Cláudio de Biaggi), a condenação à morte, no lugar de Barrabás, o sofrimento da crucificação e sepultamento de Cristo.

A apresentação contou também com as performances do tenor Sidney Gomes a soprano Ornella de Lucca e o contratenor Paulo Mestre. 

Também assistiram à apresentação a presidente da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Ana Cristina Castro; o vereador Pier Petruziello e o presidente do Instituto Curitiba de Arte e Cultura (Icac), Marino Júnior. 

(Informações da SMCS)

Celebrações da Páscoa em Curitiba

Nenhum comentário

Postar um comentário

O Jornal de Curitiba reforça o compromisso com o jornalismo paranaense, profissional e de qualidade. Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar.
Siga o Jornal de Curitiba no Facebook, no Twitter e no Instagram. Ajude a aumentar nossa comunidade.
Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.
Registre sua opinião

©1999 | 2024 Jornal de Curitiba Network BrasilI ™
Uma publicação da Editora MR. Direitos reservados.