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Estado lança edital para contratar projetos e catamarãs para travessia da Ilha do Mel



SEIL lança edital para contratar projetos e fabricar catamarãs para travessia da Ilha do Mel. Foto: DER-PR

 

@AEN

A Secretaria de Infraestrutura e Logística do Paraná (SEIL) publicou nesta semana um edital para contratar a elaboração de projetos e fabricação de duas embarcações do tipo catamarã, que serão utilizadas na travessia entre Pontal do Sul, em Pontal do Paraná, e a Ilha do Mel, em Paranaguá, no Litoral. As embarcações vão operar na rota entre o Terminal de Embarque de Pontal do Sul e a comunidade de Nova Brasília, e entre o terminal de Pontal do Sul e a comunidade de Encantadas.

“Estamos cumprindo o papel da Secretaria de Infraestrutura e Logística do Paraná, que é atuar nos modais de transporte, garantindo o deslocamento do cidadão. Na travessia da Ilha do Mel, especificamente, realizamos estudos que apontaram mais de 688 mil travessias realizadas em um ano, entre a ilha e Pontal do Sul, em sua maioria utilizando embarcações locais, boa parte delas fabricadas de modo artesanal”, explica o secretário Sandro Alex.

“Elas atendem uma demanda, mas esses mesmos estudos apontaram a necessidade de expandir muito mais o atendimento à população e também ao turismo da região, uma das principais fontes de renda da ilha. Vamos proporcionar isso com embarcações modernas, exclusivas para essa função, e também atendendo todos os critérios de acessibilidade atuais, facilitando o deslocamento das pessoas com mobilidade reduzida”, afirma o secretário.

A licitação tem orçamento estimado em R$ 14.964.150,98 e terá sessão de abertura de propostas no dia 2 de janeiro, no portal de compras do governo federal, o compras.gov, sendo os critérios para definir o vencedor a proposta de preços e a proposta técnica.

Após assinatura de contrato e emissão de ordem de serviço, a vencedora terá um prazo total de 343 dias. Os primeiros 140 dias serão dedicadas aos projetos, com o primeiro catamarã devendo ser entregue em até 231 dias e o segundo em até 294 dias após o início das atividades.

ESTRUTURAS – A empresa que for contratada vai elaborar os projetos das embarcações a partir de um anteprojeto da SEIL, que prevê estruturas em alumínio naval, capacidade de transporte de no mínimo 70 passageiros sentados no convés principal e passageiros em pé no convés superior, que deverá ser coberto.

As embarcações devem ter entre 17 e 20 metros de comprimento, propulsão via motor a diesel, e todos os equipamentos de navegação e segurança, seguindo os critérios, normativas e legislação vigente quanto a embarcações para transporte de passageiros em mar aberto.

Estes catamarãs serão utilizados futuramente por uma empresa encarregada de operar a travessia aquaviária entre Pontal e Ilha do Mel, escolhida por meio de edital próprio, garantindo que a tarifa não seja influenciada pela necessidade de adquirir ou alugar embarcações.

CONSULTA  Em uma iniciativa complementar, a SEIL realizou uma consulta pública sobre os futuros editais de chamamento público de operadores da travessia aquaviária de pessoas entre Pontal do Paraná e a Ilha do Mel. 

Serão quatro editais para selecionar as empresas que vão prestar os seguintes serviços:

- Primeiro edital, chamado “Transporte Regular Aquaviário”, refere-se às embarcações de grande porte (barcos), com horários de embarque e desembarque fixados, seguindo ao esquema operacional de rotatividade determinado pelos administradores dos terminais.

- Segundo edital, chamado “Táxi Náutico”, refere-se à prestação de serviços na modalidade fretamento contínuo, com embarcações menores (lanchas) sob esquema operacional de rodízio.

- Terceiro edital, chamado “Terminais Aquaviários Privados (Fretamento)”, refere-se ao cadastramento das infraestruturas aquaviárias particulares, ou seja, fora do Terminal Público de Pontal do Sul, com embarcações particulares e sob esquema de agendamento particular, sem tarifa regulada.

- Quarto edital, chamado “Turismo de Base Comunitária”, refere-se aos serviços prestados pelas Comunidades Tradicionais da Ilha do Mel, com locais de embarque e desembarque específicos e sinalizados dentro dos terminais públicos e sob forma operacional de pré-agendamento e serviço turístico diferenciado.

ILHA DO MEL – Cerca de 95% da superfície da Ilha do Mel constitui uma Estação Ecológica, criada por decreto em 1982, para preservação e reconstituição de manguezais, restingas, brejos litorâneos e caxetais. Os outros 5% do território formam um parque criado em 2002 para recuperação dos ambientes naturais remanescentes das praias e costões rochosos, importantes para proteção da diversidade biológica.

As áreas de preservação possuem como entorno belíssimas praias e atrativos turísticos, como a Fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, o Morro do Farol e a Gruta das Encantadas, que, ao longo dos anos, transformaram a Ilha do Mel num dos pontos mais visitados por turistas brasileiros e estrangeiros no Paraná.


Foto: Gabriel Rosa/AEN


Morretes Chef - Festival gastronômico ocorre em outubro com novo formato e dois dias de abertura marcados por atividades culturais

Com curadoria do premiado Chef Celso Freire, evento reúne grandes nomes da gastronomia paranaense, que irão assinar entradas exclusivas disponíveis em 10 restaurantes da cidade litorânea




Foi dada a largada para a nova edição do Morretes Chef, principal festival gastronômico do litoral paranaense. Por meio de um café da manhã com a participação dos chefs e restaurantes convidados, o evento anunciou a data de sua quarta edição, que retorna após uma pausa devido à pandemia, com data de realização de 12 de outubro a 3 de novembro. 


À convite do Chef Celso Freire, curador do evento, 10 grandes nomes da gastronomia paranaense têm o desafio de criar pratos de entrada com base em ingredientes nativos de Morretes, que serão disponibilizados em 10 restaurantes da cidade serrana, valorizando o grande astro da região: O Barreado. O objetivo é de, além de estimular o consumo das matérias primas regionais, fomentar o turismo e promover a troca de experiências entre os profissionais convidados e os estabelecimentos.


Para inspirar e ajudar no processo de criação, durante o café da manhã, os Chefs receberam uma caixa repleta de produtos típicos da região. 


O Chef Rafael Krieger, . Créd. Max Santos


A quarta edição do Morretes Chef contará com os chefs André Pionteke (Kitsune), Claudia Dotti (Rosa Thai Gastronomia), Claudia Krauspenhar (K.asa Restaurante), Danilo Takigawa (Asu Restaurante), Eduardo Richard (Lemí Gastrobar), Fredy Ferreira (A Caiçara Cozinha Litorânea), Hermes Custódio (Gianttura Ristorante), Ivan Lopes (Coin), Lucas Amaral (Emy by Kazuo) e Rafael Krieger (Antonina 336). 



O Chef Hermes Custódio, do Gianttura Ristora. Créd. Max Santos


Os restaurantes que receberão os profissionais convidados, que atuarão juntos na produção dos pratos de entrada exclusivos são: Bistrô da Vila, Casa do Rio, Casarão Morretes, Hakuna Matata, Madalozo, Nhundiaquara, Olimpo, Ponte Velha, Villa Morretes e Terra Nossa. 


“O Morretes Chef é um tesouro. Um evento que ocorre em uma cidade histórica bem no meio de uma das matas mais lindas do mundo, com uma produção rural incrível e uma gastronomia que aproveita o melhor de cada alimento deste grande quintal. Um potencial fervoroso para que os chefs convidados possam criar seus pratos e, ainda, promovendo um encontro construtivo desses profissionais premiados com os restaurantes morretenses, em um verdadeiro intercâmbio de sabores”, explica o Chef Celso Freire.


Valorizando o barreado e a gastronomia do litoral


Visando valorizar ainda mais a cultura, a gastronomia e as matérias primas regionais, o Morretes Chef contou com algumas adaptações para sua quarta edição. Serão produzidos e assinados pelos Chefs convidados, 10 entradas especiais que servirão até duas pessoas, que também serão oferecidas gratuitamente para os clientes que adquirirem como prato principal o Barreado, ou ainda pratos principais específicos com frutos do mar, dos restaurantes. 


“Como o grande astro da gastronomia da nossa cidade é o Barreado, este novo formato do Morretes Chef, além de valorizar o nosso prato típico, é uma forma fantástica de darmos boas-vindas para as pessoas que estão aproveitando a culinária morretense e do nosso litoral, oferecendo as criações de entradas gratuitas assinadas pelos renomados Chefs”, comenta Carmem Maria Matsumoto, presidente do Morretes Convention Bureau. Em dezembro de 2022, o Barreado recebeu o selo de Indicação Geográfica, o de número 100 do Brasil, por meio do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). 



Festival de Abertura do Morretes Chef contará com dois dias de música, aulas-show, atividades culturais e atrações para as crianças


Outra grande novidade na quarta edição do Morretes Chef será um grande festival de abertura, durante os dias 12 e 13 de outubro, com atrações para toda a família. Estarão na programação, shows musicais de Jazz, Chorinho e MPB, exposições fotográficas e artísticas, além de atividades culturais e de recreação para as crianças. E, claro, para os apaixonados por gastronomia, aulas show conduzidas pelos Chefs, em que poderão aprender a preparar os pratos de entrada oferecidos pelos restaurantes participantes.


“Essa é mais uma grande novidade para a quarta edição do Morretes Chef. O evento, que foi sucesso em suas três primeiras edições, quer celebrar a cultura, a arte, a gastronomia e as matérias primas dessa encantadora cidade turística, com música, ações culturais e interações do público com os Chefs, em uma programação de aulas-show, para que as pessoas possam preparar os pratos também em casa, fomentando ainda mais o uso dos ingredientes regionais. Serão dois dias de atividades para toda a família”, explica Marcus Andreoli, produtor e idealizador do Morretes Chef.


Além disso, dentro de sua programação, o evento promoverá, em parceria com o Morretes Convention e Visitors Bureau e a Secretaria de Cultura e Turismo de Morretes, ações educativas em escolas públicas locais, para que os estudantes possam valorizar cada vez mais a gastronomia, as matérias primas e a cultura regional. “Esse é o nosso intuito com o Morretes Chef, fazer com que todos valorizem essa riqueza cultural e natural que é Morretes, tanto os turistas, os chefs paranaenses, os comerciantes, os estudantes e toda a população morretense”, finaliza Andreoli.


Os pratos estão sendo preparados e criados pelos Chefs e deverão ser divulgados em breve. O Morretes Chef tem realização do Ministério da Cultura - Governo Federal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Sanepar e da Copel - Pura Energia, além de apoio do Morretes Convention Bureau. 


Acompanhe mais informações e as novidades por meio do site www.morreteschef.com.br, ou ainda pelas redes sociais oficiais, pelo Instagram @morreteschef e pelo Facebook.com/morreteschef.



Confira a relação dos Chefs e os restaurantes em que participarão:


  • Chef André Pionteke (Kitsune) - Restaurante Casarão
  • Chef Claudia Dotti (Rosa Thai Gastronomia) - Villa Morretes
  • Chef Claudia Krauspenhar (K.asa Restaurante) - Bistrô da Vila
  • Chef Danilo Takigawa (Asu Restaurante) - Restaurante Casa do Rio
  • Chef Eduardo Richard (Lemí Gastrobar) - Hotel e Restaurante Nhundiaquara
  • Chef Fredy Ferreira (A Caiçara Cozinha Litorânea) - Restaurante Ponte Velha
  • Chef Hermes Custódio (Gianttura Ristorante) - Restaurante Terra Nossa
  • Chef Ivan Lopes (Coin) - Restaurante Pousada Hakuna Matata
  • Chef Lucas Amaral (Emy by Kazuo) - Olimpo Restaurante
  • Chef Rafael Krieger (Antonina 336) - Restaurante Madalozo


Serviço:

  • 4º Morretes Chef
  • A Festa da Gastronomia Local está de Volta!
  • Data: De 12 de outubro até 3 de novembro de 2024
  • Local: Morretes - Paraná (verifique restaurantes participantes)
  • Festival de Abertura: 12 e 13 de outubro
  • Mais informações pelo site www.morreteschef.com.br
  • Realização: Ministério da Cultura | Governo Federal
  • Patrocínio: Sanepar e Copel - Pura Energia.
  • Apoio: Morretes Convention Bureau
  • Instagram: @morreteschef
  • Facebook: Facebook.com/morreteschef


Morretes. Créd. Prefeitura de Morretes

@ MAXIMILIAN SANTOS

Matinhos recebe festival de Blues neste fim de semana

O americano Big Walker é uma das atrações confirmadas do festival. Foto: Wagner Melo


A música está em alta no litoral Paraná. Depois de recentes festivais em Antonina e Ilha do Mel, o Município de Matinhos recebe no próximo sábado (10 de agosto) a primeira edição do Matin' Blues. O evento, que será realizado no Calçadão de Matinhos a partir das 15h, será totalmente gratuito e contará com quatro shows ao longo do dia. Dois americanos, Big Walker e Michael Dotson, que reuniram um grande público entusiasmado no Antonina Blues Festival, no último fim de semana, estão entre as atrações. As bandas Boogie Jump, de Curitiba, e FamRock, de Matinhos, completam o lineup com apresentações que também prometem animar o festival com suas personalidades marcantes.

Serviço:

1° Matin's Blues
10 de agosto, das 13 às 22h
Calçadão de Matinhos - Matinhos, Litoral PR
Aberto e gratuito

Programação:

  • 15h FamRock - Matinhos

  • 16h Boogie Jump - Curitiba

  • 18h Michael Dotson - Estados Unidos

  • 20h Big Walker - Estados Unidos


Sesc PR promove 15º Encontro Sesc 60+ no litoral paranaense



Foto: Ivo Lima/Sesc Caiobá 

Evento será realizado entre os dias 20 e 24 de maio no Sesc Caiobá, reunindo mais de 300 pessoas 


Evento será realizado entre os dias 20 e 24 de maio no Sesc Caiobá, reunindo mais de 300 pessoas 


Com o tema “Cultura Brasileira – Meu Brasil Brasileiro”, o Sesc PR promove o 15º Encontro Sesc 60+, entre os dias 20 e 24 de maio, no Sesc Caiobá, em Matinhos (PR). mais de 300 pessoas, integrantes das atividades do Trabalho com Grupos do Sesc participam desta edição do evento. 


O encontro é um espaço de convivência, interação e novas vivências. A programação inclui uma variedade de atividades, como palestras, oficinas, passeios turísticos, apresentações culturais, show de talento, bailes temáticos, entre outras. 


Esta iniciativa é um reflexo do compromisso do Sesc com o bem-estar e a valorização das pessoas acima de 60 anos. O Trabalho Social com Idosos (TSI) do Sesc, reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU), é pioneiro no país e visa proporcionar uma melhor qualidade de vida aos participantes, por meio de projetos adaptados às diversas culturas regionais brasileiras. Atualmente, o TSI é oferecido em 34 unidades do estado, sendo um instrumento para o desenvolvimento e a participação social. São 109 turmas ativas, e aproximadamente 3.072 participantes. 


Abaixo, confira a programação detalhada do evento: 


  • 20 de maio (segunda-feira
  • 18h às 20h: Recepção dos participantes e hospedagem no Hotel Sesc Caiobá 
  • 19h às 21h: Jantar 
  • 21h às 22h30 : Sessão de Cinema: Menino da Porteira  
  • 21h às 22h: Apresentação musical: Luciene Pereira e Sandro – Dupla MPB 
  • 21 de maio  (terça-feira) 
  • 7h às 9h: Café da manhã 
  • 9h às 11h30: Passeio turístico em Matinhos 
  • 11h30 às 13h30: Almoço 
  • 14h às 14h30: Abertura do evento 
  • 14h30 às 15h30: Apresentação musical: Carnaval com Bia Barros 
  • 16h às 16h30: Lanche da tarde 
  • 19h às 21h: Jantar 
  • 21h às 22h: Apresentação musical: Conjunto Choro à Capela de Antonina 
  • 22 de maio (quarta-feira) 
  • 7h às 9h: Café da manhã 
  • 9h30 às 10h30: Palestra  
  • 11h30 às 13h30: Almoço 
  • 14h às 15h30: Oficinas de dança 
  • 15h30 às 17h: Dia de praia (Ritmos, Yoga, Bocha, Caminhada, Bola Agarrada e Beach Tênis) 
  • 17h às 17h30: Lanche da tarde 
  • 17h30 às 19h: Pôr do sol na piscina, com João Triska e banda 
  • 19h às 21h: Jantar 
  • 21h às 22h: Bingo / Karaokê 
  • 21h às 23h: Sessão de Cinema: Gonzaga 
  • 23 de maio (quinta-feira) 
  • 7h às 9h: Café da manhã 
  • 9h às 11h: Gincana 
  • 11h30 às 13h30: Almoço 
  • 14h às 16h: Show de talentos 
  • 16h às 16h30: Lanche da tarde temático 
  • 18h30 às 20h30: Jantar temático 
  • 21h às 23h: Baile com Banda Coração Brasil 
  • 24 de maio (sexta-feira) 
  • 7h às 9h: Café da manhã 
  • 9h às 11h30: Deslocamento para Curitiba 
  • 11h30 às 13h: Almoço em Curitiba, no Restaurante Madalosso. Em seguida, retorno às respectivas cidades.  

Com avanço na microdrenagem, obras da Orla de Matinhos atingem 94,13% de conclusão

 Em relação ao boletim divulgado pelo Instituto Água e Terra (IAT) em março, o avanço mais significativo no mês passado se deu no assentamento do novo sistema de microdrenagem, que passou de 32,3% para 37,2%.



Com avanço na microdrenagem, obras da Orla de Matinhos atingem 94,13% de conclusão.
Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

@AEN

Um boletim divulgado nesta segunda-feira (06) pelo Instituto Água e Terra (IAT) apontou que revitalização da Orla de Matinhos atingiu 94,13% em abril. O levantamento é feito em parceria com o Consórcio Sambaqui, grupo de empresas responsável pelas obras, vencedor da licitação pública. Em relação a março, o avanço mais significativo se deu no assentamento do novo sistema de microdrenagem, que passou de 32,3% para 37,2%.


Essa é a principal intervenção urbana da história do Litoral do Paraná, com investimento de R$ 354,4 milhões por parte do Governo do Estado, já considerando atualização dos custos e adequação do projeto – o contrato original era de R$ 314,9 milhões. A recuperação segue dentro do cronograma, com previsão de término para o segundo semestre deste ano.


O avanço no processo de renovação da drenagem urbana terá impacto significativo na contenção de alagamentos e cheias derivadas de fortes chuvas ou ressacas intensas em Matinhos, uma antiga reivindicação de moradores locais e turistas.


O novo sistema funcionará da seguinte maneira: quando a chuva cair na cidade, a água escorrerá para as canaletas de microdrenagem localizadas ao lado das ruas, próximas às calçadas, e de lá escoará para o sistema de macrodrenagem (100% finalizado), composto por extensos canais sem tampa que conseguem transportar um grande volume por grandes distâncias, como o canal do Rio Matinhos, o da Avenida Paraná e o da Avenida Juscelino Kubitschek.


Depois de passar pela macrodrenagem, a água será lançada para o destino final, que será um dos corpos hídricos da cidade, como o mar, o Rio Matinhos ou os afluentes com o Rio Milome.


URBANIZAÇÃO – Já as demais estruturas estão concluídas ou em fase de acabamento final. O espigão da Praia Brava, os guias de correntes da Avenida Paraná e de Matinhos e os headlands dos balneários Riviera e Flórida estão finalizadas. As obras, agora, estão concentradas na finalização da urbanização em Caiobá (97%) e balneários (83%) e na instalação do sistema de iluminação inteligente.


O processo de urbanização deverá ganhar mais agilidade a partir dos próximos dias, já que o IAT retomou no dia 16 de abril, após liberação por parte da Justiça, a revitalização da Orla de Matinhos entre Praia Grande e Flórida.


Além disso, o levantamento indica que foram lançados 100% dos tetrápodes em todos os pontos de revitalização da orla: Praia Brava (340 peças), Flórida (681), Riviera (681), Rio Matinhos Norte (469), Paraná Sul (1.241) e Rio Matinhos Sul (1.259). Os tetrápodes são peças de concreto com cerca de 3 metros de altura e 4,3 metros cúbicos de volume, pesando, cada uma, entre 10 e 12 toneladas. São equipamentos essenciais para evitar possíveis danos às estruturas marítimas.


ETAPAS – A obra de revitalização da orla de Matinhos é feita em duas etapas, num valor total superior a R$ 500 milhões. A fase inicial, com orçamento de R$ 354,9 milhões, abrange serviços de engorda da faixa de areia por meio de aterro hidráulico; estruturas marítimas semirrígidas; canais de macrodrenagem e redes de microdrenagem e revitalização urbanística da orla marítima com o plantio de espécies nativas.


As intervenções são feitas ao longo de 6,3 quilômetros entre o Morro do Boi e o Balneário Flórida. Em uma segunda etapa, ainda sem previsão de data, será recuperado o trecho de 1,7 quilômetro entre os balneários Flórida e Saint Etienne. Haverá, também, a instalação de novos equipamentos urbanos, como ciclovia, pista de caminhada e corrida, pista de acessibilidade e calçada.



Com avanço na microdrenagem, obras da Orla de Matinhos atingem 94,13% de conclusão. 
Foto: Roberto Dziura Jr/AEN

Confira como está o projeto de Recuperação da Orla de Matinhos:

  • Porcentual de execução da obra como um todo: 94,13%
  • Espigão da Praia Brava: 100%
  • Guias-Correntes da Avenida Paraná: 100%
  • Guias-Correntes de Matinhos: 100%
  • Headland Riviera: 100%
  • Headland Flórida: 100%
  • Urbanização Caiobá: 97%
  • Urbanização Balneários: 83%
  • Plantio de restinga: 76,3%
  • Macrodrenagem: 100%
  • Microdrenagem: 40%
  • Assentamento Macrodrenagem: 1.366 metros (100%)
  • Assentamento Microdrenagem: 8.046 metros (37,2%)
  • Tetrápodes lançados na Praia Brava: 340 (100%)
  • Tetrápodes lançados no Flórida: 681 (100%)
  • Tetrápodes lançados no Riviera: 681 (100%)
  • Tetrápodes lançados no Matinhos Norte: 469 (100%)
  • Tetrápodes lançados no Paraná Sul: 1.241 (100%)
  • Tetrápodes lançados no Rio Matinhos Sul: 1.259 (100%)

Casamar e Boi and Beer apresentam: "Brasa à beira-mar", churrasco marítimo paranaense com chef premiado

Campeão do MasterChef Vitor Bourguignon comandará edição única; O cenário? Um entardecer de verão no deck à beira-mar, com open bar de chopp Brahma e de vinhos refrescantes.


Deck Casamar ao entardecer. Divulgação

Por: Ônix Press

A Casamar, hub de inovação em design de interiores para casas de férias, se une ao Boi and Beer, açougue moderno, e anunciam, juntos, uma experiência gastronômica inédita que acontecerá no deck mais famoso de Guaratuba.No próximo dia 06 de janeiro a partir das 18 horas, o chef Vitor Bourguignon, campeão do MasterChef Brasil, receberá apaixonados por churrasco para uma tarde diferente: com chopp e vinhos liberados, o chef apresentará carnes vermelhas de cortes nobres e exclusivos, além de frutos do mar premiados mundialmente: como as ostras de Guaratuba – que figuram no ranking das melhores ostras do mundo.


Chef Vitor Bourguignon . Divulgação 

No cenário inspirador, o deck de frente para o mar da Casamar, ao pôr-do-sol do verão paranaense, os participantes terão a oportunidade de ouvir dicas preciosas para fazer um churrasco marítimo com um dos grandes nomes da culinária brasileira, em um bate-papo para poucos. A “cereja do bolo” será desfrutar de uma tarde de verão com uma vista panorâmica de uma das praias mais bonitas do litoral paranaense, a Praia das Pedras.


O evento é de única edição, com vagas limitadas e tem coprodução de Casamar e Boi and Beer, com apoio de Dalmóbile e Porto a Porto.


"Somos apaixonados por transformar espaços para experiências incríveis, e a maioria delas sempre envolvem a área comum das casas, que é o coração dos lares, e onde se nutrem relações, por isso faz todo sentido trazermos eventos gastronômicos. Na nossa casa, na Casamar, queremos que as pessoas descubram novas maneiras de surpreender os seus convidados ao redor da mesa, o lugar que mais construímos boas memórias afetivas", afirma Priscila Poli da Casamar.


O evento é aberto ao público, e os ingressos podem ser adquiridos por meio do site https://www.sympla.com.br/evento/brasa-a-beira-mar/2285811?


Serviço


Paraná passa a emitir a nova Carteira de Identidade Nacional

O Paraná deu início nesta semana à confecção da Carteira de Identidade Nacional (CIN) durante o PCPR na Comunidade na Ilha do Mel, no Litoral. Ao todo 266 documentos foram confeccionados na ocasião.

Foto: Beatriz Jarzinski / PCPR

@PCPR

O novo modelo segue um padrão único, com numeral de Cadastro de Pessoa Física (CPF), que acaba com a possibilidade de multiplicidade na identificação. A mudança visa substituir os registros gerais, que anteriormente podiam ser emitidos por uma pessoa em cada um dos estados do Brasil, cada um com numeração diferente. A iniciativa traz mais segurança à população, já que reduz a possibilidade de fraudes.

A CIN possui validade de 10 anos. O modelo antigo vai sair de circulação até 2032, sem necessidade de quem já possui o documento emitir um novo.

A novidade é uma parceria da PCPR com a Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar), que auxiliou na implantação do novo serviço para a produção do documento. A CIN possui versões impressa e digital, que pode ser acessada pelo aplicativo gov.br.

“A iniciativa é uma forma tecnológica de contribuir para a identificação civil e para a prevenção e investigação de crimes, já que o modelo contém um único número, trazendo praticidade e segurança ao cidadão”, afirma o delegado-geral da PCPR, Silvio Jacob Rockembach.

De acordo com o chefe do Instituto de Identificação do Paraná, Marcus Michelotto, o Paraná foi um dos primeiros estados a dar início à emissão do novo modelo. “É um trabalho ininterrupto dos nossos policiais com a equipe de tecnologia do Estado. Com essa adaptação estamos cumprindo a lei que determina que os estados se adequem ao novo sistema até janeiro de 2024. Então, fizemos isso de forma antecipada, terminando o ano com o lançamento da novidade”, completa.

Para o coordenador do PCPR na Comunidade, João Mário Goes, este é o primeiro evento de outros que terão a confecção do novo documento. “A edição do PCPR na Ilha do Mel marca o início de uma nova era na identificação civil. A partir de agora todos as carteiras de identidade serão feitas no novo padrão, tanto em nossos eventos como em todos os postos de identificação”, afirma.

DOCUMENTO – O cidadão que não possuir RG no Paraná deverá realizar o agendamento para atendimento presencial pelo site da PCPR. Já o cidadão que possui o documento poderá realizar a solicitação através do menu CIN Fácil, também no site da instituição.

Símbolo do Litoral paranaense, barreado impulsiona turismo e a economia regional

Receita original foi trazida de Portugal e adaptada à realidade local, sendo mantida praticamente igual há mais de 200 anos nas cidades de Antonina, Morretes e Paranaguá, onde atrai milhares de turistas. Grande demanda pela culinária típica gera empregos e renda para restaurantes, hotéis, pousadas e comércio.

A imponência da Serra do Mar, a arquitetura portuguesa característica das construções históricas e a exuberância dos rios e da flora da Mata Atlântica são o pano de fundo para milhares de turistas que visitam diariamente as cidades de Morretes, Antonina e Paranaguá em busca do prato mais famoso da região e do Paraná: o barreado. Um grupo de restaurantes do Litoral paranaense segue praticamente a mesma receita há mais de 200 anos, o que rendeu a eles o selo de Indicação Geográfica (IG). 

O processo para obtenção da IG foi iniciado em 2014 e concluído em 2022, quando o barreado tornou-se o 100º produto brasileiro com o reconhecimento nacional concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Em nível estadual, o prato é o mais recente de um grupo de 12 produtos tradicionais paranaenses com Indicação Geográfica e que estão sendo abordados na nova série de reportagens da Agência Estadual de Notícias (AEN).

O selo é uma garantia dos padrões de preparo e de qualidade concedida a produtos típicos de determinada região. No caso do barreado, ele foi concedido à Associação de Restaurantes e Similares de Morretes e Região (A.R.M.S), que engloba 11 restaurantes de Morretes, Antonina e Paranaguá. O pedido de registro recebeu o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná (Sebrae PR) e foi protocolado em de abril de 2021, mas o processo para conseguir o reconhecimento é bem mais antigo. 

“Somos um grupo de restaurantes que está junto desde 2004 trabalhando em todo o processo de IG, desde a regulamentação inicial até mudanças no estatuto da Associação Comercial para abranger os restaurantes de Antonina e Paranaguá, o que nos uniu muito”, conta a presidente da A.R.M.S, Tania Madalozo, que também é proprietária de um dos mais antigos restaurantes especializados em Morretes. “Com a indicação geográfica e de procedência, o barreado ficou delimitado como um produto do Litoral do Paraná, abrangendo Morretes, Antonina e Paranaguá”. 

Servido anteriormente em grandes festas e eventos, o barreado começou a ter um cunho mais comercial na década de 1970, quando o Restaurante Madalozo, de Tania, incluiu o prato em seu cardápio aos finais de semana, o que logo foi seguido por outros estabelecimentos da cidade. Não demorou muito para que ele se tornasse o principal atrativo do Morretes. Atualmente, a estimativa é de que apenas os 11 estabelecimentos associados sirvam entre 2,5 mil a 3 mil pratos de barreado por fim de semana, seguindo o modo de preparo típico que marca a cultura litorânea.

Uma das grandes preocupações da Associação era preservar a receita original, assim como o modo de fazer e o modo de servir, deixando um legado para as futuras gerações. “Todos os restaurantes envolvidos elaboraram juntos o regulamento, em que consta o controle do preparo, tempo de cozimento, horário de abertura das panelas, os temperos usados, a maneira de preparar, de servir e a apresentação dos pratos, que são os mesmos em todos os locais”, disse. “O barreado é um prato teoricamente simples, mas exige uma atenção especial em todo esse processo, se você não segue ele alguma coisa vai ficar diferente”, acrescentou Tania.

IDENTIDADE REGIONAL – O preparo tradicional do barreado surgiu a partir de uma receita culinária originária da região dos Açores, em Portugal, e que foi adaptada à realidade do Litoral paranaense, com o uso de alimentos e temperos típicos da região. Tradicionalmente, ele era preparado como um prato festivo, servido em casamentos, batizados e aniversários, além de festas da comunidade e religiosas, de acordo com a documentação enviada ao Instituto. Era feito também nos mutirões de colheita das comunidades litorâneas.

O prato é feito à base de carne bovina, que é cozida por no mínimo oito horas em uma panela fechada com goma de farinha de mandioca. Após o cozimento, ela é servida já se desmanchando misturada com farinha de mandioca branca na forma de pirão, e servida com banana-da-terra, segundo a documentação apresentada ao INPI. Tanto a farinha de mandioca quanto a banana que acompanham o prato são oriundos de produtores agrícolas da região. 

Para Tania, o registro valoriza ainda mais a receita, que é a cara da culinária paranaense. “O barreado é conhecido no Brasil e até fora do País como o principal prato típico do Paraná. Nós já temos o reconhecimento do público, mas essa certificação dá ainda mais visibilidade aos restaurantes. É a valorização de um prato, que por seu preparo e qualidade, é característico do Litoral do Paraná”, ressalta.

Com o passar do tempo, jornalistas e artistas ajudaram a disseminar a fama do barreado em nível nacional e até mesmo internacional. “Artistas renomados de outros estados, que se apresentavam no Teatro Guaíra, em Curitiba, como o Lulu Santos, Marcos Frota, Eva Wilma e Carlos Zara, ou até mesmo estrangeiros, como o Anthony Quinn, vinham até o Litoral para saborear o barreado”, conta a presidente da A.R.M.S.

TRADIÇÃO – Há quase 30 anos no ramo, a chef de cozinha Silvia Cardoso conta que chega a servir de 500 a 600 almoços em apenas um final de semana mais movimentado. As enormes panelas da cozinha onde a carne é cozida rendem 125 conchas de barreado cada, com uma proporção exata de cada ingrediente. “Sexta-feira a gente coloca de cinco a seis panelões para o preparo do fim de semana. Em cada panela, vão 50 quilos de carne, 20 quilos de cebola, 700 gramas de sal, 300 gramas de cominho e 200 gramas de louro”, relata Silvia. 

Com o passar dos anos e novas exigências impostas pela Vigilância Sanitária, algumas mudanças foram necessárias. A principal delas foi a troca das antigas panelas de barro, que eram cobertas com folha de bananeira e seladas por uma mistura de barro com cinzas – daí o termo ‘barrear’ – por panelas mais modernas, de ferro. 

Para substituir a mistura de barro e cinzas, uma goma feita à base de mandioca, água e farinha de trigo é usada como selante das panelas, o que as faz funcionar como uma panela de pressão. Quando a carne ferve, a massa de mandioca racha para liberar a pressão, similar ao que ocorre com a válvula da panela de pressão, e a partir desse momento é que começa a contagem do cozimento. 


Além de manter o método similar ao empregado há mais de duas centenas de anos, o uso da goma de mandioca dá ao barreado o seu sabor característico “É uma adaptação para garantir o sabor original, em substituição ao barro e à cinza que eram usados no passado. O chamado ‘barrear’ a panela”, diz a chef de cozinha.

Silvia conta ainda que o barreado, somado ao contexto de onde ele está inserido, faz com que muitos consumidores criem um vínculo afetivo com o prato. “A receptividade é muito boa. Tem pessoas que vinham aqui quando crianças acompanhadas dos pais e até hoje são clientes assíduo”.

Para o garçom Alaércio Fernandes de Campos, de 32 anos, que trabalho no ramo há mais de uma década, ter contato direto com turistas de vários lugares do Brasil e do mundo é uma experiência de vida. “Eu sou aqui do Litoral e ter esse contato com tantas pessoas diferentes acrescenta muito no aspecto profissional e é algo que eu levo para a vida. O Barreado é um motivo de orgulho para o nosso povo, uma cultura impregnada que passa de geração em geração, e esse reconhecimento da IG nos traz uma sensação de pertencimento, de fazer parte dessa história”.
CADEIA ECONÔMICA – Com nove dos 11 restaurantes certificados com a IG no Litoral do Estado, a cidade de Morretes concentra o maior fluxo de turistas em períodos comuns. A grande demanda garante o sustento de centenas de famílias. Na cidade, a estimativa é de que 48% da população dependa direta ou indiretamente do dinheiro gerado a partir do turismo. 

Apenas no restaurante onde Silvia trabalha são cerca de 40 funcionários entre cozinheiros, garçons, recepcionistas e equipe de limpeza. “Trabalhamos de quarta a domingo e, na alta temporada, de terça a domingo, além de feriados. Chegamos às 8h30 para começar o preparo e às 11h as panelas já precisam estar fervendo para recepcionar os clientes”, afirma.

Um destes exemplos é o gerente comercial curitibano Antônio Fernando da Cruz, de 61 anos, que costuma frequentar os restaurantes de Morretes para almoçar até mesmo nos dias de semana. “O barreado é um prato tradicional e, como é perto de Curitiba, a gente vem seguidamente apreciar. Nos fins de semana e feriados aproveitamos para passear na cidade, ver o centro histórico e a feirinha e depois seguimos para as praias”, conta. 

De acordo com estimativas da Prefeitura de Morretes, cerca de 3 mil turistas, em média, viajam para Morretes e Antonina a partir de Curitiba no trem turístico que desce a Serra do Mar todos os finais de semana. “O passeio de trem em si já é um atrativo, que termina sempre com a ida aos restaurantes para saborear o barreado. Além disso, temos o fluxo das pessoas que vêm de carro ou moto pela Estrada da Graciosa ou pela BR-277”, diz o prefeito de Morretes, Junior Brindarolli. 

Ele afirma que várias famílias dependem direta ou indiretamente do impacto econômico causado pelo grande fluxo de turistas até mesmo durante os dias úteis. “Além dos restaurantes abertos praticamente todos os dias, temos várias bancas e lojas na região central e nas vias de acesso à cidade que vendem doces, bebidas, conservas, acessórios e artesanatos produzidos aqui na região, além de serviços ligados às atrações naturais e passeios que podem ser feitos no Litoral”. 
A atração culinária ajuda a manter a alta ocupação de hotéis e pousadas nas três cidades litorâneas, que diferente das demais da região não possuem as praias como principal atrativo para os turistas. Apesar disso, os municípios têm trabalhado em parceria com a iniciativa privada para atrair outros perfis de público, utilizando-se sempre do barreado como um diferencial.

“Essa Indicação Geográfica é uma espécie de chancela do que nós temos de melhor, que é a gastronomia, e que ajuda Morretes e o Litoral do Paraná a se tornarem cada vez mais conhecidos. Cada vez mais a nossa região é conhecida pelo barreado e, com a IG, isso vira um patrimônio de toda a população e exige uma responsabilidade ainda maior dos envolvidos, porque movimenta toda uma cadeia econômica e os trabalhadores estão sempre preparados e dispostos a receber o turista da melhor maneira possível”, acrescenta o prefeito. 

A estratégia envolve a manutenção de festas tradicionais, como é o caso do famoso Carnaval de Antonina e da Feira Agrícola e Artesanal de Morretes, mas também de novos eventos que têm atraído a atenção para a região, como festivais musicais de blues e jazz, festas litetárias e encontros de montanhistas.

OUTROS PRODUTOS DO LITORAL – A partir do prato principal, a bala de banana de Antonina também já possui selo do INPI. Também é vendida no comércio de Morretes, ela gerou uma identificação com a população local e incentivou a criação de novos negócios. E outros produtos típicos do Litoral paranaense também buscam o reconhecimento nacional.

A farinha de mandioca utilizada no barreado, produzida por agricultores familiares e cujo uso é indispensável na receita do barreado, fortalece o seu vínculo com a identidade regional. A característica única do produto é atribuída ao processo de produção, cuja técnica existe desde a época pré-colonial, surgida com os tupis-guaranis, que foi posteriormente copiada e aprimorada pelos colonizadores europeus com o uso de equipamentos modernos. Muitos deles utilizados nas primeiras farinheiras, que datam de séculos, constituem elementos identitários da cultura litorânea. 
A cachaça de Morretes é outro produto que busca a IG. Na cidade, está localizado o segundo alambique mais antigo registrado no Brasil, de 1733, às margens do Rio Nhundiaquara. Já nos tempos do Brasil Império, a cachaça era tão famosa que os registros apontam que Dom Pedro II em sua passagem pela região visitou um ponto de produção para fazer a degustação do produto.

Em 2019, a bebida foi referendada no Anuário da Cachaça pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, colocando Morretes como uma das cidades mais importantes na produção de cachaça. 

“São vários alambiques hoje, uma cachaça que já é reconhecida pela sua qualidade e que também está buscando o seu certificado de indicação geográfica porque é um patrimônio do povo morretense, algo histórico, e nada mais do que chancelar isso com um título de IG da cachaça”, afirma o prefeito.

Confira o vídeo desta reportagem:






Com estruturas finalizadas, obras da Orla de Matinhos chegam a 86% de conclusão


Relatório divulgado nesta sexta-feira (1º) pelo Instituto Água e Terra (IAT) em parceria com o Consórcio Sambaqui mostrou que o espigão da Praia Brava, o guia de correntes da Avenida Paraná e os headlands dos balneários Riviera e Flórida estão 100% concluídos. A obra agora se concentra em outros pontos da orla e ruas do município.


Revitalização da Orla de Matinhos atingiu em agosto 86% de conclusão. Foto: IAT


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A revitalização da Orla de Matinhos, principal intervenção urbana da história do Litoral do Paraná, avançou significativamente a alcançou 86% de conclusão em agosto. O novo balanço foi divulgado nesta sexta-feira (1º) pelo Instituto Água e Terra (IAT) em parceria com o Consórcio Sambaqui, grupo de empresas responsável pelas obras, vencedor da licitação pública. A recuperação do balneário está dentro do cronograma previamente estabelecido, com previsão de término para o segundo semestre de 2024. O investimento do Governo do Estado é de R$ 314,9 milhões.


De acordo com o levantamento, algumas das estruturas que compõe o projeto já estão completamente concluídas. São os casos do espigão da Praia Brava; guia de correntes da Avenida Paraná; e os headlands dos balneários Riviera e Flórida.


Além disso, 100% dos tetrápodes foram lançados na Praia Brava (340 peças), Flórida (681), Riviera (681), Rio Matinhos Norte (469) e Paraná Sul (1.241). Já os tetrápodes lançados no Rio Matinhos Sul atingiram 17% de um total de 160 – as estruturas de concreto têm cerca de 3 metros de altura e 4,3 metros cúbicos de volume, pesando, cada uma, entre 10 e 12 toneladas. São peças essenciais para evitar possíveis danos às estruturas marítimas.


“A revitalização segue em ótimo ritmo, em todas as frentes de trabalho possíveis. Muitas das estruturas, essenciais para o projeto, estão finalizadas, como os headlands”, destacou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza.


A obra agora se concentra em outros pontos da orla e em algumas ruas do município que estão recebendo a nova formatação de drenagem, que vai exercer papel fundamental no controle e diminuição das cheias e enchentes que sempre prejudicaram a cidade. A macrodrenagem está 90% concluída, com a microdrenagem, iniciada em maio, alcançando 16%. Também está sendo erguida uma passarela metálica sobre o Rio Matinhos, exclusiva para pedestres e ciclistas, à margem da faixa de areia.


O relatório aponta também que a construção dos guias-correntes de Matinhos está em 85% A urbanização de Caiobá chegou em 65% e a dos demais balneários a 75%. Já o plantio da restinga está em 73%.


ETAPAS – A obra de revitalização da orla de Matinhos é feita em duas etapas, num valor total de R$ 500 milhões. A fase inicial, com orçamento de R$ 314,9 milhões, abrange serviços de engorda da faixa de areia por meio de aterro hidráulico; estruturas marítimas semirrígidas; canais de macrodrenagem e redes de microdrenagem e revitalização urbanística da orla marítima com o plantio de espécies nativas.


O projeto é acompanhado de melhorias na pavimentação asfáltica e recuperação de vias urbanas. O objetivo é minimizar os impactos gerados pela combinação do desequilíbrio de sedimentos, ocupações mal planejadas e fenômenos naturais, como chuvas fortes e ressacas que costumeiramente atingem o Litoral. Essa combinação vem destruindo e comprometendo boa parte da infraestrutura urbana, turística e de lazer em Matinhos.


As intervenções serão feitas ao longo de 6,3 quilômetros entre o Morro do Boi e o Balneário Flórida. Em uma segunda etapa, ainda sem previsão de data, será recuperado o trecho de 1,7 quilômetro entre os balneários Flórida e Saint Etienne. Haverá, ainda, a instalação de novos equipamentos urbanos, como ciclovia, pista de caminhada e corrida, pista de acessibilidade e calçada.


Confira a mais recente atualização do andamento do Projeto de Recuperação da Orla de Matinhos:


  • Porcentual de execução da obra: 86%
  • Espigão da Praia Brava: 100%
  • Guias-Correntes da Avenida Paraná: 100%
  • Guias-Correntes de Matinhos: 85%
  • Headland Riviera: 100%
  • Headland Flórida: 100%
  • Urbanização Caiobá: 65%
  • Urbanização Balneários: 75%
  • Plantio de restinga em Caiobá: 73%
  • Macrodrenagem: 90%
  • Microdrenagem: 16%
  • Assentamento Macrodrenagem: 1.050 metros (80%)
  • Assentamento Microdrenagem: 2.300 metros (9,4%)
  • Tetrápodes lançados na Praia Brava: 340 (100%)
  • Tetrápodes lançados no Flórida: 681 (100%)
  • Tetrápodes lançados no Riviera: 681 (100%)
  • Tetrápodes lançados no Matinhos Norte: 469 (100%)
  • Tetrápodes lançados no Paraná Sul: 1.241 (100%)
  • Tetrápodes lançados no Rio Matinhos Sul: 160 (17%)

No 375° aniversário de Paranaguá, porto comemora 88 anos de relação com a cidade


No aniversário de Paranaguá, Porto comemora 88 anos de relação com a cidade. Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

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São diversas ações desenvolvidas pela gestão portuária do Estado para fortalecer essa relação. Elas vão desde programas ambientais, constantes em qualquer época do ano, até projetos de engenharia que focam em melhorar o trânsito e o turismo.


O município de Paranaguá, a mais antigo do Paraná e polo do Litoral, completa neste sábado, 29 de julho, 375 anos. De toda história que a cidade acumula, quase um quarto, ou seja, 88 anos, foi de integração com o Porto de Paranaguá. Relação que se estreita conforme a atividade portuária se desenvolve, se moderniza e se destaca no Brasil e no mundo.


“Quando falamos de relação com a cidade, não estamos falando apenas de desenvolvimento econômico, de arrecadação e emprego”, afirma o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. “Claro que trabalho e renda são vitais e o porto, para Paranaguá, é essencial para isso. Porém, a relação porto-cidade é também social”.


Segundo Garcia, o porto e a cidade de Paranaguá estão relacionados de tal forma que é difícil pensar em um sem outro. “O Governo do Paraná trabalha, junto com toda a comunidade portuária, para fortalecer o porto e, junto com ele, o município de Paranaguá e a população”, enfatiza.


“Nestes 375 anos do município, reforçamos o nosso compromisso com a cidade que nos acolhe e com seus moradores. Temos muito orgulho de levar o nome de Paranaguá para o mundo, como referência, e sabemos que isso reflete diretamente na autoestima da população”, acrescenta.


NOVIDADES – São diversas ações desenvolvidas pela gestão portuária do Estado para fortalecer essa relação. Elas vão desde programas ambientais, constantes em qualquer época do ano, até projetos de engenharia que focam em melhorar o trânsito na cidade, como é o caso do novo Moegão.


Além da instalação de uma moega exclusiva, o suficiente para o descarregamento simultâneo de 180 vagões em três linhas independentes, os acessos dos Terminais da Região Leste do Porto de Paranaguá serão reestruturados, otimizando a capacidade de recepção de cargas em ambos os modais rodo e ferroviário.


Neste ano, outra ação que se destaca é a chegada de empresas de cruzeiros. “A vinda da MSC Cruzeiros a Paranaguá, com embarque e desembarque de passageiros, vai desenvolver, e muito, o turismo na cidade”, garante o diretor de Desenvolvimento Empresarial da Portos do Paraná, André Pioli.


Em 1º de dezembro, o Porto de Paranaguá receberá a primeira das 16 rotas já confirmadas para embarque e desembarque de passageiros em navios de cruzeiros da empresa. A previsão é que cerca de 2 mil pessoas passem pela região durante cada uma das escalas, injetando mais de R$ 1,5 milhão, por semana, na economia local.


Para a temporada 2024/2025 o navio utilizado será o MSC Armonia, também na rota Paranaguá/Itajaí/Punta del Este/Buenos Aires, com retorno para Paranaguá. O primeiro embarque/desembarque desta temporada está programado para 20 de dezembro de 2024, seguido de um por semana, até finalizar no dia 28 de março de 2025, totalizando 15 operações.


Pioli explica que desde as primeiras tratativas para que essas escalas viessem para Paranaguá o objetivo foi se aproximar ainda mais da cidade, pensando no fomento à capacitação e preparo para que os turistas sejam recebidos da melhor maneira possível.


“Queremos que essas ações de fomento ao turismo venham transformar Paranaguá, que promovam inclusão social e oportunidades. Como parnanguara, me sinto orgulhoso de ter a chance de poder mostrar, ainda mais, a beleza da nossa cidade e a receptividade da nossa população a turistas do Brasil e do mundo”, conclui.

Sistema de drenagem da Orla de Matinhos é destaque em seminário nacional



Obras de micro e macrodrenagem no municipio de Matinhos, que vão acabar com as enchentes e alagamentos nas ruas.. secretário do IAT Everton Luiz da Costa Souza deu coletiva para a imprensa no local das obras na praia de Caioba. Foto: Albari Rosa/AEN

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Os recursos de drenagem, com intervenções de micro e macrodrenagem, aplicados pelo Instituto Água e Terra (IAT) na obra de revitalização da Orla de Matinhos, Litoral do Paraná, foram um dos destaques do IV Seminário Nacional sobre Enchentes e Deslizamentos de Encostas.

O evento, que aconteceu entre segunda e terça-feira (10 e11), no auditório da sede do Serviço Social do Comércio (Sesc) de Matinhos, reuniu representantes de Santa Catarina, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, além do Paraná, para a troca de experiências sobre prevenção, correção e solução de danos ambientais causados, principalmente, pela chuva.

Gerente de Saneamento do IAT, Carlos Alberto Galerani detalhou, durante a palestra "Planejamento da Drenagem Urbana visando Contenção de Cheias”, as ações adotadas pelo Estado para facilitar o escoamento da água das chuvas para o mar, por meio da instalação de canaletas com tampas removíveis em formato de U, como ferramenta de combate às cheias.

Segundo ele, são 23 quilômetros de microdrenagem, com investimento de R$ 39,2 milhões, e mais de mil metros de macrodrenagem (R$ 10 milhões), fases que se completam, com a macrodrenagem escoando a água que recebe do sistema da micro, como artérias garantem o transporte do sangue do coração para todas as partes do organismo.

“Entendemos que esse recurso é a melhor solução possível para a microdrenagem nas cidades do Litoral do Paraná. Apesar de possuírem um custo maior de implantação, essas canaletas são muito mais fáceis de limpar do que as tubulações tradicionais, proporcionando um custo benefício maior para o município”, afirmou Galerani.

Ele destacou, ainda, que as intervenções de macrodrenagem começaram em junho do ano passado e já alcançaram 67% de conclusão. Elas estão sendo feitas ao longo de 1,5 quilômetro no Canal da Avenida Paraná, no bairro do Tabuleiro, em Caiobá. O projeto prevê deixar o canal com sete metros de largura, em concreto formatado como um U (na base e nas laterais), aumentando a velocidade do escoamento e diminuindo o nível de alagamento.

Matinhos tem por característica ser bastante plano, o que impacta nos acúmulos de água. O município conta com três saídas principais para o mar, pelos canais do Rio Matinhos, da Avenida Paraná e da Avenida Juscelino Kubitschek (JK). Neste último, parte da água deságua na prainha e outra no Rio Matinhos.

“O canal da Avenida Paraná terá a finalidade de aliviar as águas que vão para o Rio Matinhos, minimizando as cheias e melhorando a vida de uma grande parcela de moradores do bairro Tabuleiro, um dos mais afetados pelas chuvas”, disse Galerani.

OUTRAS AÇÕES – O gerente de saneamento do IAT falou também sobre outras medidas adotadas pelo órgão para a contenção de cheias nos municípios. “Passamos para os participantes algumas das alternativas que desenvolvemos para facilitar obras de micro e macrodrenagem no Paraná, como o Plano Diretor que usamos para coordenar ações de drenagem no Estado e o uso de imagens de satélite para a identificação de pontos vulneráveis que precisam de intervenções”, descreveu.

Diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, José Luiz Scroccaro explicou que todo ano é feito o repasse de verba para os municípios litorâneos para minimizar as cheias, especialmente em relação à limpeza dos canais. Apenas 2023, destacou ele, o investimento já alcançou R$ 12 milhões. “O nosso Litoral encontra-se em regiões planas, então quando chove, a cabeça d’água vem e causa o alagamento repentino”, afirmou.

ORLA DE MATINHOS – As ações apresentadas no evento têm ligação direta com as obras de melhoria da Orla de Matinhos, que já atingiu os 80% de conclusão e deve ser entregue para a população até o segundo semestre de 2024, com investimento de R$ 314,9 milhões por parte do Governo do Estado.

A obra abrange canais de macrodrenagem e redes de microdrenagem, serviços de engorda da faixa de areia por meio de aterro hidráulico; estruturas marítimas semirrígidas; e revitalização urbanística da orla marítima com o plantio de espécies nativas.

Além do sistema de drenagem, as obras contemplam a melhoria da pavimentação asfáltica e recuperação de vias urbanas. O objetivo é minimizar os impactos gerados pela combinação do desequilíbrio de sedimentos, ocupações mal planejadas e fenômenos naturais, como chuvas fortes e ressacas que costumeiramente atingem o Litoral. “A precipitação anual no Litoral é bem maior do que nas outras regiões, e intervenções artificiais são necessárias para impedir que essa água acumule nas cidades e cause alagamentos”, explicou Galerani.


SEMINÁRIO – A quarta edição do Seminário Nacional sobre Enchentes e Deslizamentos de Encostas foi realizado pela Sociedade Brasileira de Recuperação de Áreas Degradadas (Sobrade) e contou com o apoio do IAT na organização. O encontro já teve edições em Itajaí (Santa Catarina), Antonina e Curitiba, e tem como objetivo desenvolver e aprimorar a recuperação de áreas degradadas e a gestão ambiental.

“Tivemos apresentações sobre legislação de áreas de risco, sobre a drenagem urbana essencial para evitar enchentes, a saúde nas áreas pós enchente e debates sobre a realocação de pessoas em áreas de risco”, comentou o presidente da Sobrade, Maurício Balensiefer, sobre as contribuições que o evento proporcionou.

Opinião compartilhada pelos técnicos do IAT. “Os secretários municipais e integrantes da Defesa Civil das cidades participantes são formadores de opinião e podem usar os conhecimentos adquiridos no encontro para melhorar a resposta para situações de acidentes com cheias e deslizamentos”, destacou Scroccaro.
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