WASHINGTON (Reuters) - O Departamento de Estado dos EUA convocou o embaixador chinês nos Estados Unidos, nesta sexta-feira, para protestar contra comentários de Pequim sugerindo que militares norte-americanos poderiam ter levado o coronavírus para Wuhan.
Embaixador da China para os Estados Unidos, Cui Tiankai. 6/11/2018. REUTERS/Jim Bourg
David Stillwell, principal diplomata dos EUA no leste da Ásia, fez uma “representação severa” ao embaixador da China, Cui Tiankai, disse uma autoridade do Departamento de Estado, acrescentando que o enviado de Pequim estava “muito defensivo”.
A autoridade do Departamento de Estado, que falou sob condição de anonimato, afirmou que a China está tentando evitar críticas ao seu papel em “iniciar uma pandemia global e não contar ao mundo”.
“A disseminação de teorias da conspiração é perigosa e ridícula. Queríamos avisar o governo de que não vamos tolerar isso, para o bem do povo chinês e do mundo.”
A embaixada da China não respondeu a pedidos de comentários.
Apesar da tensão, o presidente dos EUA, Donald Trump, elogiou Pequim nesta sexta por seu “compartilhamento de dados”.
Perguntado por um repórter na Casa Branca sobre “narrativas estranhas” proferidas por algumas autoridades chinesas, Trump minimizou o assunto, dizendo que leu um artigo sobre o assunto, mas que não achava que fosse representativo de suas discussões com o presidente chinês, Xi Jinping.
Trump, que em um discurso nacional nesta semana chamou o surto de “vírus estrangeiro” que começou na China, acrescentou: “Eles sabem de onde veio, todos sabemos de onde veio”.
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